"...who'd have known, when you flash upon my phone i no longer feel alone"

- Lily Allen

BitchyList

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Oi!

Quando uma coisa que você gosta começa a ser cultuada pela maioria da população, cuidado, você pode estar prestes a perdê-la. Como já disse Nelson Rodrigues: "toda unanimidade é burra"; e, de repente, você se depara com pessoas inusitadas curtindo a sua onda. Otemo! Diversidade e direito de mudar e fazer o que se quer par vida! Porém, por mais judgemental que isso soe, eu sou fã da profundidade. Eu, honestamente, não levo a sério pessoas que vão atrás do que está in vogue, apenas por causa do apelo que ela tem.
Depois que a "mídia" brasileira pegou as raves e as festas eletrônicas como bola-da-vez [esqueceram até do Lula por uns dias], as próprias passaram a bombar ainda mais. Aqui em Conquista, eu soube, que a últiva PVT lotou de newbies, que estavam a ir para uma festinha eletrônica pela primeira vez. Yaaay, as pessoas estão melhorando os gostos!! Q?
Ontem, tive a constatação de que o boom conquistense das festinhas eletrônicas pode descaracterizar uma premissa das raves, que as matérias sensacionalistas com certeza não estão nem um pouco interessadas em mostrar: a paz. Apesar de os clubbers e fãs de eletrônica terem fama de usuários descontrolados de sintéticas [o que não é de todo falso], em raves nãoi se vê gente trêbada, brigando por causa de nada, como nas festas comuns de gente bêbada; em geral há sempre uma harmonia des pessoas sintonizadas no objetivo da diversão e a dança.
Daí, na noite passada, quando, no Castelo do Vinho [um bar de playboy daqui], estávamos todos tentando sentir tal harmonia através da dança e da música, eu esbarrei num cara musculoso, que, se não estivesse acompanhado por uma morena e não tivesse a óbvia cara de hétero-nojento-e-burro, eu diria ser uma inveterada barbie; antes disso ele já havia passado por mim e me empurrado para passar, ao invés de pedir licença. Ele olhou na minha cara após eu me desculpar e disse "cara, se eu não estivesse bêbado, te mataria agora!"
Alô fevereiro! Numa típica festa eletrônica [e não numa festa de playboy em que se toca electro] isso raramente aconteceria, até mesmo porque não há muito contato físico, especialmente violento, entre os fritos em geral. No fim das contas, a superexposição de certas coisas contribuem muito pouco para sua evolução; os DJs e organizadores podem até ficar mais ricos, mas is money everything? A próxima grande rave da cidade será em janeiro e daqui até lá muita coisa pode acontecer; o carnaval estará próximo e a maior parte das pessoas se voltaram novamente pra ele, e as raves podem ter seus reais fãs de volta. Enquanto isso, Lucas, evite as festas em redutos de playboys.
[Musique: 2 Hearts - Kylie Minogue]