"...who'd have known, when you flash upon my phone i no longer feel alone"

- Lily Allen

BitchyList

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A Caçadora



Levou-me um mês para finalmente poder escrever sobre minha experiência com Björk no Rio de Janeiro. Esse bloqueio não é novo nem fonte de uma mente preguiçosa. Todo dia quando escuto suas músicas, eu reviso o show em minha mente e sinto de novo os arrepios e suspiros que aquele fatídico dia de outubro me causou. Quem saberia que depois de tanta bully do destino, eu, um dia, ficaria 12 horas numa fila para ver o passarinho islandês?
Na verdade, eu sabia, o mês anterior havia sido gasto planejando e sonhando aquele 26 de outubro e, logo cedo de manhã, Artur [meu amigo carioca e cicerone] e eu saimos da casa de nossos amigos, na Tijuca e fomos de metrô para a Cinelândia. Lá tomamos café-da-manhã e andamos até a Marina da Glória, onde o show aconteceria. Já encontrando 7 ou 8 pessoa lá, nos posicionamos na fila, para assim atingir nosso objetivo: ficar colado à grade, bem em frente a Björk, daí ela nos ouviria gritar que faríamos sexo com ela onde ela quisesse. Gastamos tempo dividindo nossas histórias de shows, analisando Björk e imaginando se ela chegaria de bicicleta, submarino ou pedalinho.
Às 20h, estava bonitinho e quieto no meu lugar desejado - bem no meio, em frente ao microfone dela, - mas na correria da entrada me perdi de Artur e ele foi parar um metro ou dois de mim; mas eu não me mexeria dali. Como me atreveria? O show de Antony And The Johnsons começou meia hora depois e foi um tanto decepcionante. Feist havia cancelado o resto de seus shows no Brasil, por causa de labirintite, então eles puseram Antony para substituí-la no Rio, portanto o show dele no palco Tim Volta foi de 30 minutos, mais o som não estava legal e a iluminação horrível. Ao menos ele foi bem simpático em sua timidez, e cantou The Crippled And The Starfish. Antony and The Johnsons é formado por um cello, violão, guitarra, um violino, uma viola e o piano de Antony - uma banda acostumada a tocar em teatros, então amei o que ele disse em relação à arena do Tim "é bem interessante tocar num lugar como esse. É como cantar contra o oceano."
Aquela foi uma frase tão Björkiana que não me senti culpado, por ficar satisfeito que o show dele foi tão pequeno. A ansiedade de finalmente ver meu D-us ao vivo começava a estourar por meus ouvidos e boca, ao contrário da tranqüilidade que senti o dia inteiro. Enquanto os holdies arrumavam o palco, podiamos ver Mark Bell e Damian Taylor montando suas mesas eletrônicas e programadores. De repende, todas as luzes se foram e a banda feminina de sopro, Wonderbrass, veio tocando a intro, Brennið Þið Vitar, instantaneamente seguida pela maravilhosa Earth Intruders.
Como a mãe Oceania, pisquei meus olhos e ela estava em minha frente, toda linda e petite com seu vestido de embrulho de natal dourado, e testa com gliter da mesma cor. Foi incontrolável; o longo e alto grito que saiu de minha boca foi simplesmente incontrolável - lá estava ela em minha frente e eu mal conseguia acreditar. Logo depois veio Hunter com suas novas batidas metálicas e arranjo de sopros [ao invés de cordas], e percebi quando ela pegou algo no chão e escondeu sob os babados do vestido; pelo fim da canção ela simplesmente formou uma teia... não consigo descrever, vocês terão que ver por vocês mesmos [no vídeo no topo do post].
E meu orgasmo foi crescendo gradualmente quando ela cantava Pagan Poetry e Unravel [uma canção que nunca sonhei em ouvir ao vivo], Jóga, Army Of Me e I Miss You. Não conseguia parar, e quando meu tema da Marina da Gloria, Wanderlust, foi tocado, eu estava estático e de boquiaberto. E então quando veio HyperBallad - eu sabia que o fim estava próximo. Ela cantou o primeiro verso e então pôs a mão na orelha e pediu que cantássemos o resto - certamente ela notou que cantamos todas as músicas do setlist. Então, a rave começou e junto veio Pluto e eu já não era eu mesmo! Me sentia como um maníaco impulsionado por aquelas batidas industriais e eletrônicas e lasers verdes; não dava para parar de pular, e ninguém ao meu redor pararia! Quem ousava era automaticamente movimentado pela multidão!!! A banda de sopros deu um tom ainda mais assustador à canção. E ela acabou assim que começou.
Eu estava viajando em êxtase, ainda não conseguia parar de gritar! Alguns ao meu redor choravam, mas eu estava muito hypado para chorar. Todos sabíamos que ela voltaria para o bis, então todos na arena - mais de 4 mil pessoas - batemos nossos pés no chão, fazendo muito barulho pelo retorno dela. E ela logo voltou, apresentando seus companheiros de banda e tocaram a altamente esperada Declare Independence. Tenho apenas uma coisa a dizer: MORI!
Artur me encontrou depois no mesmo lugar que estive durante todo o show. Não conseguia me mexer, eu não podia deixar aquele lugar! Era como se eu tivesse um desejo desesperado de tê-la de volta! Minha garganta nem existia, minha voz morrera com meu corpo, porque eu só estava em pé por inércia. Então saímos da arena roucos, cheios de confetes Björkianos nas bolsas, 4 reais mais pobres, devido à uma garrafa d'água, mas com um enorme sentimento de satisfação.
...era assim que se sente quando um sonho se realiza.
[Musique: I Miss You - Björk]

