Vamos direto aos 3 pontos.
03. "Sweet Dream" de Beyoncé
Esse ano, uma das coisas que eu maisgritei disse foi: BEYONCÉ É D-US! Diva ela sempre foi, mas nos primeiros anos de sua carreira solo, sua performance imagética ainda esteve muito relacionada às Destiny's Child.
Analisando a imagem total de sua persona Sasha Fierce, cheguei a tal conclusão: lá estava esta mulher com mais duas backup-dancers, como se Destiny's Child ressurgisse das cinzas, mas [graças a Jah!] não, era só Beyoncé se auto-proclamando a Diva! A fotografia em preto e branco dos três primeiros clipes de Sasha Fierce [Singles Ladies, Diva e Ego] combinava perfeitamente com a imagem divina e espetacular que a personagem possuía.
Ao lançar os dois singles seguintes do álbum [Sweet Dream e Video Phone], Beyoncé voltou às cores, mas usadas com inteligência plástica. Sweet Dream é minha faixa favorita do álbum por sua letra romântica e dramática, mas especialmente por seu vídeo que primeiro fugiu da regra implícita de seus antecessores, trazendo cores ao mundo de Sasha Fierce, porém sóbrias e meio esfumaçadas, como num sonho.
A cena final, em que Fierce se mostra vestida numa armadura, tal como Metrópolis, pronta para o confronto, ficou marcada em minha mente por dias. Portanto, este ano, Beyoncé se firmou como uma deusa do meu Olimpo pela criatividade imagética que ela construiu ao longo do ano. Que venha 2010 e seus shows no Brasil!
Beyoncé's top 5:
a. Sweet Dream
b. Diva - "take it to another level, no passengers on my plane"
c. Single Ladies - a coreografia mais bombada da década!
d. If I Were A Boy - quem resiste cantar/gritar junto?
e. Halo - vide d.
02. "Sexy! No No No..." de Girls Aloud
Girls Aloud foi meu grande achado do ano. Em instantes me viciei em toda sua discografia e as defendia como ótimas representantes do Pop britânico. A girl-band mais bem sucedida da história foi subestimada por mim durante muito tempo, até que de repente Out Of Control [Fascination, 2008], possuiu meu iPod e minha cabeça. Eu já nem me esforçava, logo me rendi às maravilhosas faixas compostas e produzidas por Xenomania para o grupo. Ao longo de sua carreira, era como se Girls Aloud tivesse se tornado o canal pelo qual o hype grupo britânico de produtores mostrasse sua versátil genialidade.
Mas como parte da minha defesa, as canções de Xenomania não poderiam existir sozinhas e foi justamente a personalidade do grupo que me tornou fã. Ao olhá-las, muitos não conseguem [e nem se importam] em dizer quem é quem, mas talvez seja aí que resida a beleza e longevidade de Girls Aloud. Não parece existir uma luta de egos entre elas, como obviamente existia entre as Spice Girls ou Destiny's Child, e isso para mim foi um fator de apreciação interessante.
Sexy! No No No... foi o primeiro single do álbum Tangled Up [Fascination, 2007] e a música do grupo que mais me excitou ao longo do ano, apesar de facilmente poder dar lugar a outras jóias como Biology, Call The Shots, Sound Of The Underground e Can't Speak French. A sexualidade despojada, os refrões viciantes e, acima de tudo, as guitarras glamurosas que evocam uma aurea rocker sem deixar de ser BritPop em momento algum.
Girls Aloud's top 5*:
a. Sexy! No No No...
b. The Promise - estilizada à lá big bands dos anos 1960's é simplesmente apaixonante.
c. Rolling Back The Rivers In Time - "can't wait got to his face somewhere"
d. Biology - jóia rara do Pop, construinda em crescendo para um refrão que só explode mais de 1 minuto depois do início.
e. Can't Speak French - "I can't speak French, so I'll let the funky music do the talking now"
*É péssimo ter que escolher apenas cinco faixas. Quem conhece a discografia do grupo entende porque.
