"...who'd have known, when you flash upon my phone i no longer feel alone"

- Lily Allen

BitchyList

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Odeio Sonhos


[Toque a música enquanto lê. (Postado originalmente em Life's A Bitch.)]
E lá estava eu em meu quarto, quando a cabeça dele aparece pela porta. Foi uma grande surpresa tê-lo aqui, e disse isso a ele. Ele me lançou um sorriso brilhante que titilou as bases dos meus joelhos; estava mais lindo que nunca, com seu cabelo jogado para trás pelo lado, como numa foto dos anos 1960, ou, se você prefere ser um tanto cínico, como esses garotos Indies, tão comuns de hoje em dia. Mas não havia nada de comum nele; ele sabe mais sobre Literatura, Filosofia e Cinema de Arte que qualquer outra pessoa que eu conheça. Claro que inicialmente aquilo abalou meu ego, deixando-me desconfortável diante dele e seus inteligentíssimos amigos... mas um drink ou outros depois eu já estava mais ansioso para aprender sobre seu mundo do que compará-lo com o meu, então peguei e fui com a onda... mas talvez eu tenha ido longe demais e acabei desmaiando e vomitando minha camiseta. Na minha mente, tudo que havia na dele era que eu não passava de um bobinho, portanto minha surpresa ao ver a cabeça dele pela porta.
Ele e seu sorriso vieram em minha direção, me abraçaram e disseram que eu fazia falta. Adoro quando isso acontece: quando sentem minha falta. Sempre me dá esse frio na barriga, como o calor interno após um gole de cappuccino. Seu abraço era tão tépido quanto isso, de fora para dentro e esse bonito desejo me possuiu quando o abraço começou e manteve-se durante todo o tempo em que tive seus braços ao meu redor. Você nunca aparece, daí temos que vir até aqui, ele disse, deixando-me e sentando à beira da cama. Ele acendeu um cigarro e eu apenas o assistia. Por que ele me atrai, pensei em silêncio, enquanto observava os raios de sol refletidos sobre seu braço de pele branca, ricochetearem por todo o quarto.
Recebi seu sorriso mais uma vez e acendi um cigarro, enquanto subia na cama e deitava atrás dele; ele virou e deitou ao meu lado, nossas faces uma em frente à outra. A luz agora não era tão especial, mas eu podia ver-me refletido em suas pupilas. Sua voz contou-me as notícias da cidade que eu relutava em voltar, até que perguntei de seu ex e como estava a relação. Da última vez que conversamos, ele disse-me que estavam dando um tempo e, devo confessar, que uma faísca acendeu em mim, mas ele imediatamente disse que o amava e tinha saudades terríveis. O mesmo foi repetido, exceto pelo adjetivo dramático.
O problema de perguntar tais coisas para amigos aos quais você tem certa queda é que há o risco de ouvir um grande monólogo sobre os predicados da outra pessoa. Bingo! Ele contou-me sobre a última vez que se encontraram e apesar de meus olhos estarem fixos nos dele, minha mente havia andado milhas daquele ponto, até que ela foi abruptamente trazida de volta ao quarto, ao sentir seus lábios ansiosos tocarem os meus e sua língua penetrar minha boca. Um vulcão estourou dentro de mim, fazendo meus braços derramarem-se ao redor de seu pescoço, enquanto os dele amarravam-se à minha cintura e me puxavam para dentro dele.
Seus lindos olhos castanho estavam fechados, mas no momento em que abri os meus incrédulos, ele abriu os dele, em perfeito uníssono; e aqueles olhos brilharam dentro de mim, provocando um inevitável sorriso entre nosso beijo ardente. E lá nos deitamos, sua cabeça repousando em meu peito, como se ela, as orelhas e a mente houvessem penetrado meu seio. Minha mente romântica levantou vôo, imaginando como aquele garoto com mágica sensibilidade, abordaria um garoto como eu, e deitamos ali, até cairmos em sono.
Quando acordei, ele já não estava lá e uma sensação de vazio apoderou-se de mim... naquele momento eu sabia que nada fora real, que logo tudo desaparecia no nada. Mas ainda assim fui atrás dele; ele não podia deixar-me daquela forma, pensei; mas a verdade era que aquele momento com ele dera-me um enorme senso de possibilidade, esse insetinho que se instala em nossos corações sempre que algo sai da ordem natural.
Mais tarde o encontrei e com um abraço ele disse-me que amava o ex... deveria ter esperado isso: homens com histórico mais uma vez. E então ele disse: "mas estou com tanto medo de também me apaixonar por você, de ter qualquer fundação abalada, meu caminho linear embaralhado que me apavorei! Mas não partirei novamente... pelo menos agora..."
De repente, senti uma mão pesando meu ombro, olhei ao redor e nada vi; mas então olhei novamente e vi meu pai. Você tem alguma roupa para lavar, ele perguntou.
Estava acordado.
[Song: Cocoon - Björk]

