"...who'd have known, when you flash upon my phone i no longer feel alone"

- Lily Allen

BitchyList

domingo, 28 de dezembro de 2008

As Músicas de 2008

É a primeira vez que escrevo minha lista anual de músicas neste blog e eu já começo me interropendo para curtir uma das canções mais emblemáticas do ano: Off The Wall do Michael Jackson...

Desde que comecei a listar as canções mais importantes do meu ano, esta lista tem sido uma obsessão para mim. Contudo, em 2008, enquanto a cada mês o mundo da música me excitava e surpreendia cada vez mais (e eu instantaneamente pensava neste post), eu fui me des-nerdizando e me ocupado menos com pré-listas e essas coisas internéticas. No primeiro semestre eu ainda criei a Balada do Stalker, uma postagem semanal que demonstrou como eu me aproximava à crítica britânica e encontrava a cada semana a nova sensação da música. Porém depois da Itália fadiguei da vida virtual e me joguei na boemia.

Mas esta lista já é parte essencial da minha vida e deixar de fazê-la seria um crime. Em 2008 descobri mais divas, presenciei o retorno triunfal de outras e internalizei a eterna batalha entre o mainstream e o alternativo.


The Bubbling-Under:


20. "Like You'll Never See Me Again" de Alicia Keys/"Lamento" de Céu
A primeira, apesar de parecer tema de um episódio qualquer de Felicity, moveu meus melhores e solitários momentos romantico-novelescos. A segunda foi uma das favoritas dos momentos psicodélicos e pores-do-sol durante o ano.


19. "Wikked Lil' Grrrls" de Esthero
Esthero foi uma das descobertas mais gostosas do ano. Essa música, que mistura Hip Hop e Jazz, tinha a charmosa canadense cantando com tantas vozes diferentes que parecia uma girl band qualquer, só que harmonizada de verdade.


18. "Nanny Nanny Boo Boo" de Le Tigre
Tive um momento
Electroklash este ano e Le Tigre é minha banda favorita. Essa canção é uma piada deliciosamente poser ao culto da fama.


17. "Let Me Know" de Róisín Murphy
A molier mais sensual da cena [Dance] Electronica. LMK é uma das canções mais românticas e sexy da música Pop e tem um dos clipes mais gostosos que vi este ano.


16. "Warwick Avenue" de Duffy
Sim, eu gosto mais de Duffy do que de Winehouse e esta me vem no auge do drama-queenismo.


15. "Rapture" de Blondie
Contendo o rap mais cool da história do Pop, Rapture é a canção de abertura dos shows da minha banda imaginária.


14. "Let's Reggae All Night" de CSS
Durante meses meu lema foi "if you want, my friend, we can drink in the afternoon". Resultado: depois de meses alcoólicos, um dia resolvi comer um sanduíche natural e passei a noite vomitando. Moral da história: continue junkie. Viva CSS!!


13. "Boyz" de M.I.A.
Seja "missing in action" ou "missing in Acton",
estes dois termos não são suficientes para resumir a genialidade da dona deste codenome: Mathangi "Maya" Arulpragasam. "Boyz", de seu segundo álbum Kala, é o ideal estético da mistura entre Dance, World Music [apesar de este ser um termo pobre para falar de M.I.A.] e letras políticas.


12. "Like A Drug" de Kylie Minogue
Minogue faz parte do grupo de artistas que nunca me decepcionam. Esta faixa sexy e sugestiva, do X, foi a que mais reverberou este ano.


11. "Modern Love [Mark Moore & Kinky Roland Vox 12" Mix]" de Kish Mauve
Mima me faz pensar em artsy deevas como Edie Sedgewick ou Twiggy. Ela tem a sensualidade e beleza frias que Ladyhawke esqueceu na Nova Zelândia.


Top 10:


10. "Migrate" de Mariah Carey
Factum #1: eu não gosto de Mariah Carey.

Factum #2: eu nunca sou rígido quando o que ela faz, no mínimo, me diverte.

Este ano Carey lançou a sequência do seu ultra-hype álbum de 2005, The Emancipation Of Mimi, o E=MC². O álbum recebeu críticas mistas e não agradou muito aos fãs; quanto a mim, amey!, talvez porque em sua tentativa de mostrar que tem o cérebro na cabeça e não nos peitos, brincando com a
equivalência de massa-energia de Einstein, Mariah não parece muito com a Mariah gritadeira e entediante de sempre.

"Migrate" tem uma das aberturas mais deliciosas da música Pop de 2008, além de Carey fazer o que ela faz melhor que ninguém: letras auto-celebrativas que, na verdade, são divertidas.



09. "Black And Gold" de Sam Sparro
Minha descoberta masculina favorita: Sparro é talentoso, lindo, australiano e gay! rsrs Não que o último adjetivo seja premissa para eu gostar de um artista, mas é que fantasiar sexo com ele é muito mais real do que com Julian Casablancas, por exemplo. "Black And Gold", melhor faixa de seu álbum de estréia, tem uma letra ultra-romântica que sempre me mata e foi um dos mais gostosos singles de ElectroPop do ano, além de ter embalado as viagens a Roma.



08. "American Boy" de Estelle
Tida como a maior revelação do ano em Hip Hop, Estelle foi a primeira artista do gênero que eu realmente gostei. Depois dela, me abri para o maravilhoso mundo do Hip Hop.


Com participação de Kanye West [gênio!], "American Boy" é daquelas músicas radiofônicas que você não tem vergonha em admitir que adora, até mesmo porque ela é muito boa!

Lá estava eu no banco de trás do carro do ex-marido da minha prima, na minha última noite na Itália, ao lado do meu primo italiano [e lindo, importante frisar] ouvindo uma "mix-tape" que ele havia criado e não pude evitar em me sentir feliz quando essa música tocou e ambos a cantamos de cabo a rabo.



07. "Je Veux Te Voir" de Yelle
Descobrir Yelle foi uma das coisas mais divertidas do ano. Como toda francesa, Yelle é chic e glamurosa, mas foi a aurea despojada e blasé dela que me conquistou. IndiePop na forma de se vestir e sacana na maneira de fazer música, as canções de Yelle são excitantes por suas letras explícitas, mas acima de tudo, pela maravilhosa produção perfeita para qualquer dancefloor.



06. "Electric Feel" de MGMT
Momento mais Indie do ano, MGMT foi recebido por mim com certa resistência. O hype ao redor deles me irritava no começo, porque o psicodélico álbum, Oracular Espectacular, parecia uma modernização-faux do rock progressivo de 1970. A mania do mundo indie em copiar por copiar o passado [descaradamente chamada de retrô] sempre me irritou, mas no fim eu saí perdendo, porque a música da dupla é gostosa e bonita.

