[English version bellow]
"Acorde um dia, sinta a energia e seja emocional, inspirado e orgânico." Em linguagem twitterística [em até 140 caracteres] é assim que consigo descrever o mais novo álbum de Joss Stone.
Um dia, na casa de shows de sua mãe em Devon [Inglaterra], Joss convenceu seus amigos músicos e produtores a seguir um impulso intuitivo para, além de comporem, gravarem o que se tornaria seu quarto álbum, Colour Me Free!. Há sempre um risco nesse modus operandi, se você não tem a competência para transferir a inspiração para a realidade tudo pode sair uma grande bagunça.
Em "Colour" Joss volta a trabalhar com diversos produtores, mas a diferença essencial entre ele e seus antecessores é justamente a presença mais evidente de Stone. Enquanto em The Soul Sessions [2003] e Mind Body & Soul [2004] ela se revelava na voz e, em Introducing... Joss Stone [2007], se estabilizava com sua persona e versatilidade [mais genérica], tudo isso está presente em "Colour" de forma mais madura e consciente.
[Sempre] Essencialmente Soul, mas às vezes flertando com o Blues como na deliciosa Parallel Lines, Stone impõe os vocais impressionantes ouvidos nos dois primeiros álbuns associados com a produção magistral, sentida no seu mega-hit "Introducing...". A quarta faixa, Lady, pode sintetizar essa idéia: tão instrumentalmente profunda quanto sua rendição de Victim Of A Foolish Heart [The Soul Sessions], a voz de Joss, porém, possui a força e ousadia que só vimos nos delírios de Diva de canções como Girl They Won't Believe It [Introducing...]. Em 4 and 20 a mulher mistura a suavidade musical do Jazz com as vocálizes recitadas do Soul, fazendo uma das mais românticas canções de sua carreira.
Em termos de gênero, "Colour Me Free" pode aparentemente não contribuir muito, já que Joss volta a incorporar sua persona "intérprete"; mas em termos de carreira e sua imposição como artista real e independente, este álbum fez para Joss o que nenhum de seus parentes conseguiu: unir a artista presente e criativa à maravilhosa Diva que Joss Stone nos apresentou ao longo destes 6 anos.
Este é um álbum de fãs e admiradores: há um sentimento que diz que ele não será comercialmente bombástico como Joss pode ser - baseado no que vimos até então; mas certamente ele será lembrado pelos amantes da música.
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"Wake up, feel the energy and be emotional, inspired and organic." In twitter language [140 characters or less] this is how I can describe Joss Stone's latest album.
One day at her mother's music venue in Devon [England] Joss convinced her friends to follow an intuitive impulse to, besides writing, record what would become her fourth album, Colour Me Free! [2009]. There's always a risk at this modus operandi: if you don't have the competence to transform inspiration into reality everything can turn out as a big mess.
In"Colour" Joss returns to work with multiple produces, but the main difference between it and its predecessors is precisely Stone's more evident presence. While in The Soul Sessions [2003] and Mind Body & Soul [2004] she revealed herself with the voice and in Introducing... Joss Stone [2007] she stabilized her [more generic] persona and versatility, all of this is present in "Colour", but on more mature and solid mode.
[Always] Essentially Soul, but sometimes flirting with Blues like in the delightful Parallel Lines, Stone imposes her impressive vocals heard throughout her first two albums combined with the great prodution felt on her mega-hit "Introducing...". The fourth track, Lady, can synthesize this thought: instrumentally as profound as her rendition of Victim Of A Foolish Heart [The Soul Sessions], Joss's voice has however the power and boldness we only saw on her Diva ravings in songs like Girl They Won't Believe It [Introducing...]. In 4 and 20 the woman mixes the Jazz smoothness with Soul spoken vocals, producing one of the most romantic songs from her career.
In terms of genre, "Colour Me Free" might apparently not add much considering that Joss reincorporate her singer side; but as for her career and imposition as a real independent artist, this album does what none of its relatives was able: unite the present and creative artist to the wonderful Diva Joss Stone showed us along these 6 years.
This album is for fans and admirers: there's a feeling it won't be as commercially bombastic as Joss can be - based on what we saw so far; but certainly it will be remembered by music lovers out there.
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O que já foi dito [em tradução livre]:
"Em 'Colour Me Free,' [...] a descoberta britânica está em sua melhor persona blues e soul. O histórico é que Stone andava infeliz com sua gravadora e queria quebrar seu contrato. Porém, cada ressentimento é transformado em canções universais sobre a influência e bagagem do amor." - New York Post
"Sua voz parece causar menos dano, a música (pelo menos até o final do álbum) é forte e suas escolhas em colaborações (Nas, Shiela E, Jeff Beck) são impecáveis. Resumindo, CMF [sic] é melhor do que se espera. Interessante notar, também, que o título do álbum mantém a escrita britânica nos dois lados do Atlântico." - The Independent
"Poucos músicos tiveram uma carreira mais acelerada que Stone [22], a última esperança branca do soul agora vista como vendida, por cortesia de malígnas transformações e competição pós-Winehouse. Este é um decente retorno, que contudo, evita seu aprendizado hip-hop do último álbum, [escolhendo por um direcionamento] mais direto ao soul-funk retrô. Entre referências a Stevie Wonder, Al Green e Dionne Warwick, o que mais impressiona é a voz, que adquiriu ressonância emocional suficiente para se igualar à sua força. Há momentos tediosos [...] mas o suficiente para sugerir que esta diva wannabe é real." - The Guardian/The Observer
[Musique: 4 and 20 - Joss Stone]
"Acorde um dia, sinta a energia e seja emocional, inspirado e orgânico." Em linguagem twitterística [em até 140 caracteres] é assim que consigo descrever o mais novo álbum de Joss Stone.
