"...who'd have known, when you flash upon my phone i no longer feel alone"

- Lily Allen

BitchyList

domingo, 22 de abril de 2007

Marie Antoinette!!!

Ao sair da sala de cinema, que me faz me sentir como numa masmorra, do museu geológico eu corri para o banheiro. Minha bexiga gritava por atenção há quase uma hora e meus pensamentos estavam em polvorosa por causa de seus chiliques. No banheiro, uma criatura diz: "não sei se gostei muito; não me senti muito dentro da época; pensei que ia mostrar mais da Revolução Francesa." Se ele estivesse dentro do privado ele veria minha cara de "buro" para ele.
Sofia Coppola causou bastante ano passado com sua cine-biografia da famosa rainha francesa Maria Antonieta; ela foi vaiada em Cannes [público bem estranho, venhamos e convenhamos], dividiu a crítica no mundo todo por um bom tempo e no público geral criou-se um certo ódio contra a mulher. Então voltando à criatura do banheiro, eu não posso dizer que não esperava tal reação; a sala - repleta de adultos de trinta, alguns sexagenários e outros em seus vintes - não parecia tão excitada quanto eu ao fim da sessão. Quando o cara do banheiro disse aquilo um clique me veio à mente e eu não resisti em dizer "talvez porque esse filme é sobre Maria Antonieta e não a Revolução Francesa."
Agora há pouco, enquanto teclava com meu pai sobre a infame rainha, me toquei que muito se conhece de Antonieta pela história contada pelos vencedores, os revolucionários [cita-se a famosa e blasé frase dos brioches]. O filme de Coppola, como o cinema em si, não está preocupado em educar sobre parte da história francesa. Durante as duas horas do filme mergulhamos no universo daquela jovem austríaca, a qual ao chegar em Versalhes passou boa parte do tempo enfrentando calada os ridículos protocolos e as fofocas da nobreza francesa. Até o momento em que se tornou rainha e finalmente se encaixou, porém não como se espera: Maria Antonieta - segundo Sofia Coppola - reinventou a corte de Versalhes.
Como uma jovem imersa naquela chatisse nobre, ela apenas procurou se divertir. Ao assistir o filme de Sofia eu não conseguia deixar de me maravilhar com seus anacronismos. Desde a deliciosa trilha sonora a uma das seqüências mais esperadas por mim: uma série de vestidos e sapatos maravilhosos é desfilada, até que de repente, quase que imperceptível, me aparece um lindo e azul par de Converse All Stars! Minha risada ecoou pela sala em silêncio, provavelmente ignorante ao anacronismo, ou à genialidade dele.
A frivolidade foi o único subterfúgio que Antonieta encontrou para se manter ocupada numa nobreza que muito pouco se importava com o resto da população da França. Porém, essa não é a intenção desse filme. Apesar de estarmos em perfeita sintonia com a mente e o humor da heroína [quando ela está em êxtase, também estamos, quando ela está entediada, também estamos], não dá para se sentir em momento algum impelido a jugá-la, a julgar suas escolhas e atitudes, baseados nos fatos históricos que conhecemos. Desculpando-me pela franqueza, imbecil daquele que buscou precisão histórica nesse filme. Aliás, imbecil daquele que busca precisão histórica em qualquer filme; você pode até se esbarrar com algumas, mas no momento em que o cinema virar uma palestra de História eu simplesmente deixo de ver filmes.
Esse foi um dos filmes do ano passado que mais esperei. Foram meses tediosos de espera, sendo no meio tempo apenas entretido por uma divindade adoravelmente sádica e uma forte cozinheira assumbrada por sua mãe [houve também a mulher à frente de seu tempo, porém ela não era exatamente do ano passado]; quando o filme finalmente estreiou no Brasil, em março, tive que esperar mais uma eternidade até essa semana e o filme, mais uma vez, firmou o lugar de Sofia Coppola em meu altar.
[Musique: Ceremony - New Order]

Flashbacks

Bem, uma das minhas maiores resistências em criar esse blog era a mais pura preguiça que eu tinha de escrever as coisas duas vezes. Porém, quero deixar de ser preguiçoso [pfff].
Aqui em CADF eu vou às vezes postar traduções que de posts dos Life's A Bitch e que eu considere interessante, o post abaixo mesmo é um exemplo; originalmente postado no LAB fiz a versão para cá e como ainda há vários posts que eu gostaria de reprisar, CADF terá alguns flashbacks.
Hmm... that's all.
Begosleiamecomentem.
[Musique: Take Me Home (A Girl Like Me) - Sophie Ellis-Bextor]