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A Caçadora



Levou-me um mês para finalmente poder escrever sobre minha experiência com Björk no Rio de Janeiro. Esse bloqueio não é novo nem fonte de uma mente preguiçosa. Todo dia quando escuto suas músicas, eu reviso o show em minha mente e sinto de novo os arrepios e suspiros que aquele fatídico dia de outubro me causou. Quem saberia que depois de tanta bully do destino, eu, um dia, ficaria 12 horas numa fila para ver o passarinho islandês?
Na verdade, eu sabia, o mês anterior havia sido gasto planejando e sonhando aquele 26 de outubro e, logo cedo de manhã, Artur [meu amigo carioca e cicerone] e eu saimos da casa de nossos amigos, na Tijuca e fomos de metrô para a Cinelândia. Lá tomamos café-da-manhã e andamos até a Marina da Glória, onde o show aconteceria. Já encontrando 7 ou 8 pessoa lá, nos posicionamos na fila, para assim atingir nosso objetivo: ficar colado à grade, bem em frente a Björk, daí ela nos ouviria gritar que faríamos sexo com ela onde ela quisesse. Gastamos tempo dividindo nossas histórias de shows, analisando Björk e imaginando se ela chegaria de bicicleta, submarino ou pedalinho.
Às 20h, estava bonitinho e quieto no meu lugar desejado - bem no meio, em frente ao microfone dela, - mas na correria da entrada me perdi de Artur e ele foi parar um metro ou dois de mim; mas eu não me mexeria dali. Como me atreveria? O show de Antony And The Johnsons começou meia hora depois e foi um tanto decepcionante. Feist havia cancelado o resto de seus shows no Brasil, por causa de labirintite, então eles puseram Antony para substituí-la no Rio, portanto o show dele no palco Tim Volta foi de 30 minutos, mais o som não estava legal e a iluminação horrível. Ao menos ele foi bem simpático em sua timidez, e cantou The Crippled And The Starfish. Antony and The Johnsons é formado por um cello, violão, guitarra, um violino, uma viola e o piano de Antony - uma banda acostumada a tocar em teatros, então amei o que ele disse em relação à arena do Tim "é bem interessante tocar num lugar como esse. É como cantar contra o oceano."
Aquela foi uma frase tão Björkiana que não me senti culpado, por ficar satisfeito que o show dele foi tão pequeno. A ansiedade de finalmente ver meu D-us ao vivo começava a estourar por meus ouvidos e boca, ao contrário da tranqüilidade que senti o dia inteiro. Enquanto os holdies arrumavam o palco, podiamos ver Mark Bell e Damian Taylor montando suas mesas eletrônicas e programadores. De repende, todas as luzes se foram e a banda feminina de sopro, Wonderbrass, veio tocando a intro, Brennið Þið Vitar, instantaneamente seguida pela maravilhosa Earth Intruders.