Volta Tour Videos


[The Pleasure Is All Mine - Rio de Janeiro]

[Declare Independence (part 1) - Rio de Janeiro]

[Declare Independence (part 2) - Rio De Janeiro]

[I Miss You - Glastonbury]

[Earth Intruders - Glastonbury]

[HyperBallad - Glastonbury]

[Pluto - Glastonbury]

[Army Of Me - Glastonbury]

domingo, 18 de novembro de 2007

Isolamento

"O que tem passado por sua mente? Você está viciado em cinismo e dúvida? Ou em qualquer outro padrão de pensamento sem-saída?"
E na sexta, Pai e eu fomos a um hotel-fazenda, que desde o começo estava parecendo uma clínica de reabilitação. Estava há quilômetros da cidade, sem telefone, internet, amigos, festas... e apesar de ter tomado uma cerveja e andado a cavalo na primeira tarde, realmente parecia desintoxicação.
Maior parte dos meus dias foi preenchida com a finalização da leitura de meu mais novo livro favorito A Bússuloa Dourada, da trilogia His Dark Materials, de Phillip Pullman; escutei quase nada de música - basicamente: The One de "G-d" Minogue - e quase nem vi TV. Comi muito e saudavelmente, não bebi refrigerante e puz meu sono em ordem. Senti falta do barulho e eloqüência de meus amigos... senti mais falta de um particular... mas no fim, todo o silêncio e reflexão me fizeram melhor do que imaginei.
Pelo fim da noite passada, Pai já estava reclamando do tédio, mas seria muito fácil pra mim admitir tal coisa e, após ponderar por um tempo, eu disse: "nah, estou me sentindo desintoxicado..."
Apesar de não ter dado uma de Paris/Nicole com uma simple life [fake], às vezes parecia - enquanto andava pelo pomar - que estava de volta ao básico... isolando-me para ouvir-me. No fim das contas, foi uma viagem bem válida. Uma experiência a ser repetida com mais frequência, sem necessariamente sair da cidade.
[Musique: The One - Kylie Minogue]

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Oi!

