A primeira, apesar de parecer tema de um episódio qualquer de Felicity, moveu meus melhores e solitários momentos romantico-novelescos. A segunda foi uma das favoritas dos momentos psicodélicos e pores-do-sol durante o ano.
Esthero foi uma das descobertas mais gostosas do ano. Essa música, que mistura Hip Hop e Jazz, tinha a charmosa canadense cantando com tantas vozes diferentes que parecia uma girl band qualquer, só que harmonizada de verdade.
Tive um momento Electroklash este ano e Le Tigre é minha banda favorita. Essa canção é uma piada deliciosamente poser ao culto da fama.
A molier mais sensual da cena [Dance] Electronica. LMK é uma das canções mais românticas e sexy da música Pop e tem um dos clipes mais gostosos que vi este ano.
Sim, eu gosto mais de Duffy do que de Winehouse e esta me vem no auge do drama-queenismo.
Contendo o rap mais cool da história do Pop, Rapture é a canção de abertura dos shows da minha banda imaginária.
Durante meses meu lema foi "if you want, my friend, we can drink in the afternoon". Resultado: depois de meses alcoólicos, um dia resolvi comer um sanduíche natural e passei a noite vomitando. Moral da história: continue junkie. Viva CSS!!
Seja "missing in action" ou "missing in Acton", estes dois termos não são suficientes para resumir a genialidade da dona deste codenome: Mathangi "Maya" Arulpragasam. "Boyz", de seu segundo álbum Kala, é o ideal estético da mistura entre Dance, World Music [apesar de este ser um termo pobre para falar de M.I.A.] e letras políticas.
Minogue faz parte do grupo de artistas que nunca me decepcionam. Esta faixa sexy e sugestiva, do X, foi a que mais reverberou este ano.
Mima me faz pensar em artsy deevas como Edie Sedgewick ou Twiggy. Ela tem a sensualidade e beleza frias que Ladyhawke esqueceu na Nova Zelândia.
Factum #1: eu não gosto de Mariah Carey.
Factum #2: eu nunca sou rígido quando o que ela faz, no mínimo, me diverte.
Este ano Carey lançou a sequência do seu ultra-hype álbum de 2005, The Emancipation Of Mimi, o E=MC². O álbum recebeu críticas mistas e não agradou muito aos fãs; quanto a mim, amey!, talvez porque em sua tentativa de mostrar que tem o cérebro na cabeça e não nos peitos, brincando com a equivalência de massa-energia de Einstein, Mariah não parece muito com a Mariah gritadeira e entediante de sempre.
"Migrate" tem uma das aberturas mais deliciosas da música Pop de 2008, além de Carey fazer o que ela faz melhor que ninguém: letras auto-celebrativas que, na verdade, são divertidas.
Minha descoberta masculina favorita: Sparro é talentoso, lindo, australiano e gay! rsrs Não que o último adjetivo seja premissa para eu gostar de um artista, mas é que fantasiar sexo com ele é muito mais real do que com Julian Casablancas, por exemplo. "Black And Gold", melhor faixa de seu álbum de estréia, tem uma letra ultra-romântica que sempre me mata e foi um dos mais gostosos singles de ElectroPop do ano, além de ter embalado as viagens a Roma.
Tida como a maior revelação do ano em Hip Hop, Estelle foi a primeira artista do gênero que eu realmente gostei. Depois dela, me abri para o maravilhoso mundo do Hip Hop.
Lá estava eu no banco de trás do carro do ex-marido da minha prima, na minha última noite na Itália, ao lado do meu primo italiano [e lindo, importante frisar] ouvindo uma "mix-tape" que ele havia criado e não pude evitar em me sentir feliz quando essa música tocou e ambos a cantamos de cabo a rabo.
Descobrir Yelle foi uma das coisas mais divertidas do ano. Como toda francesa, Yelle é chic e glamurosa, mas foi a aurea despojada e blasé dela que me conquistou. IndiePop na forma de se vestir e sacana na maneira de fazer música, as canções de Yelle são excitantes por suas letras explícitas, mas acima de tudo, pela maravilhosa produção perfeita para qualquer dancefloor.