Como a mãe Oceania, pisquei meus olhos e ela estava em minha frente, toda linda e petite com seu vestido de embrulho de natal dourado, e testa com gliter da mesma cor. Foi incontrolável; o longo e alto grito que saiu de minha boca foi simplesmente incontrolável - lá estava ela em minha frente e eu mal conseguia acreditar. Logo depois veio Hunter com suas novas batidas metálicas e arranjo de sopros [ao invés de cordas], e percebi quando ela pegou algo no chão e escondeu sob os babados do vestido; pelo fim da canção ela simplesmente formou uma teia... não consigo descrever, vocês terão que ver por vocês mesmos [no vídeo no topo do post].
E meu orgasmo foi crescendo gradualmente quando ela cantava Pagan Poetry e Unravel [uma canção que nunca sonhei em ouvir ao vivo], Jóga, Army Of Me e I Miss You. Não conseguia parar, e quando meu tema da Marina da Gloria, Wanderlust, foi tocado, eu estava estático e de boquiaberto. E então quando veio HyperBallad - eu sabia que o fim estava próximo. Ela cantou o primeiro verso e então pôs a mão na orelha e pediu que cantássemos o resto - certamente ela notou que cantamos todas as músicas do setlist. Então, a rave começou e junto veio Pluto e eu já não era eu mesmo! Me sentia como um maníaco impulsionado por aquelas batidas industriais e eletrônicas e lasers verdes; não dava para parar de pular, e ninguém ao meu redor pararia! Quem ousava era automaticamente movimentado pela multidão!!! A banda de sopros deu um tom ainda mais assustador à canção. E ela acabou assim que começou.
Eu estava viajando em êxtase, ainda não conseguia parar de gritar! Alguns ao meu redor choravam, mas eu estava muito hypado para chorar. Todos sabíamos que ela voltaria para o bis, então todos na arena - mais de 4 mil pessoas - batemos nossos pés no chão, fazendo muito barulho pelo retorno dela. E ela logo voltou, apresentando seus companheiros de banda e tocaram a altamente esperada Declare Independence. Tenho apenas uma coisa a dizer: MORI!
Artur me encontrou depois no mesmo lugar que estive durante todo o show. Não conseguia me mexer, eu não podia deixar aquele lugar! Era como se eu tivesse um desejo desesperado de tê-la de volta! Minha garganta nem existia, minha voz morrera com meu corpo, porque eu só estava em pé por inércia. Então saímos da arena roucos, cheios de confetes Björkianos nas bolsas, 4 reais mais pobres, devido à uma garrafa d'água, mas com um enorme sentimento de satisfação.
...era assim que se sente quando um sonho se realiza.
[Musique: I Miss You - Björk]