"Electric Feel" fala dos choques que sentimos quando vemos a criatura por quem temos aquela queda... e D-us sabe como eu sou viciado nesses choques.



05. "Paparazzi" de Lady GaGa
A adição mais recente deste ano é
Lady GaGa, meu novo objeto de adoração Pop. "Paparazzi", segundo Germanotta, é de fato uma canção stalker, mas muito mais sobre nossa obsessão diária pela vida dos famosos, perpetuada pelos amados/odiados paparazzi. Para mim, é romântica, dramática e ótima de cantar junto, como toda canção pop deve ser.



04. "That's Not My Name" de The Ting Tings
Jules De Martino e Katie White, The Ting Tings, são a personificação atual do cool. Melhor lançamento ElectroPop do ano eles são posers, porém talentosos - por isso
renderam bantante conversa aqui ao longo do ano.

"That's Not My Name" além de ser uma genial canção de Electro que sempre bota geral pra dançar rockermente, tem uma divertida letra sobre o desprezo da indústria da música por artistas que não seguem modelos e padrões. A letra também sintetiza a biografia da dupla, que foram sacaneados por gravadoras e tal até alcançarem o estrelato chegando ao topo das paradas britânicas, com essa faixa.



03. "Womanizer" de Britney Spears
Sim, ela tem sido uma das criaturas mais chochadas dos últimos anos, porém este ano Britney Spears voltou MESMO!!! Apesar de ainda não ser tão completa quanto gostaria que ela fosse, eu não consigo negar que ela evoluiu e muito como artista. Circus É um dos melhores álbuns do ano e a prova que Spears é capaz de fazer coisas realmente boas. Eu já percebera isso ano passado com o Blackout, mas só com a
review que escrevi pro álbum deste ano que consegui expressar meus argumentos sobre a evolução de Britney Spears: é como se ela tivesse finalmente vivido e agora há histórias para contar.

Apesar de hoje Womanizer não ser das minhas favoritas do "Circus", ela foi importante no ano como o marco do grande retorno de Spears às graças do mainstream.

Britney's top 5:
a. Womanizer
b. Kill The Lights
c. If U Seek Amy
d. Phonography
e. Shattered Glass



02. "My Love Is Better" de Annie
Passei praticamente o ano inteiro acompanhando Annie. Quando soube que ela estava produzindo seu segundo álbum e que ele seria lançado este ano, revisitei sua discografia, procurei conhecer suas referências e ansiei por cada faixa nova que aos poucos ia vazando. 2008 foi o ano em que ser fã de Annie se tornou importante para mim, porque me toquei da maturidade subestimada que ela possui como artista. Infelizmente Don't Stop [apesar de vazado em sua completude] não será lançado este ano e corre um risco de não ver a luz do dia: a Island Records fez com Annie o que a Mercury Records fez com White e De Martino. E agora sem gravadora, ela continua a compor e produzir mais faixas para seu novo álbum, que eu espero que realmente seja lançado.

"My Love Is Better" [produzida por
Xenomania] é uma faixa essencialmente Pop, com refrão grudendo, sintetizadores fritantes e pose de Diva.



Annie's top 5:
a. My Love Is Better
b. I Know Ur Girlfriend Hates Me
c. I Can't Let Go
d. What Do You Want [Breakfast Song]
e. Marie Cherie




01. "Heartbeat" de Madonna
Inicialmente eu já fui logo dizendo que Hard Candy era uma porcaria. Semana passada li um artigo do Washington Post que explicava essa relação fã de Madonna X trabalho novo de Madonna: quando Madonna lança novo álbum [e consequentemente toda uma nova proposta artística e imagética] a maioria dos fãs gastam horas explicando porque odiaram o novo álbum, para depois de algumas semanas voltarem a encher os ouvidos dos amigos explicando porque mudaram de idéia.

Comigo e "Hard Candy" foi a mesmíssima coisa. Eu não conseguia compreender como era possível um álbum de Madonna no qual Madonna não fosse a estrela única e exclusiva. Ao trabalhar com produtores mega-hypados e não com seres do submundo da indústria, ela saiu de sua zona de conforto e fez um álbum no qual ela dividia o holofote. O que me conforta como ser humano e crítico é que não só os fãs, mas também boa parte dos críticos não captaram de início que este fora um movimento tão premeditado quanto todos os outros de seus 25 anos de carreira.

Madonna em 2008 completou 50 anos e mais uma vez o mundo exigia dela um comportamento e, mais uma vez, ela se recusou a segui-lo. Meses depois de lançado o álbum, ela entrou em turnê mundial com a Sticky & Sweet Tour. Foi quando escutei as reinvenções musicais da turnê e li sobre o conceito do espetáculo que eu finalmente entendi que Madonna realmente não era mais a mesma, graças a D-us!

O show foi concebido como uma colcha de retalhos musical, como um álbum/show de Hip Hop, abusando do uso de samples e referências visuais diversas. A auto-celebração era mais que compreensível, afinal, como diz Purki "Madonna é uma pessoa que imortaliza imagens"; e ela agora entrava num momento da vida [a terceira idade] em que não só sua imagem mas como o seu todo é rejeitado pela sociedade. Ainda assim Madonna não provou apenas que tem muito a dizer e a fazer, como ainda é capaz de nos atrair com aquilo que justamente se diz ser recusável numa mulher de 50: a imagem.


"Heartbeat" é pra mim a melhor faixa do HC. Pharrell mostrou a faixa já pronta a Madonna, com os vocais de uma das strippers do Pussycat Dolls; Madonna adorou, porém reformulou a canção, que falava de amor e sexo no habitual estilo Pop/R&B, transformando-a numa ode à dança e à música. No começo, Madonna queria ser dançarina e com essa faixa ela parece explicar porquê. "Heartbeat" é a melhor descrição do quanto a música e a dança são capazes de tornar qualquer mortal em deuses, como a própria Madonna.

Comecei este artigo falando sobre Off The Wall do Jacko, que tem a mesma premissa de "Heartbeat". O que faz de Heartbeat uma sequência melhor da linda música do Rei do Pop é o fato de ela ser simples e direta; de certa forma, serve como um hino à vida noturna e aos amantes do dancefloor.