Quando uma coisa que você gosta começa a ser cultuada pela maioria da população, cuidado, você pode estar prestes a perdê-la. Como já disse Nelson Rodrigues: "toda unanimidade é burra"; e, de repente, você se depara com pessoas inusitadas curtindo a sua onda. Otemo! Diversidade e direito de mudar e fazer o que se quer par vida! Porém, por mais judgemental que isso soe, eu sou fã da profundidade. Eu, honestamente, não levo a sério pessoas que vão atrás do que está in vogue, apenas por causa do apelo que ela tem.
Depois que a "mídia" brasileira pegou as raves e as festas eletrônicas como bola-da-vez [esqueceram até do Lula por uns dias], as próprias passaram a bombar ainda mais. Aqui em Conquista, eu soube, que a últiva PVT lotou de newbies, que estavam a ir para uma festinha eletrônica pela primeira vez. Yaaay, as pessoas estão melhorando os gostos!! Q?
Ontem, tive a constatação de que o boom conquistense das festinhas eletrônicas pode descaracterizar uma premissa das raves, que as matérias sensacionalistas com certeza não estão nem um pouco interessadas em mostrar: a paz. Apesar de os clubbers e fãs de eletrônica terem fama de usuários descontrolados de sintéticas [o que não é de todo falso], em raves nãoi se vê gente trêbada, brigando por causa de nada, como nas festas comuns de gente bêbada; em geral há sempre uma harmonia des pessoas sintonizadas no objetivo da diversão e a dança.
Daí, na noite passada, quando, no Castelo do Vinho [um bar de playboy daqui], estávamos todos tentando sentir tal harmonia através da dança e da música, eu esbarrei num cara musculoso, que, se não estivesse acompanhado por uma morena e não tivesse a óbvia cara de hétero-nojento-e-burro, eu diria ser uma inveterada barbie; antes disso ele já havia passado por mim e me empurrado para passar, ao invés de pedir licença. Ele olhou na minha cara após eu me desculpar e disse "cara, se eu não estivesse bêbado, te mataria agora!"
Alô fevereiro! Numa típica festa eletrônica [e não numa festa de playboy em que se toca electro] isso raramente aconteceria, até mesmo porque não há muito contato físico, especialmente violento, entre os fritos em geral. No fim das contas, a superexposição de certas coisas contribuem muito pouco para sua evolução; os DJs e organizadores podem até ficar mais ricos, mas is money everything? A próxima grande rave da cidade será em janeiro e daqui até lá muita coisa pode acontecer; o carnaval estará próximo e a maior parte das pessoas se voltaram novamente pra ele, e as raves podem ter seus reais fãs de volta. Enquanto isso, Lucas, evite as festas em redutos de playboys.
[Musique: 2 Hearts - Kylie Minogue]

domingo, 4 de novembro de 2007

IDALA!!

Flavia diz:
nem acho ok mulé tudo igual quero comê meu aminco ok prontofaley[2]
)( Lucas Sá )( In Island In Movement diz:
risos
)( Lucas Sá )( In Island In Movement diz:
o da bamda q eh casado?
Flavia diz:
eh miaco fui num show dele ontem docaralho e ele deixou tds os micos de lado e ficou falando soh cmg tiop shorei
Flavia diz:
o bao o bao mermo
Flavia diz:
eh q ele sabe q eu sou zapatao
)( Lucas Sá )( In Island In Movement diz:
risos
Flavia diz:
entao eu tenho liberdade pra apertar a bunda dele toda hora aeaeaeae acho mto digno
)( Lucas Sá )( In Island In Movement diz:
rsrsrsrs
)( Lucas Sá )( In Island In Movement diz:
miag e como fas par comer ele emfim?
Flavia diz:
num sei oh mas ele eh tiop psicologo neh entao eu aproveito q ele ainda nao se formou e tenho sexoes gratis dai vou falar que a minha sexualidade ta dando defeito e qq coisa eu falo q eu daria pra ele assim como quem nao quer nada? soh pra ilustrar ioajsihisuhioshoishsios

--------------------
Vamos voltar à ativa né Fura?
[Musique: 20 Year Old Lover - Juliette And The Licks]