"...who'd have known, when you flash upon my phone i no longer feel alone"

- Lily Allen

BitchyList

sábado, 28 de março de 2009

Parabéns Para Mim!!

Acho que nunca tive um fim de inferno astral tão bom. Há um tranquilidade neste início de ano que não lembro em anos anteriores; nem tudo na vida está no lugar onde gostaria, mas quando está? Faz parte da minha personalidade fogarenta de Áries fazer a linha Rolling Stones, I can't get no satisfaction.
Mas nas primeiras horas do meu 22° aniversário eu já sentia uma felicidade diferente. Lá estava Lucas à meia-noite, beeeeeeeeem bêbado, numa animadíssima roda de samba com pessoas ótimas que eu adoro, e meu pensamento principal era "WOW!" A diferença que sinto é que, este ano, as lacunas da vida apenas não me chateiam como me empolgam. O bem-estar comigo mesmo tem sido tão palpável que ao revisar meu último ano [coisa que já fiz tanto no início de 2009] não sinto mais pontadas de angústia pelo que não foi alcançado. Que será, será... whatever will be, will be.
Agora sim, com força eu consigo dizer: que venha 2009!!
[Musique: Can't Speak French - Girls Aloud]

sábado, 21 de março de 2009

Catfight: Strippers vs. Supermodels

Vou ser bem honesto logo de cara e ir direto ao ponto, sem firulas pseudo-racionais: este post é bem tendencioso!

Desde que comecei a gostar de Girls Aloud eu venho pensando nesta briga imaginária entre as 5 cantoras supermodelas e Vampirella e as Strippers Pussycat Dolls. E pelo andar da minha carruagem, é fato que este juiz aqui já escolheu sua favorita.

Okay, vamos explicar a raxação.

De um lado temos Nicole Scherzinger [aka Vampirella] e sua trupe de backup dancers, em palavras mais diretas: las PCD. Do outro lado [do Atlântico] temos cinco garotas que ganharam um reality show inglês sem muita importância para nós sulamericanos, em palavras mais diretas: las manufaturas da
industry*, Girls Aloud.

=

Os prospectos reais das duas girl bands têm leves semelhanças, mas na minha cabeça elas fazem/faziam parte de um dos mundos favoritos da minha cabeça, les guilty pleasures. Daquelas que você gosta escondido no quarto ou nas cantorias de chuveiro.

Primeiro foram as PCDs.

Em finais de janeiro e boa parte de fevereiro assumi a diversão que há por trás das strippers mais famosas do mundo. Aham, as PCDs são a fraude mais descarada do indústria Pop. Cá está Lucas, que tem Spice Girls, Britney Spears e Christina Aguilera como primeiras referências de cultura pop, ou seja, sou muito bem acostumado com produtos Pop. Há este paradoxo em mim, um misto de otimismo e cinismo, que consegue enxergar qualidade nestes produtos. E de repente, eu me vi simplesmente me divertindo com insanidades das PCDs como Don't Cha, When I Grow Up e I Hate This Part. Simplesmente desliguei meu cérebro por um tempo e apenas raciocinei com a bunda.

Por que considero as PCDs uma fraude? Sério! Olhe bem para esta pseudo-banda que tem uma cantora que sonha ser Beyoncé e suas companheiras que não acrescentam em nada à composição. As Pussycat Dolls saíram de um divertido grupo kitsch-cool de "dançarinas exóticas" [eufemismo para go-go dancers], para um grupo de "dançarinas exóticas" que vão pra cama com os mega-produtores de seus álbuns.

Sorry, cascavel mode on. Mas reflita: qual é razão de existência das Pussycat Dolls? Toda girl band tem uma personalidade central, algo que une as diferentes personalidades de suas integrantes. Tipo, as Spice eram diferentes entre si, mas todas elas eram Spice-alguma-coisa; as PCDs são... são... no fim das contas, pouco importa porque os héteros não dão a mínima para o que elas falam, apenas prestam atenção nos movimentos de seus corpos, enquanto as héteros assistem seus clipes para aprenderem técnicas de strip-tease para os namorados. Como não sou mulier, muito menos hétero, cabe a mim mongolisses como tentar defini-las: Strippers!

Depois [agora em março] as britânicas do Girls Aloud [GA]...

...entraram em minha vida desocupada. Fruto de um reality show, o grupo foi formado em 2002 pra ganhar a inútil competição anual do #1 Xtmas Single do Reino Unido. Sound Of The Underground, seu primeiro single, foi de fato o número 1 em 2002, mas posteriormente, com o lançamento do álbum e de outros singles, vieram as surpresas.

