O melhor de levar uma vida eclética é poder deliciar-se despreocupadamente com coisas antes rejeitadas.
Diz-se que tudo nos atinge no momento certo; eu sou adepto desta teoria e acho que por isso só agora consigo gostar de Amy Winehouse a ponto de entendê-la. Lucas se apaixonou e Lucas iniciou um relacionamento; a vida é linda e maravilhosa por mais de 80% do tempo.
E tudo agora em Back To Black, o famigerado álbum de 2006, é mais claro e nítido para mim. Desde as letras dramáticas aos vocais rasgados e sentimentais. O mais interessante é que Amy escreveu esse álbum apaixonada e não exatamente com o coração partido; porém ele sempre é presente, porque só quando o amor correspondido é um fato que a iminência do heartbreak aparece em cada esquina... afinal, quanto melhor posicionada a luz, maior a sombra.
Cada discussão, cada fadiga é um motivo para o coração parar por um segundo. A maioria das músicas de Winehouse neste álbum soa como cada momento de eternidade presente neste segundo sem pulsação.
Em outras palavras: todo apaixonado é no fundo um pessimista... todo mundo no fundo goes back to black.
[Musique: Love Is A Losing Game - Amy Winehouse]
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