Corao corao estamos atrasados, tanto que nem lembro se fiz o stalker essa semana passada. Só sei que desde o começo dela eu já sabia que The Ting Tings estariam aqui. Marce me aconselhou a baixá-los e, como sempre, eu demorei um pouco para ouvir. Porém quando o fiz fui dominado por toda a empolgação e glamour de Katie White e Jules De Martino.
Lindos de morrer, os dois têm a pose já clássica de boa parte das bandas indies que enveredam pelas matas do electro-pop. Com estilo e senso de moda new rave, mas a atitude de quem não está se importando muito com todo o fuss, De Martino bate sexymente aquela bateria, enquanto White se estrepa, feroz e linda, nos vocais; e na guitarra e no baixo e no bumbo... eles têm um quê de pop manufaturado superado pela maravilhosa força poser da "atitude nemli."
O álbum We Started Nothing já trás em seu título a mensagem de que não se encontrará nenhuma reinvenção do mesmo - os Tings começaram coisa nenhuma e não desejariam tê-la começado. Esse é meu ponto favorito nos Tings: o grande problema da cena indie de hoje em dia é que a grande maioria deles não passa de imitadores [e uma parte deles nem nisso é boa - oi Hadouken!] - mas ganham todo o hype por serem indies [que tá na moda, é hype, então deixou de ser indie... brinks]. Projetos como, por exemplo o MGMT e o Hadouken!, se vestem da armadura pretenciosa do Indie ["oi não somos mainstream, fazemos a diferença"], mas apesar de [no caso do primeiro] serem bons, não passam de repetidores de um estilo/época/whatever que já passou e que muito pouco acrescenta para a vida das pessoas, a não ser por um certo saudosismo incutido em todos nós.
The Tings logo de cara se despem da fala demagoga do everyday indie e vestem a pose do FODASE. Mas aí só vendo e ouvindo para você saber como é bom chutar o bumbo e gritar SHUT UP AND LET ME GO!
Músicas essenciais do momento: Great DJ, That's Not My Name e Shut Up And Let Me Go, lá no BitchyList - dentro da pasta "Stalker".