Um dia, na casa de shows de sua mãe em Devon [Inglaterra], Joss convenceu seus amigos músicos e produtores a seguir um impulso intuitivo para, além de comporem, gravarem o que se tornaria seu quarto álbum, Colour Me Free!. Há sempre um risco nesse modus operandi, se você não tem a competência para transferir a inspiração para a realidade tudo pode sair uma grande bagunça.
Em "Colour" Joss volta a trabalhar com diversos produtores, mas a diferença essencial entre ele e seus antecessores é justamente a presença mais evidente de Stone. Enquanto em The Soul Sessions [2003] e Mind Body & Soul [2004] ela se revelava na voz e, em Introducing... Joss Stone [2007], se estabilizava com sua persona e versatilidade [mais genérica], tudo isso está presente em "Colour" de forma mais madura e consciente.
[Sempre] Essencialmente Soul, mas às vezes flertando com o Blues como na deliciosa Parallel Lines, Stone impõe os vocais impressionantes ouvidos nos dois primeiros álbuns associados com a produção magistral, sentida no seu mega-hit "Introducing...". A quarta faixa, Lady, pode sintetizar essa idéia: tão instrumentalmente profunda quanto sua rendição de Victim Of A Foolish Heart [The Soul Sessions], a voz de Joss, porém, possui a força e ousadia que só vimos nos delírios de Diva de canções como Girl They Won't Believe It [Introducing...]. Em 4 and 20 a mulher mistura a suavidade musical do Jazz com as vocálizes recitadas do Soul, fazendo uma das mais românticas canções de sua carreira.
Em termos de gênero, "Colour Me Free" pode aparentemente não contribuir muito, já que Joss volta a incorporar sua persona "intérprete"; mas em termos de carreira e sua imposição como artista real e independente, este álbum fez para Joss o que nenhum de seus parentes conseguiu: unir a artista presente e criativa à maravilhosa Diva que Joss Stone nos apresentou ao longo destes 6 anos.
Este é um álbum de fãs e admiradores: há um sentimento que diz que ele não será comercialmente bombástico como Joss pode ser - baseado no que vimos até então; mas certamente ele será lembrado pelos amantes da música.
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"Wake up, feel the energy and be emotional, inspired and organic." In twitter language [140 characters or less] this is how I can describe Joss Stone's latest album.
One day at her mother's music venue in Devon [England] Joss convinced her friends to follow an intuitive impulse to, besides writing, record what would become her fourth album, Colour Me Free! [2009]. There's always a risk at this modus operandi: if you don't have the competence to transform inspiration into reality everything can turn out as a big mess.
In"Colour" Joss returns to work with multiple produces, but the main difference between it and its predecessors is precisely Stone's more evident presence. While in The Soul Sessions [2003] and Mind Body & Soul [2004] she revealed herself with the voice and in Introducing... Joss Stone [2007] she stabilized her [more generic] persona and versatility, all of this is present in "Colour", but on more mature and solid mode.
[Always] Essentially Soul, but sometimes flirting with Blues like in the delightful Parallel Lines, Stone imposes her impressive vocals heard throughout her first two albums combined with the great prodution felt on her mega-hit "Introducing...". The fourth track, Lady, can synthesize this thought: instrumentally as profound as her rendition of Victim Of A Foolish Heart [The Soul Sessions], Joss's voice has however the power and boldness we only saw on her Diva ravings in songs like Girl They Won't Believe It [Introducing...]. In 4 and 20 the woman mixes the Jazz smoothness with Soul spoken vocals, producing one of the most romantic songs from her career.
In terms of genre, "Colour Me Free" might apparently not add much considering that Joss reincorporate her singer side; but as for her career and imposition as a real independent artist, this album does what none of its relatives was able: unite the present and creative artist to the wonderful Diva Joss Stone showed us along these 6 years.
This album is for fans and admirers: there's a feeling it won't be as commercially bombastic as Joss can be - based on what we saw so far; but certainly it will be remembered by music lovers out there.
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O que já foi dito [em tradução livre]:
"Em 'Colour Me Free,' [...] a descoberta britânica está em sua melhor persona blues e soul. O histórico é que Stone andava infeliz com sua gravadora e queria quebrar seu contrato. Porém, cada ressentimento é transformado em canções universais sobre a influência e bagagem do amor." - New York Post
"Sua voz parece causar menos dano, a música (pelo menos até o final do álbum) é forte e suas escolhas em colaborações (Nas, Shiela E, Jeff Beck) são impecáveis. Resumindo, CMF [sic] é melhor do que se espera. Interessante notar, também, que o título do álbum mantém a escrita britânica nos dois lados do Atlântico." - The Independent
"Poucos músicos tiveram uma carreira mais acelerada que Stone [22], a última esperança branca do soul agora vista como vendida, por cortesia de malígnas transformações e competição pós-Winehouse. Este é um decente retorno, que contudo, evita seu aprendizado hip-hop do último álbum, [escolhendo por um direcionamento] mais direto ao soul-funk retrô. Entre referências a Stevie Wonder, Al Green e Dionne Warwick, o que mais impressiona é a voz, que adquiriu ressonância emocional suficiente para se igualar à sua força. Há momentos tediosos [...] mas o suficiente para sugerir que esta diva wannabe é real." - The Guardian/The Observer
[Musique: 4 and 20 - Joss Stone]