Todos os trabalhos subseqüentes das GA revelaram-se produções primorosas e geniais da Xenomania. Este grupo de produtores britânicos têm sido responsáveis por boa parte dos melhores atos do ElectroPop e BritPop da atualidade - e acredito que eles viram nas Girls Aloud a oportunidade de desenvolverem a marca.

Daí uma diferença crucial entre Girls Aloud e Pussycat Dolls. Enquanto as primeiras são despidas de roupas e personalidades, as européias são todas tão lindas que mais se parecem supermodelos do que cantoras, tanto que há uma certa dificuldade em saber quem é quem. Mas, todas elas cantam de verdade e muito, mantendo arranjos vocais que transcendem a fórmula dos grupos pop, tanto quanto Xenomania desafia as barreiras da canção Pop.

Um álbum das GA que se aproxima da linha tarada das PCD é Tangled Up, de 2007. Ele é bem sexualizado como tudo das Dolls, porém as canções destas não são nada inovadoras, parecendo restos de outros trabalhos de seus produtores - os álbuns, então, têm singles óbvios e um resto de canções tapa-buraco. Já os álbuns das GA têm elevado o padrão das girls bands por serem obras completas, com todas as 13 ou 15 dignas de atenção e desenvolvimento. Em Tangled Up, todas as músicas são dignas de singles, videoclipes e desenvolvimentos.

Finish them!

Num paraíso de cigarettes and dance floors esta briga nem existiria, pois o importante era se jogar na eterna pista; porém, neste mundo de busca pela inovação pop, Girls Aloud arrazam em todos os quesitos, da qualidade musical à sensualidade inerente a qualquer Pop Diva. Pussycat Dolls são ótimas dançarinas de despedidas de solteiro, mas a vulgaridade delas só é legal até as 7 da manhã, quando a boate fecha. Já as supermodels são carismáticas e divertidas, como qualquer ato Pop de verdade deve ser, mas são ultra elegantes e finas. Por isso elas são consideradas pela crítica [européia, claro] como o girl act mais bem sucedido da história recente do Pop.

[Musique: Girl Overboard - Girls Aloud]

terça-feira, 17 de março de 2009

O Complexo de Cristina

Ultimamente têm me acontecido milhares de coisas na vida, o cérebro funcionando a 220v, milhares de idéias ao mesmo tempo...........

Há uma lista de "rascunhos" no meu mural do Blogger, cheia de posts iniciados e inacabados. Alguns posts sobre música que não movem um passo além da minha cabeça, especialmente quando sento na frente do laptop.

Meu horóscopo acabou de dizer que este período vai até o dia 4 de abril. Não que no dia-a-dia eu fique pensando nesses supostos prazos astrológicos, mas o conselho que ele me dá ao mesmo tempo que é interessante, me traz uma certa agonia: desenvolver neste tempo atividades intelectuais, como ler [terminei a biografia de Madonna e também tive uma idéia de post, mas não consegui nem abrir uma página nova para criar], estudar e me engajar em atividades diferentes...

Mas há tanto o que expressar, que simplesmente não consigo. Daí o Complexo de Cristina, daí não conseguir escrever nada, daí mal conseguir assistir às aulas na faculdade, daí... daí o tedium constante.

[Musique: Love Don't Live Here - Ladyhawke]

sábado, 7 de março de 2009

Desejum Com... Hiatos e Listas

Faz tempo que não tenho minha primeira refeição por aqui. Inferno astral tende a ser bastante brainstorming, mas este ano Lucas passa por um certo hiato... ou melhor bloqueio. Daqueles de ficar várias horas escrevendo, lendo o que escreveu e detestando. Isso aqui mesmo corre sério risco de nem ser publicado - mas o fato de eu ter escrito esta última frase ao invés de simplesmente apagar tudo... argh! Viu, eu falo falo falo e não digo pohaniuma!
Mas enfim, não vamos cair em auto-comiseração né! Aproveitemos o momento para listar [aleatoreamente] algumas coisas que têm ocupado minha mente.
1. Kate The Great

Agora ela está por cima da carne seca com seu Oscar e sorrisos de matar. Winslet sempre foi pra mim uma giga atriz, porém depois de
April Wheeler e Hanna Schmitz ela está no meu hall de deuses: artistas quem sempre assistirei, não importando a qualidade do filme.
2. Procura-se Musas Desesperadamente

O que se faz em meio à mediocridade inspirativa? Tem gente que se dopa, nem isso tem funcionado ultimamente rs. Mas sempre que estou no auge do tédio caio em alguma leitura. Essa semana comprei dois livros bem diferentes. O primeiro foi Madonna - 50 Anos, mais nova biografia não-autorizada sobre Madonna a chegar nas estantes brazucas. O que tem sido interessante deste livro da Lucy O'Brien é que [até onde li] a biografia não procura desvendar os segredos da pessoa Madonna, mas sim listar e analisar o que tem feito de Cicconne um ícone mundial por quase 30 anos.