01. "Bad Romance" de Lady GaGa
Ano passado Lady GaGa despontava nesta lista na 5a posição, em um ano a mulher não só chegou ao topo de minha apreciação, como ao topo do mundo, sendo eleita já por algumas publicações - com meses de antecipação - como a Popstar do ano.
Em 2009 Lady GaGa se estabilizou como um ícone da Cultura Pop. Tudo soa exasperado - no melhor estilo da era Internet - mas, mesmo que não faça mais nada que preste daqui para frente, GaGa já realizou o bastante para se instalar no panteon do Pop. Desde figurinos extravagantes, que fariam Björk ruborizar, a performances, video-clipes e ensaios fotográficos tão artisticamente interessantes quanto [às vezes] chocantes. GaGa foi, com certeza, a artista que mais causou - porém, da melhor forma: com sua inteligência e arte, não pela vida pessoal. Há tempos as pessoas mais comentadas do ano não se encaixavam na categoria de "artistas de verdade" e, mesmo com a imprensa-marrom se degladiando cada vez mais para publicar a próxima polêmica, Lady GaGa manteve-se longe disso na maior parte do tempo.
Para mim, que já gostava de seu estilo divisor de opiniões, seu primeiro grande feito do ano foi a colaboração com Jonas Åkerlund no vídeo de Paparazzi. Os queixos de todo o mundo caíram diante da perfeição estética do vídeo, até mesmo de quem duvidava de sua genialidade artística. Posteriormente, foi anunciado o relançamento de seu debut The Fame [Interscope, 2008]; contudo, GaGa chutou a premissa oportunista das gravadoras em relançar trabalhos bem sucedidos simplesmente pelo faturamento, para lançar um novo álbum, infinitamente melhor que o antecessor, em diversos aspectos, tanto musicais quanto imagéticos.
Em The Fame Monster [Interscope, 2009], Lady GaGa subverte a temática celebrada em sua estréia [a fama], tomando uma direção mais sombria e reflexiva, chutando a vaidade e o hedonismo cocainados do anterior. Como se não bastasse, ela se supera e produz [desta vez com Francis Laurence] um dos melhores clipes da história e, sem dúvidas, o melhor da década: Bad Romance.
Numa letra genuinamente Pop, com refrões mais-que-grudentos [minha tia de 200 anos - não sei a idade dela - vive cantando oh oh oh oh oh oh...], GaGa fala do amor carnal sem inibições e com um romantismo delicioso; demorei um tempo para lembrar que, em inglês, "bad romance" não se traduz apenas como "romance ruim", mas figurativamente também, "louco romance." Além do mais, ninguém mais até hoje inventou melhores nomes para pênis do que GaGa.
O resto de "Monster" não fica atrás. Nenhuma das nove faixas soa como meros recheios, todas com potenciais imagéticos inspiradores. Alejandro, que à primeira audição soa breguíssima mas revela uma qualidade ABBA impossível de recusar, tem GaGa falando com um sotaque italiano que me remete a ninguém menos que Madonna e sua famosa camiseta Italians Do It Better, mesmo que Alejandro seja hispânico [neste caso, o ser humano italiano em questão é a própria GaGa].
A cada audição, Monster demonstra maior potencial artístico. Qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade artística, e apreciador do Pop, pode imaginar milhares de possibilidades para cada faixa do álbum. Isso para um fã [eu mesmo!] causa uma excitante expectativa pelo o que Lady GaGa guarda em suas excêntricas mangas para o ano seguinte.
Lady GaGa's top 5:
a. Bad Romance
b. Paparazzi
c. Alejandro - *think Fellini* "I know that we are young and I know that you may love me, but I just can't be with you like this anymore......... Alejandro!"
d. Telephone [featuring Beyoncé] - "I LEFT MY HEAD AND LEFT MY HEART ON THE DANCEFLOOR!"
e. Speechless - o estilo romântico e dramático que só Lady GaGa é capaz de fazer atualmente.