Momento mais Indie do ano, MGMT foi recebido por mim com certa resistência. O hype ao redor deles me irritava no começo, porque o psicodélico álbum, Oracular Espectacular, parecia uma modernização-faux do rock progressivo de 1970. A mania do mundo indie em copiar por copiar o passado [descaradamente chamada de retrô] sempre me irritou, mas no fim eu saí perdendo, porque a música da dupla é gostosa e bonita.
"Electric Feel" fala dos choques que sentimos quando vemos a criatura por quem temos aquela queda... e D-us sabe como eu sou viciado nesses choques.
A adição mais recente deste ano é Lady GaGa, meu novo objeto de adoração Pop. "Paparazzi", segundo Germanotta, é de fato uma canção stalker, mas muito mais sobre nossa obsessão diária pela vida dos famosos, perpetuada pelos amados/odiados paparazzi. Para mim, é romântica, dramática e ótima de cantar junto, como toda canção pop deve ser.
Jules De Martino e Katie White, The Ting Tings, são a personificação atual do cool. Melhor lançamento ElectroPop do ano eles são posers, porém talentosos - por isso renderam bantante conversa aqui ao longo do ano.
"That's Not My Name" além de ser uma genial canção de Electro que sempre bota geral pra dançar rockermente, tem uma divertida letra sobre o desprezo da indústria da música por artistas que não seguem modelos e padrões. A letra também sintetiza a biografia da dupla, que foram sacaneados por gravadoras e tal até alcançarem o estrelato chegando ao topo das paradas britânicas, com essa faixa.
Sim, ela tem sido uma das criaturas mais chochadas dos últimos anos, porém este ano Britney Spears voltou MESMO!!! Apesar de ainda não ser tão completa quanto gostaria que ela fosse, eu não consigo negar que ela evoluiu e muito como artista. Circus É um dos melhores álbuns do ano e a prova que Spears é capaz de fazer coisas realmente boas. Eu já percebera isso ano passado com o Blackout, mas só com a review que escrevi pro álbum deste ano que consegui expressar meus argumentos sobre a evolução de Britney Spears: é como se ela tivesse finalmente vivido e agora há histórias para contar.
Apesar de hoje Womanizer não ser das minhas favoritas do "Circus", ela foi importante no ano como o marco do grande retorno de Spears às graças do mainstream.
a. Womanizer
b. Kill The Lights
c. If U Seek Amy
d. Phonography
e. Shattered Glass
Passei praticamente o ano inteiro acompanhando Annie. Quando soube que ela estava produzindo seu segundo álbum e que ele seria lançado este ano, revisitei sua discografia, procurei conhecer suas referências e ansiei por cada faixa nova que aos poucos ia vazando. 2008 foi o ano em que ser fã de Annie se tornou importante para mim, porque me toquei da maturidade subestimada que ela possui como artista. Infelizmente Don't Stop [apesar de vazado em sua completude] não será lançado este ano e corre um risco de não ver a luz do dia: a Island Records fez com Annie o que a Mercury Records fez com White e De Martino. E agora sem gravadora, ela continua a compor e produzir mais faixas para seu novo álbum, que eu espero que realmente seja lançado.
"My Love Is Better" [produzida por Xenomania] é uma faixa essencialmente Pop, com refrão grudendo, sintetizadores fritantes e pose de Diva.
a. My Love Is Better
b. I Know Ur Girlfriend Hates Me
c. I Can't Let Go
d. What Do You Want [Breakfast Song]
e. Marie Cherie
Inicialmente eu já fui logo dizendo que Hard Candy era uma porcaria. Semana passada li um artigo do Washington Post que explicava essa relação fã de Madonna X trabalho novo de Madonna: quando Madonna lança novo álbum [e consequentemente toda uma nova proposta artística e imagética] a maioria dos fãs gastam horas explicando porque odiaram o novo álbum, para depois de algumas semanas voltarem a encher os ouvidos dos amigos explicando porque mudaram de idéia.
Comigo e "Hard Candy" foi a mesmíssima coisa. Eu não conseguia compreender como era possível um álbum de Madonna no qual Madonna não fosse a estrela única e exclusiva. Ao trabalhar com produtores mega-hypados e não com seres do submundo da indústria, ela saiu de sua zona de conforto e fez um álbum no qual ela dividia o holofote. O que me conforta como ser humano e crítico é que não só os fãs, mas também boa parte dos críticos não captaram de início que este fora um movimento tão premeditado quanto todos os outros de seus 25 anos de carreira.