Volta Tour Videos


[The Pleasure Is All Mine - Rio de Janeiro]

[Declare Independence (part 1) - Rio de Janeiro]

[Declare Independence (part 2) - Rio De Janeiro]

[I Miss You - Glastonbury]

[Earth Intruders - Glastonbury]

[HyperBallad - Glastonbury]

[Pluto - Glastonbury]

[Army Of Me - Glastonbury]

domingo, 18 de novembro de 2007

Isolamento

"O que tem passado por sua mente? Você está viciado em cinismo e dúvida? Ou em qualquer outro padrão de pensamento sem-saída?"
E na sexta, Pai e eu fomos a um hotel-fazenda, que desde o começo estava parecendo uma clínica de reabilitação. Estava há quilômetros da cidade, sem telefone, internet, amigos, festas... e apesar de ter tomado uma cerveja e andado a cavalo na primeira tarde, realmente parecia desintoxicação.
Maior parte dos meus dias foi preenchida com a finalização da leitura de meu mais novo livro favorito A Bússuloa Dourada, da trilogia His Dark Materials, de Phillip Pullman; escutei quase nada de música - basicamente: The One de "G-d" Minogue - e quase nem vi TV. Comi muito e saudavelmente, não bebi refrigerante e puz meu sono em ordem. Senti falta do barulho e eloqüência de meus amigos... senti mais falta de um particular... mas no fim, todo o silêncio e reflexão me fizeram melhor do que imaginei.
Pelo fim da noite passada, Pai já estava reclamando do tédio, mas seria muito fácil pra mim admitir tal coisa e, após ponderar por um tempo, eu disse: "nah, estou me sentindo desintoxicado..."
Apesar de não ter dado uma de Paris/Nicole com uma simple life [fake], às vezes parecia - enquanto andava pelo pomar - que estava de volta ao básico... isolando-me para ouvir-me. No fim das contas, foi uma viagem bem válida. Uma experiência a ser repetida com mais frequência, sem necessariamente sair da cidade.
[Musique: The One - Kylie Minogue]

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Oi!

Quando uma coisa que você gosta começa a ser cultuada pela maioria da população, cuidado, você pode estar prestes a perdê-la. Como já disse Nelson Rodrigues: "toda unanimidade é burra"; e, de repente, você se depara com pessoas inusitadas curtindo a sua onda. Otemo! Diversidade e direito de mudar e fazer o que se quer par vida! Porém, por mais judgemental que isso soe, eu sou fã da profundidade. Eu, honestamente, não levo a sério pessoas que vão atrás do que está in vogue, apenas por causa do apelo que ela tem.
Depois que a "mídia" brasileira pegou as raves e as festas eletrônicas como bola-da-vez [esqueceram até do Lula por uns dias], as próprias passaram a bombar ainda mais. Aqui em Conquista, eu soube, que a últiva PVT lotou de newbies, que estavam a ir para uma festinha eletrônica pela primeira vez. Yaaay, as pessoas estão melhorando os gostos!! Q?
Ontem, tive a constatação de que o boom conquistense das festinhas eletrônicas pode descaracterizar uma premissa das raves, que as matérias sensacionalistas com certeza não estão nem um pouco interessadas em mostrar: a paz. Apesar de os clubbers e fãs de eletrônica terem fama de usuários descontrolados de sintéticas [o que não é de todo falso], em raves nãoi se vê gente trêbada, brigando por causa de nada, como nas festas comuns de gente bêbada; em geral há sempre uma harmonia des pessoas sintonizadas no objetivo da diversão e a dança.
Daí, na noite passada, quando, no Castelo do Vinho [um bar de playboy daqui], estávamos todos tentando sentir tal harmonia através da dança e da música, eu esbarrei num cara musculoso, que, se não estivesse acompanhado por uma morena e não tivesse a óbvia cara de hétero-nojento-e-burro, eu diria ser uma inveterada barbie; antes disso ele já havia passado por mim e me empurrado para passar, ao invés de pedir licença. Ele olhou na minha cara após eu me desculpar e disse "cara, se eu não estivesse bêbado, te mataria agora!"
Alô fevereiro! Numa típica festa eletrônica [e não numa festa de playboy em que se toca electro] isso raramente aconteceria, até mesmo porque não há muito contato físico, especialmente violento, entre os fritos em geral. No fim das contas, a superexposição de certas coisas contribuem muito pouco para sua evolução; os DJs e organizadores podem até ficar mais ricos, mas is money everything? A próxima grande rave da cidade será em janeiro e daqui até lá muita coisa pode acontecer; o carnaval estará próximo e a maior parte das pessoas se voltaram novamente pra ele, e as raves podem ter seus reais fãs de volta. Enquanto isso, Lucas, evite as festas em redutos de playboys.
[Musique: 2 Hearts - Kylie Minogue]

domingo, 4 de novembro de 2007

IDALA!!