03. "Sweet Dream" de Beyoncé
Esse ano, uma das coisas que eu mais
Analisando a imagem total de sua persona Sasha Fierce, cheguei a tal conclusão: lá estava esta mulher com mais duas backup-dancers, como se Destiny's Child ressurgisse das cinzas, mas [graças a Jah!] não, era só Beyoncé se auto-proclamando a Diva! A fotografia em preto e branco dos três primeiros clipes de Sasha Fierce [Singles Ladies, Diva e Ego] combinava perfeitamente com a imagem divina e espetacular que a personagem possuía.
Ao lançar os dois singles seguintes do álbum [Sweet Dream e Video Phone], Beyoncé voltou às cores, mas usadas com inteligência plástica. Sweet Dream é minha faixa favorita do álbum por sua letra romântica e dramática, mas especialmente por seu vídeo que primeiro fugiu da regra implícita de seus antecessores, trazendo cores ao mundo de Sasha Fierce, porém sóbrias e meio esfumaçadas, como num sonho.
A cena final, em que Fierce se mostra vestida numa armadura, tal como Metrópolis, pronta para o confronto, ficou marcada em minha mente por dias. Portanto, este ano, Beyoncé se firmou como uma deusa do meu Olimpo pela criatividade imagética que ela construiu ao longo do ano. Que venha 2010 e seus shows no Brasil!
Beyoncé's top 5:
a. Sweet Dream
b. Diva - "take it to another level, no passengers on my plane"
c. Single Ladies - a coreografia mais bombada da década!
d. If I Were A Boy - quem resiste cantar/gritar junto?
e. Halo - vide d.
02. "Sexy! No No No..." de Girls Aloud
Girls Aloud foi meu grande achado do ano. Em instantes me viciei em toda sua discografia e as defendia como ótimas representantes do Pop britânico. A girl-band mais bem sucedida da história foi subestimada por mim durante muito tempo, até que de repente Out Of Control [Fascination, 2008], possuiu meu iPod e minha cabeça. Eu já nem me esforçava, logo me rendi às maravilhosas faixas compostas e produzidas por Xenomania para o grupo. Ao longo de sua carreira, era como se Girls Aloud tivesse se tornado o canal pelo qual o hype grupo britânico de produtores mostrasse sua versátil genialidade.
Mas como parte da minha defesa, as canções de Xenomania não poderiam existir sozinhas e foi justamente a personalidade do grupo que me tornou fã. Ao olhá-las, muitos não conseguem [e nem se importam] em dizer quem é quem, mas talvez seja aí que resida a beleza e longevidade de Girls Aloud. Não parece existir uma luta de egos entre elas, como obviamente existia entre as Spice Girls ou Destiny's Child, e isso para mim foi um fator de apreciação interessante.
Sexy! No No No... foi o primeiro single do álbum Tangled Up [Fascination, 2007] e a música do grupo que mais me excitou ao longo do ano, apesar de facilmente poder dar lugar a outras jóias como Biology, Call The Shots, Sound Of The Underground e Can't Speak French. A sexualidade despojada, os refrões viciantes e, acima de tudo, as guitarras glamurosas que evocam uma aurea rocker sem deixar de ser BritPop em momento algum.
Girls Aloud's top 5*:
a. Sexy! No No No...
b. The Promise - estilizada à lá big bands dos anos 1960's é simplesmente apaixonante.
c. Rolling Back The Rivers In Time - "can't wait got to his face somewhere"
d. Biology - jóia rara do Pop, construinda em crescendo para um refrão que só explode mais de 1 minuto depois do início.
e. Can't Speak French - "I can't speak French, so I'll let the funky music do the talking now"
*É péssimo ter que escolher apenas cinco faixas. Quem conhece a discografia do grupo entende porque.
01. "Bad Romance" de Lady GaGa
Ano passado Lady GaGa despontava nesta lista na 5a posição, em um ano a mulher não só chegou ao topo de minha apreciação, como ao topo do mundo, sendo eleita já por algumas publicações - com meses de antecipação - como a Popstar do ano.
