Primeiro vem o drama-queenismo, no qual eu reclamo da situação e a ansiedade proveniente da vontade genuína de resolvê-la, sabendo que a solução se encontra em algum lugar do meu cérebro, mas alegando não fazer idéia de como encontrá-la.
Depois entra o estágio de resignação: "well, já sei o que tenho que fazer, mas os passos virão naturalmente... relax no rush no pressure." Isso é seguido, mentira... concomitantemente há a obsessão velada em procurar nos confins do cérebro o roteiro de como as coisas devem ser feitas: as falas, as locações, os horários, os ângulos, o subtexto, as entonações... ou seja, CONTROL-FREAK!
Como o verbo "abstrair" é o verbo mais importante da língua portuguesa, nessa fase obsessiva eu me divirto mais. Encenações mentais de como se dará o processo, milhares de desfechos alternativos, busca das sintonias [horóscopos, textos cabalísticos, conselhos, sonhos, canções etc], "pseudo-abstração total" perante as pessoas [lucas diz: "ahh whatever, na hora vou saber"], tudo isso e mais um pouco faz parte da obsessão velada.
Mas um dia de repente, sem mais nem menos, eu acordo e tenho todo o processo iniciado e amarrado na cabeça. Desta vez foi um sonho quem me disse, juntamente com Whole Lotta History de Girls Aloud e o season finale de Gossip Girl. Mas ainda assim o ego quer local, momento e luz perfeitos, afinal, arianos ascendentes em Virgem fazem o drama mas têm de sair lindos e impecáveis na película.
[Musique: Dancing With Myself - Billy Idol (porque é mais animada e o ditado dos Narcóticos Anônimos é a melhor peça de filosofia que vi essa semana:
fake it till you mean it.)]
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