Madonna's top 5:
Este ano eu também realizei meu sonho de ver Madonna ao vivo. Ela encerrou a S&S com cinco apresentações no Brasil e eu assisti aos dois shows do Rio de Janeiro. Foram as experiências mais incríveis da minha vida até agora; muito mais importantes do que fazer sexo, ou passar no vestibular. Isso porque eu vi na minha frente e senti com todo o meu corpo o motivo de eu ter Madonna como minha referência-mor. Portanto, todo o
setlist da Sticky & Sweet estaria facilmente nesta lista.



Menções Honrosas:

- "Echo" de Cyndi Lauper: é meu vício da semana e a canção com potencial de me tornar um admirador real de Lauper.


- "Off The Wall" de Michael Jackson: neste ano eu me tornei um amante da música de Jacko. Sempre o reconheci como Rei do Pop, compreendendo bem seu fenômeno e reconhecendo sua grande importância para a Cultura Pop. Mas só este ano que parei, sentei, ouvi sua música e levantei para dançar com ela. "Off The Wall", o álbum, é meu favorito dele como artista solo - acho inclusive melhor que sua marca maior Thriller; e a canção me remete a um déjà vu que adoro ter quando escuto qualquer música: aquele que você apenas sente e por mais que tente não consegue pensar de onde veio.

- "Déjà Vu" de Beyoncé: DEE-VA!! Beyoncé é a verdadeira Diva do século XXI; uma pessoa que nasce com um ventilador embutido nos cabelos não pode ser outra coisa! "Déjà Vu" é a música de Bey que mais gosto de tocar - estridente, paranóica e terrívelmente romantica. Porém o que mais me atrai em Beyoncé é o apelo que ela tem: por mais que pareça errado o que ela esteja fazendo, de repente você se encontra amando; e não é só coisa frívola, mas as referências e qualidade estética de seus trabalhos têm se tornado cada vez mais interessante. Que venha Sasha Fierce!!

sábado, 27 de dezembro de 2008

2008 Dos Sonhos

De repente eu estava numa cidade meio medieval, ou mais antiga que isso; mas nada de clipes de bandas de goth metal: apesar de estar usando uma charrete como transporte, os tempos eram modernos. Na verdade muitos carros passavam por mim e parecia haver uma comoção na cidade, que depois descobri ter sido um incêndio num casarão antigo.

Num dado momento caí da carroça e minhas coisas [mais especificamente os óculos de coração de Madonna que comprei no Rio] ficaram lá e o carroceiro disparou loucamente pelas ruas. Enquanto eu corria atrás dele desesperadamente me deparei com o local do incêndio e ao lado dele havia uma campo de futebol, desses de terra batida típicos de cidades de interior.
No mesmo instante abstraí do que estava fazendo e me direcionei ao campo. Várias pessoas, jovens, pareciam celebrar alguma coisa com futebol, correrias, conversas e risadas altas. Talvez celebrassem o incêndio; me senti atraído àquele lugar... não sei se consigo descrever com exatidão, mas era como se eu mesmo estivesse lá naquele campo e, desta forma, eu precisasse me reencontrar.
Instantaneamente eu já estava lá e no meio da multidão que me aparecia meio anuviada, não conseguia ver ou perceber todos os rostos com firmeza. Contudo, um rosto familiar abriu a multidão cinematicamente: Alexandre!
Engraçado, Alexandre é a única pessoa da época de escola que eu não faço idéia de como está hoje; e de todos os desaparecidos do colegial, ele é o único que tenho vontade ver. Ele era o garoto mais lindo da sala, além de muito engraçado e sacana rs; daquele tipo que te tira do sério, especialmente quando estava de bullying. E lá estava ele, num lugar ultra inusitado num momento imaterial.
Seu sorriso, que era o mesmo de anos atrás, veio até mim numa velocidade surreal: eu o via a poucos centímetros de mim, porém ele ainda caminhava em minha direção.
"Lucas, gostoso!!"
Aquele cumprimento me afastou dele. Alexandre era o tipo de pessoa que você pouco sabia identificar o nível de sarcasmo do tom e ao ouvir aquelas palavras entrei em paranóia: ERA UM SONHO!! Caralho e agora? Contudo, a decisão de acordar era minha e certamente eu não estava nem um pouco afim de gritar "acorda Alice!"
Ele já veio me abraçando e tocando descaradamente, me beijando no rosto. Eu olhava ao redor e percebia que não tinha mais ninguém por perto - mas as pessoas estavam lá. Era estranho e desconfortável, eu me sentia atraído a ele porém aquilo era muito bizarro e surreal. Quando consegui me desvencilhar do abraço dele passei a perguntar o que se pergunta quando reencontramos o passado. Mas ele me respondia com aquela expressão sedutora e eu não registrava nada que ele dizia - foi quando joguei tudo pro ar e o agarrei num beijo hollywoodiano.
Sentia nossos corpos mesclados naquele momento, mas as pessoas reapareciam à nossa volta; ninguém prestando atenção em nós, cada um na(s) sua(s). Meu fôlego se esvaía em direção a ele, tudo era sublime, mágico e ele me beijava com afinco e saudade; mas quando nos separamos, ele com o mesmo sorriso charmoso de sempre tocou o ombro de um garoto que estava por perto dizendo: "este é meu namorado..."
"ACORDA ALICE!"
Me recusei a continuar sonhando.
*********
Conscientemente estou numa fase abstraída romantica e sexualmente; cansei de pensar, sofrer, perder energia e tempo com homens e romances potenciais. Enquanto eu continuo aberto a tudo na vida, prefiro me ligar a sentimentos de possibilidade de outra natureza, como no trabalho. Mas quando a gente dorme e o inconsciente toma conta blablabla... essas coisas acontecem. Não que quando esteja acordado eu fique a me enganar assumindo uma postura fake de abstração - eu realmente estou on the loose. Mas este aspecto da vida existe em mim... e às vezes it comes to bite my ass.
[Musique: Echo - Cyndi Lauper]

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Vows

Se algum dia da minha vida eu tiver que ser fotografado para um livro, uma revista whatever... esse é o cara que deve me dirigir.



[Musique: Echo - Cyndi Lauper]

Invejinha

Isso foi tão bonito que senti uma faux-nostalgia de algo que não vivi, mas que se tivesse teria achado sublime.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

5 Coisas Rápidas A Fazer No Rio de Janeiro

1- Fique bêbado. Ponha na cabeça que um dia carioca não é completo sem ao menos uma cerveja ou qualquer bebida alcoólica no sangue. A maneira como os habitantes do Rio levam a vida na mesa do bar é divertida e fascinante.


