Desde que Sarah Palin foi indicada como vice da chapa republicana à presidência dos Estados Unidos, ela passou a ser uma das pessoas mais comentadas na mídia: seja louvando suas posições políticas e pessoais, ou tirando sarro à lá Saturday Night Live das supracitadas posições.
Madonna já declarou algumas vezes que não assiste TV ou lê jornais, tirando suas informações de mundo das pessoas próximas, amigos, assistentes, assessores. (Alienada? Ou uma pessoa que sofre na pele, há cerca de 30 anos, a velada falha de verdade na mídia?) Contudo, ao chegar nos EUA com sua turnê Sticky And Sweet, ela já começa a causar; se na Confessions Tour (2006) ela mandava os críticos de sua atitude chupar George Bush, este ano ela destila seu sarcasmo com sua língua atualizadíssima adicionando-se à lista de chicoteadores de Palin.
Em sua primeira noite americana em East Rutherford ela disse "Sarah Palin can't come to this party" (só para constar: assim como party é "festa" em inglês, ela também traduz "partido"). Então anteontem [07.10], em sua segunda noite em Nova York, ela canta I Love New York, desta forma: "Sarah Palin get the fuck off my street." Daí pergunta-se qual é a de Madonna pegando no pé da Palin com tanta freqüência. Apenas para parecer in? rs
Porém minha mente psicodélica, que não resiste a fazer alguma teoria conspiratória, pensa: e se Madonna estivesse se mostrando como antípoda de Palin para marcar seu território?
Algumas coberturas midáticas pró Palin a exaltam por sua fibra pessoal: mãe de família, casada, crente e temente a D-us, detesta gays, faz sexo para procriar (ela tem 5 filhos, bicho!) etc; essas "qualidades" também têm sido chochadas por seus detratores. Mas eis que em solo americano surge Madonna (e ela nem tocava nesse assunto na Europa) como a pirracenta que fica cutucando a moça certinha.
Além de mandar sua concorrente à atenção da mídia diretamente para aquele lugar, ela se comporta como a rebelde punk que era nos seus 20-e-tantos anos. Agora Madonna tem 50, mas mostra mais vitalidade que em sua juventude, se recusando a entrar no padrão americano das cinquentenárias, sendo eloquente e rude quando bem entende. No primeiro show nova-iorquino, numa pausa para a água, alguns fãs gritaram seu nome e quando ela virou-se para dar atenção, as bonitas dispararam cinco milhões de flashes em sua cara; numa resposta amarga ela mostrou o dedo do meio para eles.
Enfim, a eterna enfant terrible de Michigan bate o pé exigindo para si a atenção de todos, não hesitando em causar bafôn com sua hilária tirania-faux de Diva, sendo desbocada e boca suja, contra a imagem pastel e conservadora da primeira mulher a ter chances ainda mais concretas de chegar na presidência americana: uma republicana.
Um comentário:
eh de pensar.....
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