
A coisa mais interessante de INMIY é que Allen ainda é Allen: provocativa, sarcástica e engraçada. Porém, tudo nela neste novo trabalho está diferente. Primeiramente, repare nas roupas! Graças a D-us os vestidos langains deram lugar aos looks sóbrios, e a postura bêbada e bocuda tem sido substituída por alguém que fala, não grita.
Langain, mas com classe!

Musicalmente ela também soa melhor. "Alright, Still" tinha óóóóóótimas canções Pop que flertavam tanto com Hip Hop, quanto com estilos não muito habituais como o Ska. Neste, contudo, ela vem de ElectroPop. Manjado? Não quando se tem personalidade forte como Allen. Há uma acusticidade na maioria das faixas, mas elas mantém uma característica caseira que, no caso de Allen, é quase uma marca; faixas como Not Fair e He Wasn't There possuem aquele toque retrô [a primeira é deliciosa meio Country-filme-de-bang-bang], mas não soam pretenciosas como a maioria dos samples-suckers da música Indie Pop atual.
Por isso esta nova maturidade tem me cativado - é como se Allen estivesse na melhor fase da juventude: a que a gente se diverte loucamente, mas sabe que tem mais na vida que sexo drogas e rock'n'roll; ela não parece forçar a vida adulta, como muitas cantoras pop fizeram em seus segundos álbuns [oi Nelly Furtado! Vanessa Carlton!], Lily apenas deixa que a maturidade venha naturalmente. Afinal, 23 anos não são 30!
[Musique: Everyone's At It - Lily Allen]
Nenhum comentário:
Postar um comentário