Logo no primeiro almoço que eu e Purki tivemos lá tomamos uma marguerita cada e uma série de chopps que nos fez voltar para o albergue trocando pernas. Mas o que pode soar como uma coisa completamente subversiva e inútil é a mais pura normalidade no Rio, enquanto a maioria do brasileiro toma sua cerveja no fim do expediente pra esquecer o trabalho e a vida, o carioca tem sempre aquela aurea de diversão que te faz pensar que todo o resto do dia só existe porque deixa o alcool mais gostoso no fim do dia.

2- Pegue metrô sempre que puder. Primeiro porque é divertido, segundo porque é mais rápido, terceiro porque tem ar-condionado.

No domingo [14/12], quando fomos ao Maracanã pegar os ingressos para nosso show [segunda], a galera já estava ensandecida cantando Madonna, tirando fotos e zoando toda a situação. Num dia normal, as pessoas estão sempre tagarelando e rindo; é quase impossível ficar de mau humor neste transporte público.

3- Esteja aberto a fazer amigos. O carioca tem um jeito peculiar de lidar com o cotidiano; em qualquer lugar que estiver você pode sair com números de pessoas dispostas a lhe mostrar o que ela elas acham essênciais na cidade, eu mesmo voltei de lá com uns cinco números diferentes.

4- Gaste. Se estiver de férias, vá com grana. Não que as coisas sejam muito caras, mas o Rio tem tudo quanto, digamos São Paulo, só que com mais facilidade de locomoção e joi-de-vivre. Se o inseto do consumismo sempre te pica em viagens, se prepare porque o Rio é O lugar para as compras.

5- Esqueça o sono. É tudo muito vibrante e legal para deixar de ver... durma o suficiente, mas se por um acaso a insônia bater aproveite, porque raramente o Rio de Janeira fecha depois da meia-noite.

[Musique: Into The Groove - Madonna]

domingo, 21 de dezembro de 2008

Ahh O Verão!

O dia mais longo do ano começou pra mim há praticamente uma semana. Recém-chegado do Rio de Janeiro, eu ainda não consegui parar e começar a processar tudo que vem acontecendo.

Com a Morgana Mix se aproximando e Lucas tendo que fazer plantão a partir de amanhã, meu cérebro tem que vai começar a se posicionar em direção a 2009.
Lots to think, lots to do... ainda bem que moro em Conquista, onde o calor não é insuportável. Mas em todo caso, o ventilador está logo ali.
x.o.x.o. L.
[Musique: Paparazzi - Lady GaGa]

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Madonnite Agúda

Meu pai me enviou essa crítica à Madonna depois que cheguei no Rio de Janeiro. Felizmente só tive tempo de lê-la agora, depois de já ter visto e [quase] processado os dois shows da molier aqui no Brasil. Essa foi a resposta que o enviei.

eu concordo com ele em tudo! rs

pode-se dizer que madonna é a representação cultural do capitalismo. mas eu queria ver ele dizer tudo isso depois de ter visto as duas datas do show aqui no rio. ela mesma já reconheceu que não é a melhor das cantoras ou das bailarinas, e não é mesmo. mas [e se eu prolongar isso aqui vc vai ler milhares de "mas"], madonna está longe de ser vazia como ele diz; como uma mulher de negócios, além de rock star, madonna não é apenas uma figura da indústria do entrenimento, propagadora de nixons e bushs. não dou a mínima se ela tem fãs e não ouvintes, sei que eu sou ouvinte E fã, e não tenho vergonha alguma de demonstrar isso. até mesmo quando escrevo sobre ela, procuro fazer o que a maioria dos veículos de comunicação não fazem: análise [até mesmo porque ela ainda é uma das poucas que faz coisas que permitem isso].

foram duas horas de show que se passaram como cinco minutos. em momento algum se via alguém pouco interessado no que era apresentado. a mistura de campos como a música, a dança, o teatro, a moda não é uma coisa simples de se fazer e, madonna não é só piorneira nisso, como é o cérebro por trás de toda a produção que a envolve. desde a maneira de se relacionar com seu público, totalmente direta e às vezes até ácida, ao jeito com que reinventou a indústria pop dos anos 80 pra cá.

madonna surgiu numa época em que a crítica ainda era ouvida e ela não só superou muitos contras como dobrou muita gente. suas referências e vocabulário estão longe de 50 palavras, prova que ela sempre esteve e está ligada aos artistas mais importantes de sua época, como o fotógrafo herb hitts e ou o estilista jean-paul gaultier; isso pode não dizer muito pro régis bonvicino ou pra muita gente, mas não há como negar o fenômeno que isso tudo tem sido pra cultura de 25 anos pra cá. desde o início de sua carreira, ela é responsável pela popularização de vários estilos do underground, despontando uma lista extensa de artistas como steven klein e david lachapelle [fotógrafos] e william orbit [produtor musical], que sob suas asas voaram bem alto e em menos tempo do que a maioria.

o problema de grande parte dos críticos, e aparentemente do bonvicino
também, é que eles ignoram a pop art como arte. e madonna é pop art da melhor qualidade - utilizando a indústria do consumo e oq ela proporciona até mesmo para implodi-la e fazê-la rever seus conceitos [vide como até hoje ela reformula o jeito de vender "sexo" - e todo mundo sabe que ela não foi a primeira a fazer isso].

[Musique: EXPRESS YOURSELF - Madonna]

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

DiscoStick!!

"I can't pay my rent, but I'm fucking gorgeous."
- Lady GaGa


A criatura só é um ano mais velha que eu! Dá um pouquinho de inveja vê-la onde está, mas ao mesmo tempo fico deslumbrado com a criatividade e maturidade artística dela. Joanne Stefani Germanotta, ou muito melior, Lady GaGa, tirou seu nome artístico da dramaticidade de Freddy Mercury em Radio Gaga.
Nova-iorquina, Germanotta tem um leque tão profundo e vivo de referências que não soa exagerado quando o New York Post diz que ela é o "futuro do pop". Nada que contém em seu álbum de estréia, The Fame, soa muito diferente do electro-pop/dance retrô que rola de uns anos pra cá. Porém, suas batidas eletro-urbanas e sintetizadores espaciais vêm acompanhados por letras semi-ignóbias [como toda boa música pop deve ser] que fortalecem o que Lady GaGa tem de melhor: uma personalidade forte e fascinante.

Ao contrário das outras candidatas a pop-divas que despontaram este ano [oi Ladyhawke, Santogold e cia!!], GaGa é visível e desejável! Enquanto você escuta canções como LoveGame, Beautiful Dirty Rich e Poker Face você pode imaginá-la se desdobrando na pista com você; já em electro-baladas, como Paparazzi [!!!!], seus rosto pequeno e longos cabelos ultra-platinados se materializam teatralmente em qualquer lugar.