Madonna em 2008 completou 50 anos e mais uma vez o mundo exigia dela um comportamento e, mais uma vez, ela se recusou a segui-lo. Meses depois de lançado o álbum, ela entrou em turnê mundial com a Sticky & Sweet Tour. Foi quando escutei as reinvenções musicais da turnê e li sobre o conceito do espetáculo que eu finalmente entendi que Madonna realmente não era mais a mesma, graças a D-us!
O show foi concebido como uma colcha de retalhos musical, como um álbum/show de Hip Hop, abusando do uso de samples e referências visuais diversas. A auto-celebração era mais que compreensível, afinal, como diz Purki "Madonna é uma pessoa que imortaliza imagens"; e ela agora entrava num momento da vida [a terceira idade] em que não só sua imagem mas como o seu todo é rejeitado pela sociedade. Ainda assim Madonna não provou apenas que tem muito a dizer e a fazer, como ainda é capaz de nos atrair com aquilo que justamente se diz ser recusável numa mulher de 50: a imagem.
"Heartbeat" é pra mim a melhor faixa do HC. Pharrell mostrou a faixa já pronta a Madonna, com os vocais de uma das strippers do Pussycat Dolls; Madonna adorou, porém reformulou a canção, que falava de amor e sexo no habitual estilo Pop/R&B, transformando-a numa ode à dança e à música. No começo, Madonna queria ser dançarina e com essa faixa ela parece explicar porquê. "Heartbeat" é a melhor descrição do quanto a música e a dança são capazes de tornar qualquer mortal em deuses, como a própria Madonna.
Comecei este artigo falando sobre Off The Wall do Jacko, que tem a mesma premissa de "Heartbeat". O que faz de Heartbeat uma sequência melhor da linda música do Rei do Pop é o fato de ela ser simples e direta; de certa forma, serve como um hino à vida noturna e aos amantes do dancefloor.
Madonna's top 5:
Este ano eu também realizei meu sonho de ver Madonna ao vivo. Ela encerrou a S&S com cinco apresentações no Brasil e eu assisti aos dois shows do Rio de Janeiro. Foram as experiências mais incríveis da minha vida até agora; muito mais importantes do que fazer sexo, ou passar no vestibular. Isso porque eu vi na minha frente e senti com todo o meu corpo o motivo de eu ter Madonna como minha referência-mor. Portanto, todo o setlist da Sticky & Sweet estaria facilmente nesta lista.
Menções Honrosas:
- "Echo" de Cyndi Lauper: é meu vício da semana e a canção com potencial de me tornar um admirador real de Lauper.
- "Off The Wall" de Michael Jackson: neste ano eu me tornei um amante da música de Jacko. Sempre o reconheci como Rei do Pop, compreendendo bem seu fenômeno e reconhecendo sua grande importância para a Cultura Pop. Mas só este ano que parei, sentei, ouvi sua música e levantei para dançar com ela. "Off The Wall", o álbum, é meu favorito dele como artista solo - acho inclusive melhor que sua marca maior Thriller; e a canção me remete a um déjà vu que adoro ter quando escuto qualquer música: aquele que você apenas sente e por mais que tente não consegue pensar de onde veio.
- "Déjà Vu" de Beyoncé: DEE-VA!! Beyoncé é a verdadeira Diva do século XXI; uma pessoa que nasce com um ventilador embutido nos cabelos não pode ser outra coisa! "Déjà Vu" é a música de Bey que mais gosto de tocar - estridente, paranóica e terrívelmente romantica. Porém o que mais me atrai em Beyoncé é o apelo que ela tem: por mais que pareça errado o que ela esteja fazendo, de repente você se encontra amando; e não é só coisa frívola, mas as referências e qualidade estética de seus trabalhos têm se tornado cada vez mais interessante. Que venha Sasha Fierce!!
Um comentário:
Wikked Lil' Grrrls de Esthero, vc me mostrou essa música :)
ahuiehauehaue
depois eu baixei um monte de musicas de Esthero.
tá, não li tudo, é muita música e letrinhas pra minha cabeça esse post :~
:*
Postar um comentário