Flavia diz:
nem acho ok mulé tudo igual quero comê meu aminco ok prontofaley[2]
)( Lucas Sá )( In Island In Movement diz:
risos
)( Lucas Sá )( In Island In Movement diz:
o da bamda q eh casado?
Flavia diz:
eh miaco fui num show dele ontem docaralho e ele deixou tds os micos de lado e ficou falando soh cmg tiop shorei
Flavia diz:
o bao o bao mermo
Flavia diz:
eh q ele sabe q eu sou zapatao
)( Lucas Sá )( In Island In Movement diz:
risos
Flavia diz:
entao eu tenho liberdade pra apertar a bunda dele toda hora aeaeaeae acho mto digno
)( Lucas Sá )( In Island In Movement diz:
rsrsrsrs
)( Lucas Sá )( In Island In Movement diz:
miag e como fas par comer ele emfim?
Flavia diz:
num sei oh mas ele eh tiop psicologo neh entao eu aproveito q ele ainda nao se formou e tenho sexoes gratis dai vou falar que a minha sexualidade ta dando defeito e qq coisa eu falo q eu daria pra ele assim como quem nao quer nada? soh pra ilustrar ioajsihisuhioshoishsios

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Vamos voltar à ativa né Fura?
[Musique: 20 Year Old Lover - Juliette And The Licks]

domingo, 5 de agosto de 2007

Férias de Cinéfilo

Mesmo saindo todas as noites, eu ainda assisti litrus de filmes esse mês passado. Não havia muito a ser feito durante o dia, então ler e ver filmes eram minhas únicas opções. Quando fiz as malas em Salvador, enchi uma mochila de DVDs; dentre eles Prada, meu box de Audrey Hepburn, Notting Hill, Moulin Rouge! e Terapia Do Amor. Não assisti a nenhum deles, em compensação tenho locado filmes como um desesperado cinéfilo no corredor da morte. Obviamente não me lembrarei de todos os filmes que vi, mas uma coisa é certa: tive maravilhoso e inesquecível sexo com Woody Allen. Loquei todos os seus filmes, que continham na locadora, e posso dizer com certeza que sou psicopata por ele. Abaixo vai uma lista de seus filmes que me encantaram em julho. E prometo falar sobre todos eles ao longo do semestre.
[Ordem cronológica.]
- Scoop
- Melinda E Melinda
- Igual A Tudo Na Vida
- O Escorpião de Jade
- Crimes E Pecados
- A Rosa Púrpura do Cairo
- Zelig
- Sonhos Eróticos De Uma Noite De Verão
- Manhattan
- Interiores
- A Última Noite de Boris Grushenko
- Dorminhoco
- Tudo Que Você Quis Saber Sobre Sexo* *E Tinha Medo De Perguntar
Ainda tenho que rever Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, Match Point e ver Celebridade.
[Song: The Modern Things - Björk]

sábado, 4 de agosto de 2007

Las Vacaciones

Agora que as férias estão acabando eu fico com vontade de escrever aqui... bem útilo Lucas, seu cérebro é bem útil.
Só que neste momento meu pai está me expulsando do PC, então isso aqui é pra você lembrar de traduzir a lista de Allen que está no Life's A Bitch.
[Song: Don Gon Do It - The Rapture]

domingo, 1 de julho de 2007

Risos

Férias!! Mal posso acreditar que elas já estão aí na porta.
Costumo dizer agora que estudante universitário faz resoluções de semestre. Ainda não preparei as minhas mas de certa forma já sinto algumas coisas se movimentarem involuntariamente. Lucas decidiu que está na hora de tomar vergonha na cara e exorcizar alguns fantasmas; junto a isso tem a facult que, pelo fim do semestre, tem sido bem satisfatória.
Daí minia jents, percebi que tenho tido ótimos motivos para rir. Parece-me que a nuvem negra finalmente está desabando em chuva... em breve teremos arco-íris e céu limpo.
Q 6 acham?
[Musique: Undo - Björk]

segunda-feira, 18 de junho de 2007

u.u

Prometo que vou atualizar isso.
Um dia...
[Song: I Know - Kylie Minogue]

terça-feira, 29 de maio de 2007

Semana Kylie Minogue: KylieFever

Reflita: clicaê. Quem tá afim de saber lê aí e se vira com o inglês, quem não quer whatever.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Semana Kylie Minogue