Ela é como uma Britney que canta e uma Christina que faz mais do que cantar. Se continuar com sua saborosa mistura de música pop, moda e arte ela tem tudo pra ser uma grande pop diva do século XXI. Corro o risco de soar precipitado, mas ela me lembra uma certa loira platinada que despontou em NY utilizando várias mídias para mostrar sua mistura do underground com o mainstream... sacou?



[Musique: Beautiful Dirty Rich - Lady GaGa]

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Olia Só Que Fofo Gwen!

Até parece que Britney fez uma homenagem!
EDIT: Ah, mas será que essa molier não pára quieta!! rsrsrs


[Musique: Amnesia - Britney Spears]

Coisas da Vida

Olha só como as coisas aparecem diante da gente quando estamos na sintonia. Coincidência? Duvido! Mas enfim, essa notícia de maio deste ano que acabei de achar, sobre a Disney lançar uma coleção de vestidos de noivas inspirados nas princesas.
Para ir direto às fotos, clique AQUI!
Justamente no momento em que tenho pensado bastante em noivas, casamentos blablabla...
Uhg mas não! Não tem nada a ver comigo... estou abstraído deste aspecto da minha vida. rsrsrsrsr
EDIT: Ahh... aí já vem ESSA MOLIER e muda todas as minhas consepções e ponto de vista! rsrsrs
[Musique: KILL THE LIGHTS!! - Britney Spears]
[Musique 2: esse novo álbum de britnéya não pára de me surpreender!! Ahaza B!]

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Picadeiro Amargo


Ao ver a expressão de Britney Spears na capa de seu novo álbum, Circus, e ouvindo seu conteúdo, é quase impossível não reparar a interessante ambivalência que ainda é sua vida artística no momento. A foto sustenta uma adolescência semi-ridícula para uma mulher prestes a completar 27 anos, tão evidente que não duvidá-la é quase um lapso de inteligência.

A confirmação da dúvida vem com a música de abertura e lead-single, Womanizer. A faixa dance carregada de elementos eletrônicos bem sujos e caóticos, rementendo-se fortemente à excelente tour-de-force eletro-experimental do Blackout [2007]. Porém, o interessante é o tom raivoso de Spears; com uma voz grave e robótica, que mais se parece com a dela própria do que vocoders, ela abre o proposto espetáculo de circo com um sarcasmo sobre um homem [pode-se ler "mídia/público"] com problemas de fidelidade. Esta maneira de ver e tratar seu mundo e, portanto, a si própria tem efeito interessante.

Na faixa-título ela se apresenta como a definitiva crowd-pleaser, a entertainer tão ávida pelo amor de sua audiência que é capaz de manter características de seu passado imaturo porque sabe que é o que você quer ver. Tal comportamento é ouvido em faixas como as baladas Out From Under e My Baby, e em outros momentos como Blur e Mannequin: são boas faixas, mas soam mais como personagens de Gossip Girl posando de maduras que um adulto de fato.

Contudo, quando o circo assume feições mais estranhas, Britney continua prendendo sua atenção, mas não por seu bel-prazer e sim porque a estrela do espetácalo simplesmente parece ter um ataque. Kill The Lights, sequência de seu hit Piece Of Me, não tem nada de "levemente irônico" e é bem direto e obscuro. Spears declara assassinar todas as luzes e concepções que os outros vendem como dela, dizendo coisas como "Vocês me querem loucamente, eu os quero fora/Acabemos com esse stress" ["You want me bad, I want you out/Release this stress"] e "Há mais em mim do que vocês vêem/Vocês não gostariam de mim raivosa" ["Theres more to me than what you see/You wouldn't like me when I'm angry"]; tudo isso acompanhado de uma produção estilosa misturando R'n'B com maduros elementos de Dance e SynthPop, capaz de te jogar no dancefloor que você nem vai saber por onde veio o golpe.

Outra estrela do álbum é If You Seek Amy. A nova colaboração entre Spears e o produtor de seus sucessos mais icônicos, Max Martin [Baby One More Time, Oops I Did It Again etc], ainda sustenta característica sonoras de seus passados pop-teen [de Spears e Martin], como la-la-las, refrões grudentos e pontes pop bem britnescas. Mas há um humor quase negro que vai desde os sintetizadores rápidos e desesperados ao trocadilho do título [em inglês soa como eff, you, see, kay me = F-U-C-K me], que passa a certeza que você pode odiá-la ou amá-la, mas todo mundo [você, inclusive] quer comê-la.

Finalmente, você se toca que o sorriso aparentemente forçado da capa do álbum, pode sê-lo de fato. Ser a estrela do circo não significa que por trás da cortina ela esteja feliz com o mundo ao seu redor. Quando não está nos agradando, Spears é bem crítica quanto ao seu papel e as espectativas dos outros quanto a ela. Isso faz o Circus parecer um bom ensaio de uma pessoa que tem grandes pretensões, mas que ainda faz o que se espera dela... por covardia, por prudência, ou seja lá o que for. E, mesmo desagradando os que esperavam uma evolução ainda mais experimental de seu álbum anterior, Britney faz uma performance digna de 4-estrelas.


PS: O curioso deste álbum é que as faixas bônus soam melhores e mais promissoras que a maioria do álbum. Rock Me In, Trouble, Rock Boy e Phonography [que se tivesse um arranjo IndieRock seria perfeita para o álbum Donkey do CSS] têm produções impecáveis à lá Kylie Minogue e clima EuroPop que, apesar de não tornarem o álbum tão comercial quanto ele é, pelo menos ele teria uma produção mais artistica e elaborada.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Complaints [part1]

Preciso voltar a fazer o que gosto de fazer de vez em quando. Coisas produtivas que me impulsionem cultural e artisticamente.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

WOW Bionça!!


Por mais que a música seja bonita, mas nada de extraordinário, esse clipe é PHODA!!
Honestamente, a cada trabalho eu me surpreendo ainda mais com Beyoncé. Ela tem se mostrado cada vez menos diva pop e mais artista. Esse clipe é um exemplo disso... provavelmente o primeiro clipe em que ela não é ela.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

É... O Mundo Muda

No documentário de 1991, Na Cama Com Madonna, a gente vê logo no começo uma Madge irritadíssima porque uma microfonia insuportável atrapalha sua passagem de som durante a turnê de 1990 The Blonde Ambition. Aí ela grita com seu engeiro de som no microfone, "Keith you MOther-FUCKER!!", e deixa claro que se não regularizarem isso ela simplesmente não sobe ao palco à noite.