The Soundtrack Of My Biopic: Cigarettes And Dance Floors

PERGUNTA: Se sua vida é um filme, qual é a trilha sonora?
Regras:
1. Abra iTunes (ou qualquer coisa que você tenha)
2. Coloque em shuffle e aperte play
3. Para cada pergunta, digite a música que tocar
4. Invente um título e escolha o elenco
Cigarettes And Dance Floors
Obviamente, será um musical.
Elenco:
Jamie Bell como Eu
Lou Taylor Pucci como Mr. Hottie
James McAvoy como The Ho
Lindsay Lohan como Alais
Keira Knightley como Nina
apresentando: Nicole Kidman como Mãe e Hugh Jackman como Pai
um filme de Julie Taymor
Abertura (e menu do DVD): "Only Love Can Break Your Heart" por Saint Etienne
Bem, parfait! Ótima canção para começar o film: batida genial com synths animadores e letra adorável; alegre o bastante para fazer o povo se ligar no filme e cantar junto. Além do mais, é bem a minha cara, "only love can break your heart" de fato, e todas as implicações que vêm junto. E: número de abertura com Kidman e Jackman! *cums*
Acordando: "Thief Of Hearts" por Madonna
LOL! Talvez seja um filme de vingança em que fatiarei algum desgraçado ladrão de namorados disfarçado de amigo. Nah... será Lucas cantando na frente do espelho com sua dose diária de auto-depreciação.
1º Dia de Aula: "Physical Attraction" por Madonna
Aww... já até vejo a cena: garoto [Me] encontra [Mr. Hottie] na escola e eles paqueram descarademente enquanto cantam a música. "You say you wanna stay the night/But you'll leave me tomorrow, I don't care." E claro calro, considerando que o filme será sobre mim, nos esconderemos atrás de algum arbusto ou whatever e transaremos até o fim da música.
Se Apaixonando: "Garden In The Rain" por Diana Krall
Daí percebemos que há mais entre nós que atração física e teremos uma boa e fofa conversa no caminho de casa [sim, ele mora logo alí]. Bem New York, bem romantico. "Surely here was charm beyond/Compare to view/Maybe it was just that/I was there with you" Lover-ly!
Briga: "Temptation" por New Order
Otemo! Melodia genial com letra obscura. "Each way I turn, I know I'll always try/To break this circle that's been placed around me." Claramente será uma briga fina, porém como tudo em minha vida acabará na pista de dança.
Separação: "The Rubber Room" por Porter Wagoner
Primeira canção realmente melancólica do filme. Estou obviamente ferido e quero um momento sozinho; Mr. Hottie também... a gente se amava okay!! Mas claro, ele traiu. [Hey, é meu filme, eu sou o moço bom!]
Formatura: "Love Don't Live Here Anymore" por Madonna
LOL! Oookay... balada causante, porém estou de coração partido.
Nota: não contrate Windows Media Player para escolher as músicas de seu filme.
Vida: "Alarm Call" por Björk
E de volta ao dance floor! A vida continua e supero mais uma obsessão. Canção bem par-cima com letra otimista e des-auto-centralizada. Ótima para o momento small-guy/big-dreams.
Surto Mental: "William, It Was Really Nothing" por The Smiths
Ooookay... digamos que William é o amigo imaginário que o Ho vive dizendo que eu tenho. Porém essa música é lidna e poderia caber na cena já que é um surto, talvez não tenha mesmo que fazer sentido.
Intervalo Instrumental (2): "Murder On A Dance Floor" por Sophie Ellis-Bextor; "Cherish" por Madonna
Ha! Filme de dance floor, canção de dance floor! Perfecto!
Lola, Rocco e Dave ficarão ainda mais ricos devido aos royalties que o estúdio terá que pagar para esse filme poder se lançado. Porém, essa música é uma delícia... talvez as coisas melhorem para o heróis na segunda parte do filme.
Dirigindo: "The Loco-Motion" por Kylie Minogue
Ohh yeees! Depois da rehab decido pôr a vida nos trilhos. Canção mais alegre que essa? "It even makes you happy when you're feeling blue." Nah...
Flashback: "They Can't Take That Away From Me" por Ella Fitzgerald and Louis Armstrong
Enquanto caminho pelas charmosas ruas de New York depois de mais uma teste de cena malsucedido, eu esbarro em Mr. Hottie! E D-us, ele ainda está gato... e solteiro!! Sentamos para uma café [ele paga claro, estou quebrado] e daí vem o flashback.
Casamento: "Alfie" por Lily Allen
Ótima canção para o casamento de Ho! Engraçada e jovial.
Nascimento do Bebê: "Miedo" por Belanova
Nascimento do Bebê!! Sim sim medo mesmo!! Bebê de quem não faço idéia, eu e Mr. Hottie acabamos de voltar, não é tempo para adoção... talvez seja de Alais.
Batalha Final: "The Night We Called It A Day" por Diana Krall
Uhh... really dude! Não contrate WMP!! Seja lá o que essa cena for no filme, não acho que essa música combinará. Lol.
Morte: "Impressive Instant" por Madonna
Seja lá quem morrer, é alguém que ninguém gosta então a gente comemora!! "I'm in a traaaance..." Talvez seja o bebê... brinks!
Funeral: "[Somewhere] Over The Rainbow" por Kylie Minogue
Desde que ninguém se importou com a pessoa que morreu antes, aqui cantamos no funeral de alguém importante, o qual claro, morreu na pista de dança. Pora, talvez seja eu... será o funeral mais gay, mas tudo bem.
Créditos Finais: "Put Yourself In My Place" por Kylie Minogue
Awww... luved it luved it! Seria um fim bem dramático, portanto uma canção bem drama-queen.
Créditos Finais (secundária): "Burned" por Hilary Duff
Uhh... digamos que enquanto o filme era produzido ela estava apodrecida e esquecida, louca por um grande retorno; então ela implorou a [aka transou com] alguém do estúdio para enfiar essa música em algum lugar. A música é boazinha até.
Passo a corrente para minhas co-estrelas: The Ho, Alais e Nina. [Pessoas as quais vocês devem conhecer, pois serão citadas aqui milhares de vezes.]