Dois dias depois também comprei O Leitor, a fim de explorar e tentar entender porque Hanna Schmitz É uma personagem bombástica.
3. Guilty Pleasures Sem Culpa

Popjustice tanto fez que conseguiu me transformar em um fã de Girls Aloud. Sempre que ouvia falar nelas eu pensava em alguma maneira de dizer aos britânicos que a era das boy/girl bands já se foi! Porém, agora vejo que há bastante além do fato de Girls Aloud ser a banda de supermodelos mais bem sucedida do Reino Unido: suas músicas são de fato muito boas! Na eterna parceria com a Xenomania elas se superam a cada álbum com presenças de verdade, ao invés da aparência de capas da Cosmo Girl. Os álbuns Tangled Up! e Out Of Control são exemplos de como fazer electropop com maestria, êxtase e delicadeza.
4. Facult
Não lembro direito, mas acho que ano passado postei sobre começar este ano com problemas passados. Well, factum: as aulas começaram na segunda-feira e passei a semana num corre tremendo para resolver minha situação acadêmica. Talvez esta tenha sido a mais desinspirada das minhas distrações. Mas hasta pronto, agoro é sentar e experar.

5. All That Jazz!!

Simplesmente um dia entediei de tudo que estava escutando [PCD, Britney, Madonna, Lily Allen etecetera] e comecei a baixar Jazz. Chet Baker, John Coltrane e Nina Simone tem sido a trilogia do momento. E yo, como todo bom amante das Divas, nem preciso falar qual tem me excitado mais.

6. Cinema Em Casa
Cinematicidade voltou com tudo na minha cabeça. Ainda não consigo escrever sobre ela, mas sinto necessidade dela - o que é bom. Assistam Amacord de Felini, O Grande Lebowski dos Irmãos Cohen, tudo e absolutamente tudo de Almodóvar que passar por sua frente, O Iluminado de Kubrick ou qualquer coisa que tenha a cara psicótica e maravilhosa de Jack Nicholson.

Uhh... acho que só viu! Se pah edito acrescentando coisas.

[Musique: Love Is Pain - Girls Aloud]

domingo, 1 de março de 2009

"Darkness Comes To Kick Your Ass"

Ontem falava a Tam sobre como o inglês, apesar de ser uma língua pobre [se comparada ao português ou qualquer outra língua latina], é ultra eficiente em alguns termos. Um deles é o bitch. Se não me engano, no meu primeiro post neste blog eu falo sobre isso.
"Bitch", literalmente, é "cadela". Hoje em dia inadvertidamente achamos que ela é um nome em inglês para puta. Mas no próprio inglês é fácil perceber como este significado tem dado lugar para algo mais abrangente. Enquanto whores, hookers e hos têm assumido o lugar das bitches, este último tem sido mais usado para adjetivar qualquer pessoa [homens também] que se queira ofender em geral, não necessariamente quanto à vida sexual dela.
Na Cultura Pop o negócio tem sido mais interessante, pois um ser bitch pode ser, por exemplo, o mesmo que uma conotação negativa de Diva. Se uma pessoa não leva desaforo para casa e sabe desde expressar claramente suas opiniões a impô-las, nosso ego instantaneamente a chama de bitch. Samantha Jones e Miranda Priestly são dois exemplos diferentes de bitches - e elas com certeza são modelos de vida e conduta [rsrs]. Enquanto pessoas bitches são admiráveis por sua força de personalidade, nem todos os atos delas são memoráveis. Uma delas é um certo deprezo por quem não condiz com seus padrões.
Lucas é uma bitch. Muitos dos amigos de Lucas são pessoas bitches. Porém, ao contrário da maioria Lucas e cia têm noção de que não é um comportamento sempre digno. A gente se diverte litrus mostrando ao mundo que não nos ressentimos por sermos diferentes dos padrões que a sociedade impõe. Mas como tudo na vida levado com certa intolerância, deixa-se de conhecer e viver muita coisa devido ao bitchismo.
Ontem, antes da conversa com Tam, um paquera meu disse que eu e Ana Clara sempre passávamos por ele e fazíamos alguma cara, típica de gente bitch. See, this is not okay! Quando se tem o ressentimento das pessoas por ser honesto quanto à sua verdade, beleza, mas quando o tem devido a um comportamento intolerante... nooooooot cool!
[Musique: Love Is The Key - Girls Aloud]