Em 2009 Lady GaGa se estabilizou como um ícone da Cultura Pop. Tudo soa exasperado - no melhor estilo da era Internet - mas, mesmo que não faça mais nada que preste daqui para frente, GaGa já realizou o bastante para se instalar no panteon do Pop. Desde figurinos extravagantes, que fariam Björk ruborizar, a performances, video-clipes e ensaios fotográficos tão artisticamente interessantes quanto [às vezes] chocantes. GaGa foi, com certeza, a artista que mais causou - porém, da melhor forma: com sua inteligência e arte, não pela vida pessoal. Há tempos as pessoas mais comentadas do ano não se encaixavam na categoria de "artistas de verdade" e, mesmo com a imprensa-marrom se degladiando cada vez mais para publicar a próxima polêmica, Lady GaGa manteve-se longe disso na maior parte do tempo.
Para mim, que já gostava de seu estilo divisor de opiniões, seu primeiro grande feito do ano foi a colaboração com Jonas Åkerlund no vídeo de Paparazzi. Os queixos de todo o mundo caíram diante da perfeição estética do vídeo, até mesmo de quem duvidava de sua genialidade artística. Posteriormente, foi anunciado o relançamento de seu debut The Fame [Interscope, 2008]; contudo, GaGa chutou a premissa oportunista das gravadoras em relançar trabalhos bem sucedidos simplesmente pelo faturamento, para lançar um novo álbum, infinitamente melhor que o antecessor, em diversos aspectos, tanto musicais quanto imagéticos.
Em The Fame Monster [Interscope, 2009], Lady GaGa subverte a temática celebrada em sua estréia [a fama], tomando uma direção mais sombria e reflexiva, chutando a vaidade e o hedonismo cocainados do anterior. Como se não bastasse, ela se supera e produz [desta vez com Francis Laurence] um dos melhores clipes da história e, sem dúvidas, o melhor da década: Bad Romance.
Numa letra genuinamente Pop, com refrões mais-que-grudentos [minha tia de 200 anos - não sei a idade dela - vive cantando oh oh oh oh oh oh...], GaGa fala do amor carnal sem inibições e com um romantismo delicioso; demorei um tempo para lembrar que, em inglês, "bad romance" não se traduz apenas como "romance ruim", mas figurativamente também, "louco romance." Além do mais, ninguém mais até hoje inventou melhores nomes para pênis do que GaGa.
O resto de "Monster" não fica atrás. Nenhuma das nove faixas soa como meros recheios, todas com potenciais imagéticos inspiradores. Alejandro, que à primeira audição soa breguíssima mas revela uma qualidade ABBA impossível de recusar, tem GaGa falando com um sotaque italiano que me remete a ninguém menos que Madonna e sua famosa camiseta Italians Do It Better, mesmo que Alejandro seja hispânico [neste caso, o ser humano italiano em questão é a própria GaGa].
A cada audição, Monster demonstra maior potencial artístico. Qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade artística, e apreciador do Pop, pode imaginar milhares de possibilidades para cada faixa do álbum. Isso para um fã [eu mesmo!] causa uma excitante expectativa pelo o que Lady GaGa guarda em suas excêntricas mangas para o ano seguinte.
Lady GaGa's top 5:
a. Bad Romance
b. Paparazzi
c. Alejandro - *think Fellini* "I know that we are young and I know that you may love me, but I just can't be with you like this anymore......... Alejandro!"
d. Telephone [featuring Beyoncé] - "I LEFT MY HEAD AND LEFT MY HEART ON THE DANCEFLOOR!"
e. Speechless - o estilo romântico e dramático que só Lady GaGa é capaz de fazer atualmente.
Um comentário:
OK I didn't understand everything lol.
But the list is awesome, I just don't think Be is g-d yet though. I don't really "get" her. I did the whole Sasha album (I do whole albums now u.u) and it came off looking too gimmicky to me.
As for GaGa I can't argue her "Bad Romance" is a masterpiece. I'm thrilled Susan Boyle didn't make your top 3 though lol.
I'm still shocked you love her.
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