"...who'd have known, when you flash upon my phone i no longer feel alone"

- Lily Allen

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Diariamente

Ontem comecei a ler Henry & June, da minha amada Anaïs Nin.

Pra quem não sabe Nin foi uma das maiores escritoras da literatura erótica do século XX. Mas foram seus diários que a tornaram uma escritora de renome, descrevendo a vida e o estilo de vida de um grupo de artistas como D. H. Lawrence e Henry Miller, de quem ela foi grande amiga e amante. Com Miller e sua esposa June Mansfield ela teve um triângulo amoroso intenso e disso se trata o livro que estou lendo, que na verdade transcreve os diários de Nin de outubro de 1931 a 1932.

O que mais me excita em Nin é que ela é um dos paradigma modernos do intellectual intercourse. Quando descrevia o sexo em seus contos e romances, ela, entusiasta de Freud, sempre o descrevia com profundidade psicológica, até mesmo porque havia muito dela em suas personagens. Há alguns anos eu li seu romance Uma Espiã na Casa do Amor e era como se lesse trnascrições de uma sessão de análise.

Ontem, li uma passagem que pareceu fechar uma lacuna quanto ao entendimento do que ocorre na minha vida. It goes:

"A vida de instintos liberados é composta de camadas. A primeira leva à segunda, a segunda à terceira e assim por adiante. No final leva a prazeres anormais. [...] Experiências físicas, sem as alegrias do amor, dependem de distorções e perversões para o prazer. Prazeres anormais matam o gosto pelos normais."



[Musique: Devil Wouldn't Recognize You - Madonna]

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