... como nada está sob o controle de suas mãos e mente.
Essa semana conheci um garoto no orkut. A stalking life parece estar surtindo efeito e, apesar de continuar encalhadinho da Estrela, pelo menos tenho sentido um velho ini-amigo: o sentimento de possibilidade. Odeio, mas sou viciado nele - e de uma certa forma ele me faz bem; por mais que as possibilidades possam me levar de volta ao ponto de partida, o importante é a jornada.
Mas enfim, estou de paquere com esse garoto, a quem chamei para ir comigo num evento que uma amiga organizou. Dei meu número para que ele me ligasse confirmando a ida, mas meu celular nunca tocou e falhamos em nos falar pelo msn. Porém, ele estava avisado da festa, da minha presença e da minha vontade. Havia ainda esperança.
Enquanto a noite ia, Lucas se divertia cada vez mais com o fato de que apesar da neurose, a vida era e estava mais-do-que e além-da minha neurose. Era tanta gente que não via há tempos e tantas novas conexões sendo feitas que eu não tinha tempo de ficar me obcecando, apesar de constantemente pensar que ele poderia estar ali entre a multidão procurando por meu rosto familiar.
Aí pela noite coisas engraçadas e adoráveis aconteceram. "Momentos Woody Allen", como diz Jose, como ouvir de um amigo hétero que ele me acha tão incrível que já tinha até pensado em ficar comigo! Ou ouvir de pessoas que eu acabava de conhecer que no momento em que eu entrara no recinto, o ar mudou e parou para me observar passar. Rs, engraçado né? Mais ainda quando minha timidez entrou em ação querendo roubar o show, eu sabia que era meu ego se inflando. Não que eu devesse endorsar a boa alimentação dele, mas um obrigado caloroso era o bastante, fazer o modesto é o cúmulo do egocentrismo.
Mas enfim, isso leva a outro momento em que uma nova amiga, que disse ter um amigo afim de mim, me procurou perguntando o que o amigo dela deveria fazer para falar comigo. Aí eu fiz a Madonna e disse "if you wanna talk to me, that's exactly what you're gonna do, talk-to-me!" Rs não tão dramaticamente, mas basicamente eu disse que o amigo dela viesse até mim, puxasse papo e aí veríamos o que aconteceria. Ela me perguntou o que e como ele deveria falar comigo, e logo cortei dizendo "ahhh eu sei lá!" E eu realmente não sabia, eu não sei como as pessoas devem chegar em mim, elas que têm que saber disso, penso eu.
Posteriormente, eu e essa amiga finalmente conversamos sobre isso [meio que indiretamente] e ela disse que eu transpareço uma auto-confiança e suficiente tão grande e brilhante que, de uma certa forma, assusto as pessoas a ponto de elas não saberem como faLAR COMIGO OI Q/!!!!111!!!1! Comasim-vanessa que eu sou auto-suficiente! Beleza que eu sou auto-confiante no sentido de não abrir mão de como eu sou só porque não condiz com os padrões da sociedade; mas aparentemente isso é muito mais bombástico para as pessoas daqui do que eu imaginava. Rs.
Bizarro né? Mas no fim das contas é engraçado, porque eu e meus amigos já tinhamos falado sobre isso e quando alguém com quem eu não tinha uma convivência tão constante me disse isso, percebi o quão real era. Porém, comofas? Lucas certamente não vai deixar de ter suas strong balls para fazer com que as pessoas sintam-se mais à vontade perto de mim. Então, talvez, eu que deva fazer com que elas se sintam menos subjulgadas à mim? Talvez, eu que deva chegar junto de garotos e passar cantadas?
ME-DO! rs
[Musique: Fastlane - Esthero featuring Jemine and Jelleestone]