2008, Sticky & Sweet Tour, metade do teto de seu palco está quebrado [não sei como e nem porquê] e boa parte da iluminação está comprometida, deixando Madonna, sua banda, dançarinos e convidados praticamente no escuro durante boa parte do show de ontem, em Los Angeles. Convidados? Yes, a única apresentação da S&S na Cidade dos Anjos contava com a participação de Britney [em Human Nature] e Justin [4 Minutes, duh!].

O que é interessante dessa história toda é que Madonna subiu ao palco. No passado ela vestiria sua melhor bota diva e daria um pé na bunda de geral pela noite, cancelando o show. Este ano ela reconheceu que não pode ser perfeita sempre e decidiu não decepcionar quem estava no Dodger's Stadium; ela fez seu melhor com o que tinha disponível e provavelmente deu um passo a frente em seu balanço cármico. Neste momento, ela pensou menos em sua imagem e ego perfeccionista e tentou fazer as coisas com as "armas" que tinha no momento.

Que tipo de lição Lucas pode tirar disso tudo?

Thinking... I'm just thinking...
[Musique: Black History Month [Alan Braxe & Fred Falke Remix] - Death From Above 1979]

domingo, 2 de novembro de 2008

Top 10: "Moliers de 2008 [Part Un]"

[Mima Stilwell]

Às vezes eu penso que sou gay por gostar tanto de mulheres. É engraçado pensar que todo verdadeiro amante das mulheres, gosta tanto delas que é incapaz de fazer sexo com elas. Talvez assistir a muitos filmes de Almodovar ajude a internalizar essa idéia.

Mas, essas divagações inúteis são apenas para chegar ao mote principal deste post: conforme chega o fim do ano e revisito meu last.fm, pra lembrar que tipo de música bombou meu planeta, reparo que mais uma vez a minha lista será recheada de novas divas. Melhor ainda, divas que, antes de mais nada, reinventam. Nessa primeira parte estarão listadas as mulheres que despontaram na indústria mundial esse ano, ou que pelo menos se fizeram luminosas para mim de janeiro pra cá.

Algumas das cantoras listadas aqui acabaram de lançar seus primeiros álbuns, o que me tornaria bem precipitado ao afirmá-las como divas. Mas praticamente toda semana conhecemos a nova grande diva wannabe da musica pop atual, então, me deixem em paz para agir anacronicamente quanto a essas mulheres.

Menção honrosa: Kate Bush

Obviamente Bush não é novidade alguma para ninguém, apesar de já estar sem álbum novo desde 2005. E mesmo sabendo de sua existência desde o advento The Puppini Sisters em minha vida, somente este ano vim conhecer a fundo o trabalho da primadonna do Pop Bizarro Alternativo, que por anos tem sido inspirações para gente como Björk.

Seu mais recente álbum Aerial é um divino trabalho de arte e é essencial para quem gosta de música profunda e perfeitamente produzida. Além dele, claro, deve-se prestar atenção ao seu debut The Kick Inside e ao maravilhoso Hounds Of Love.

10. Mima Stilwell [Kish Mauve]

Mima ainda é um mistério para mim. Tudo que sei é que ela era cantora folk e em 2005, numa apresentação em algum lugar londrino, conheceu Jim Scott e desde então eles são o duo de electropop Kish Mauve. Assim como a maioria dos artistas do gênero, eles começaram a bombar na cena underground, até que alguém do mainstream resolveu se meter com eles. Desta vez foi Kylie Minogue, que em 2007 lançou um cover de 2 Hearts, da dupla, como primeiro single de seu álbum X. Agora Kish é um quarteto e estão produzindo seu primeiro álbum. Mima está aqui simplesmente por isto:


9. Céu

Alguns jornalistas e pseudo-cults brasileiros costumam dizer que a MPB passa por um processo de marasmo e que não há mais grandes divas como Bethânia ou Elis. Mas tentar encontrar a nova Maria Bethânia é uma tarefa tão estúpida e ridícula quanto encontrar a nova Madonna. [Me sinto confortável em fazer certas analogias porque pra mim todas elas são D-us.] Mas quem conhece Céu sabe que a MPB está aí firme e forte se reinventando; com sua deliciosa voz rasgada e estilo que mistura a música negra brasileira com elementos de reggae e scratches eletrônicos, Céu foi uma das rainhas dos pôres-do-sol conquistenses deste ano.

/fikdik: Lenda, Concrete Jungle, Contados e [especialmente] Lamento.

8. Duffy/Adele

O interessante dessas duas é que as descobri lendo um artigo sobre "as novas Amy Winehouses". De cara já fui achando tudo muito imbecil, pois Winehouse apesar das evidências, continua viva e produzindo. Tenho minhas ressalvas quanto à atual primeira dama do Soul britânico, mas a curiosidade me levou às galesas Duffy e Adele que, não só me conquistaram, como para mim - hoje - são melhores que a própria Casadevinho.

7. Missy Elliott

Claro que eu conhecia Missy antes de 2008, especialmente no começo da década quando virei fã de Nelly Furtado; mas meu conhecimento não passava de alguns hits como Get Ur Freak On e Work It. Somente após minha recente paixão pelo Hip Hop que eu pesquisei a fundo a obra e carreira de Missy e vi que por trás da divertida rapper está uma mulher que quebrou padrões machistas do Hip Hop com suas letras liberalistas e batidas psicodélicas [a maioria composta em parceria com Timbaland].

6. Santogold/Ladyhawke/Lykke Li

Santi White é da Philadelphia, Phillipa "Pip" Brown é da Nova Zelândia e Li Lykke Timotej Zachrisson é da Suécia. Apesar de serem de lugares tão diferentes e distantes um do outro, as três se encontram como os novos nomes do ElectroPop mundial. Com influências também diversas as três têm empurrado os limites do gênero com álbuns [Santogold, Ladyhawke e Youth Novels, respectivamente] criticamente aclamados por seus experimentalismos, ousadia e rigor artístisco.

Com vozes marcantes e arranjos enlouquecedores, as três são tendência por transitarem sem esforços entre o underground e o mainstream. Absolutamente não convencionais, suas canções são capazes de fazer você se acabar na pista, ou servem como trilha sonora para tarefas diárias como caminhar até o ponto de ônibus.


[Lykke Li] [Ladyhawke]
A voz de Esthero é daquelas que "acariciam ao mesmo tempo que perfuram". Tendo tornado-se meu vício durante o começo da minha empreitada Hip Hop, ela me cativou por suas geniais misturas. Seu segundo riquíssimo álbum, Wikked Lil' Grrrls [2005], tem canções que misturam Hip Hop, Electronica, Jazz, Latin Music e Trip Hop. A faixa título tem a molier rapeando uma letra super explícita sobre maneaters, só que com inúmeras vozes e tons diferentes. É como se a música fosse um diálogo entre ela e suas várias personas.

4. Estelle

Com dois álbuns geniais Estelle subiu ao topo das paradas britânicas com o single American Boy, em parceria com o almighty do rap americano Kanye West. Com uma voz deliciosa Estelle fez reacender em mim a chama da Black Music atual, que me era referencial com outras divas como, Alicia Keys. As canções de seu hypado segundo álbum, Shine [2008], têm influências do Soul tradicional, mas com modernas batidas R&B e Hip Hop, além de alguns elementos de reggae.
Estelle é uma ótima dica para quem não conhece e/ou tem preconceito quanto ao Hip Hop.

3. Róisín Murphy

Ícone fashion, voz poderosa e uma competência que ultrapassa a imagem de pop diva loira. Murphy já era famosa com Moloko, um duo de electronica que tinha com - seu então namorado - Mark Brydon. A banda, que foi pioneira na transformação da música eletrônica em algo orgânico e "ao vivo", acabou em 2004 com o fim do relacionamento dos dois, mas Murphy continuou como grande nome do gênero.

Seu primeiro álbum solo, Ruby Blue [2004], é uma odisséia pop que mistura Jazz e Electronica tão perfeitamente que os gêneros soam como irmãos. Abusando de arranjos de metais, o álbum possui uma vibe faux-retro, como se fosse achado de um baú escondido no sótão, mas recheado de loucurinhas modernas. Canções como Ramalama e Sow Into You funcionam perfeitamente em pistas alternativas, que não têm medo de dançar com qualquer coisa.

Já seu segundo álbum, Overpowered [2006], foi produzido como um álbum de mainstream Pop: quando todos os colaboradores trabalham para fazer canções com potencial de serem singles. Overpowered é uma festa deliciosa de Dance e Electronica, lembrando alguns dos melhores momentos do Moloko. O que faz dele superior é sua forte unidade estética. Murphy, que nunca tivera uma imagem convencional, parece se render a padrões do estilo, mas, como uma das poucas artistas capazes disto, suas músicas têm cor, cheiro, sabor e especialmente ótimo gosto para haute couture.

2. Katie White [The Ting Tings]

O que fez de Katie White uma diva para mim não foi [apenas] sua voz ou música, mas [principalmente] sua imagem. Eu tenho uma queda por garotas britânicas com maravilhoso senso de moda e expressão blasé. A aura poser do The Ting Tings me excita e White é a sua personificação; em momento algum ela parece afetada por seu hype e é justamente por renegar o título de diva que ela se torna evidente.

Até mesmo em sua maneira de cantar e se apresentar White é muito pouco deslumbrada com sua posição: ela canta do seu jeito, arriscando com falsetes de gosto duvidoso [típico das grandes bandas de electroclash] e sempre se jogando, batendo cabelos e pés como se tudo não passasse de uma brincadeira.

Mas reflita, White e Jules DeMartino [seu melhor amigo e único companheiro de banda], são os faz-tudo do The Ting Tings.
/fikdik: That's Not My Name, We Walk, Shut Up And Let Me Go.

1. Yelle

Ao ouvi-la pela primeira vez meu pai perguntou se ela era a Tati Quebra Barraco francesa. rs

E o pior é que há uma pequena intersseção, porém Yelle é bem mais glamourosa e suas músicas são bem melhor produzidas.

Misturando rap e electropop, Yelle, desde que lançou Je Veux Te Voir ano passado, vem bombando nas pistas indies, ainda reminiscentes da recentemente extinta New Rave. A Cause Des Garçons e outras canções como Dans Ta Vraie Vie são ultra divertidas com letras bem explícitas [aí sua característica comum com Tati], ou às vezes simplesmente nonsense.
Julie Budet [seu nome original], feminilizou a expressão britânica YEL ["You enjoy life"] e virou Yelle; e é justamente nessa ousadia em reinventar a música pop e eletrônica francesa e por ter um estilo alternativo de se comportar e vestir que está a genialidade dela. Suas cores são vivas e refletem em sua música - é praticamente impossível não imaginar cores ao ouvir seu álbum Pop-Up.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

AHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Perdi a conta do número de posts que já comecei e, no meio do caminho [às vezes nem muito longo], desistia e apagava. Esse aqui ainda corre o risco, mas por enquanto eu vou indo e seguindo meu fluxo de consciência.
A primeira intenção pra este post é dar um update em minha vida blogística. Há masomenos um mês comecei a escrever um diário. Diário mesmo, tiop aqueles que adolescentes uoh escrevem todo dia... mas definitivamente diferente desses. Em 2007 iniciei o projeto Life Album [LA], no qual eu fotografava minha vida diariamente e escolhia uma foto para representar cada data. O LA ainda existe, porém sem o rigor de antes; completados 12 meses de projeto passei a ser mais flexível quanto aos dias - agora só fotografo quando tenho saco. Essa faux revolta é fruto da constatação de que a Fotografia, apesar de ultra apreciada, não é minha main art. Meu negócio é escrever e por isso iniciei o diário; obrigando-me a escrever nele todos os dias, obrigo-me a simplesmente escrever.
Mas então Lucas, porque o blog, que sempre foi o espaço de escrita, anda entregue às moscas?
Writer's block! Essa uma pergunta que eu não quero responder. Pelo menos não da forma tradicional: inventando desculpas. A verdade é que eu preciso voltar a me concentrar no meu talento e desenvolvê-lo; voltar a escrever por vontade, não apenas por inspiração. Desta forma, quando penso no blog, lembro de várias coisas que costumava fazer por aqui; algumas delas persistem na mente e querem ter continuidade.
Exemplo: a lista das músicas do ano. Geralmente por volta de agosto eu já estava agoniado por ela; e em 2008, provavelmente foi o mais rico musicalmente, estou langain*. Deve haver uma pré-lista em algum lugar dos meus arquivos, porém a falta de update nela é factum. Por isso, então, vou usar a desculpa da lista para recuperar o fôlego do blog.
A outra parte desse post é a que me pergunto qual a finalidade dessa porra?
Essa minha mania de me sustentar nas palavras já tem cansado até a mim mesmo.
GOTTA GET STARTED SOMETHING!!
[Musique: Pocket - Sam Sparro]

sábado, 11 de outubro de 2008

HEY BET MEM

Minha vida cabalista não está lá dos mais decente: tenho lido pouco, estudado pouco, praticado pouco. No mês passado houveram os preparativos para o Rosh Hashaná e eu não me liguei, nessa última semana, quarta-feira, foi dia de Yom Kipur e eu esqueci de me conectar.

Aí hoje eu lembrei do Yom Kipur e decidi reler a sintonia semanal e me deparei com isso:

O que quer que tenhamos pedido – e nos esforçado para conseguir durante o mês de Virgem e durante a festa de Rosh Hashaná – agora temos que provar que realmente queremos viver de acordo.
Conclusão: o que você está disposto a fazer para receber a Luz que deseja?


[...] Se você está buscando o amor, está disposto a se mostrar mais vulnerável e íntimo? Está disposto a abrir seu coração para as pessoas que querem lhe conhecer melhor?

Há um mês eu ando me dopando de várias formas para adormecer o que tem me incomodado. Yes, tenho recorrido a saídas faceis como o álcool, porém me concentrar de-com-força e procurar o caminho mais evolutivo não é algo que eu tenho exatamente feito. Mas apesar de tudo, eu ainda acredito muito nisso:

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Catfight 2: Madonna Vs. Sarah Palin

Desde que Sarah Palin foi indicada como vice da chapa republicana à presidência dos Estados Unidos, ela passou a ser uma das pessoas mais comentadas na mídia: seja louvando suas posições políticas e pessoais, ou tirando sarro à lá Saturday Night Live das supracitadas posições.
Madonna já declarou algumas vezes que não assiste TV ou lê jornais, tirando suas informações de mundo das pessoas próximas, amigos, assistentes, assessores. (Alienada? Ou uma pessoa que sofre na pele, há cerca de 30 anos, a velada falha de verdade na mídia?) Contudo, ao chegar nos EUA com sua turnê Sticky And Sweet, ela já começa a causar; se na Confessions Tour (2006) ela mandava os críticos de sua atitude chupar George Bush, este ano ela destila seu sarcasmo com sua língua atualizadíssima adicionando-se à lista de chicoteadores de Palin.
Em sua primeira noite americana em East Rutherford ela disse "Sarah Palin can't come to this party" (só para constar: assim como party é "festa" em inglês, ela também traduz "partido"). Então anteontem [07.10], em sua segunda noite em Nova York, ela canta I Love New York, desta forma: "Sarah Palin get the fuck off my street." Daí pergunta-se qual é a de Madonna pegando no pé da Palin com tanta freqüência. Apenas para parecer in? rs

Porém minha mente psicodélica, que não resiste a fazer alguma teoria conspiratória, pensa: e se Madonna estivesse se mostrando como antípoda de Palin para marcar seu território?
Algumas coberturas midáticas pró Palin a exaltam por sua fibra pessoal: mãe de família, casada, crente e temente a D-us, detesta gays, faz sexo para procriar (ela tem 5 filhos, bicho!) etc; essas "qualidades" também têm sido chochadas por seus detratores. Mas eis que em solo americano surge Madonna (e ela nem tocava nesse assunto na Europa) como a pirracenta que fica cutucando a moça certinha.
Além de mandar sua concorrente à atenção da mídia diretamente para aquele lugar, ela se comporta como a rebelde punk que era nos seus 20-e-tantos anos. Agora Madonna tem 50, mas mostra mais vitalidade que em sua juventude, se recusando a entrar no padrão americano das cinquentenárias, sendo eloquente e rude quando bem entende. No primeiro show nova-iorquino, numa pausa para a água, alguns fãs gritaram seu nome e quando ela virou-se para dar atenção, as bonitas dispararam cinco milhões de flashes em sua cara; numa resposta amarga ela mostrou o dedo do meio para eles.
Enfim, a eterna enfant terrible de Michigan bate o pé exigindo para si a atenção de todos, não hesitando em causar bafôn com sua hilária tirania-faux de Diva, sendo desbocada e boca suja, contra a imagem pastel e conservadora da primeira mulher a ter chances ainda mais concretas de chegar na presidência americana: uma republicana.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

NoobTimes: Workshop de WebPaquera com Ana Clara

Ana Clara, meu pedaço de lixo favorito está em mais uma tentativa de se imergir na vida blog-ística. Seu novo sítio é na ultra-indie avenida da Wordpress e tem logo no título o humor ácido-porém-fluorescente inerente à nação independente *cof-cof*: "Anticrônico. Sem hífen." [tiop, anticrônico nunca teve hífen.] E logo na primeira postagem ela já bomba o planeta, mostrando que discípula de Charles Bukowiski vai direto ao ponto com sua língua competente e ferina.
Aí depois de meu comentário ela exigiu que eu divulgasse o blog dentre todos os meus contatos de msn, "quero ser pop", disse ela. Porém disse nemli e ela fez a bitch - nada mais usual e natural numa noite tediosa de segunda-feira. Até que ela me vem com um pedaço de seu novíssimo workshop em WebPaquera:

A Ana não existe. diz:
OLHA MIH
A Ana não existe. diz:
VIAJA AQUI
A Ana não existe. diz:
eu virei pra gui
A Ana não existe. diz:
um amigo
A Ana não existe. diz:
e perguntei o que ele espera pro futuro dele.
A Ana não existe. diz:

Gui:

é o meu diferencial, um diferencial que, não é nada, não é
nada... não é nada, mesmo.
meu carma é viver num circo e casar com uma anã de bigode.


A Ana não existe. diz:
aí eu disse:

A Ana não existe. diz:
Eu deixo o bigode crescer se você tirar
esse til daí, viu.


A Ana não existe. diz:
RERE/

sábado, 13 de setembro de 2008

NoobTimes: Mosaico

Porque eu não tenho coisa melhor pra fazer.

The Instructions:
1. Type your answer to each of the questions below into Flickr Search.
2. Using only the first page, pick an image.
3. Copy and paste each of the URLs for the images into
fd’s mosaic maker.


1. Qual seu nome? Lucas.
2. Qual sua comida favorita?
Lasanha.
3. Onde cursou o ginásio?
IST[ Instituto São Tarcísio].
4. Qual sua cor favorita?
Preto.
5. Por qual celebridade você tem uma queda?
James McAvoy.
6. Bebida favorita?
Café.
7. Férias dos sonhos?
França.
8. Sobremesa favorita?
Petit Gateau.
9. O que você quer ser quando crescer?
Famoso! rsrs
10. O que você mais ama na vida? Evolução.
11. Uma palavra para descrevê-lo: Ariano.
12. Seu nome no Flickr:
Lucas Wino.