Mori!
Descobri de manhã que hoje é aniversário de Kylie! Como um fã-psico como eu não poderia ter sabido antes? Em minha defesa, eu nem lembro quando é o aniversário de minha irmã ok [brimks].
Então, para retificar meu pecado, de hoje até domingo haverão postagens diárias sobrea segunda parte da minha Santíssima Trindade. Para o deleite de fãs eventuais que passem por aqui, the ho... e eu mesmo. E também para aqueles que não sabem muito desse D-us.

Começando... em Cannes lá estaa ela jantando a refeição que ela pagou milhões para ter [a grana foi revestida para pesquisas da AIDS, então okay pagar uma fortuna para jantar com George Clooney], quando a darlene internacional [num bom sentido] Sharon Stone levanta e grita "e ai, quem quer ouvir Kylie Minogue cantar?" De acordo com o LK Today Kylie não fazia idéia que iria cantar, mas aceitou a brincadeira-desafio e subiu no palco. E advinha só... tá vejam voses mesmos.


segunda-feira, 21 de maio de 2007

Serotonina

"Sou a moça feia à janela
Olhando a banda passar
Atrelado à ilusão que não se cumpriu
Pretensiosamente gritando seu nome
Enquanto durmo um sonho inquieto
E quem me chamou
Não foi você, nem eu
Nem foi a luz fulminante
Foi o mais puro torpor
Êxtase vazio
Adrenalina estúpida
Serotonina muda"
[Lucas]
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"O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante de algo que você nunca ousou admitir que queria - um explosivo coquetel emocional, talvez, feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa com a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece, louco e em crise de abstinência (sem falar no ressentimento para com o traficante que incentivou você a adquirir seu vício, mas que agora se recusa a descolar o bagulho bom - apesar de você saber que ele tem algum escondido em algum lugar, caramba, porque ele antes lhe dava de graça). O estágio seguinte é você esquelética e tremendo em um canto, sabendo apenas que venderia sua alma ou roubaria seus vizinhos só para ter aquela coisa mais uma vez que fosse. Enquanto isso, o objeto da sua adoração agora sente repulsa de você. Ele olha para você como se você fosse alguém que ele nunca viu antes, muito menos alguém que um dia amou com grande paixão. A ironia é que você não pode culpá-lo. Quero dizer, olhe bem para você. Você está um caco, irreconhecível até mesmo aos seus próprios olhos."
[Elizabeth Gilbert, "Comer Rezar Amar"]
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Pergunta drama-queen do dia: quando é que me sentirei completamente feliz?
[Musique: Unravel - Björk]

terça-feira, 15 de maio de 2007

Risus


par una vida runaway
con $60 reais
e shurasqineo de gate.
[Musique: Dull Flame Of Desire - Björk]

sábado, 12 de maio de 2007

Kate, The Great

Cem anos atrás nasceu uma garota que se transformaria na maior atriz da história do cinema. Há 20 anos nasceu um garoto que apenas mais tarde em sua vida saberia do fenomeno que é aquela mulher foi/é. 21 anos atrás nasceu o garoto que viraria um dos maiores entusiastas daquela mulher... pelo menos que o primeiro garoto conheça. Estou falando de Katharine Hepburn, moi e the ho. Por um tempo, o único contato que eu tinha com Miss Hepburn era no rap de Vogue, de Madonna. Mas depois do advento do The Ho em minha vida, fiquei ciente de tal gênio.
Pecaminosamente tudo que vi dessa mulher foi a genial comédia Núpcias de Escândalo. E já que sou ainda muito noob para falar decentemente sobre esse D-us, simplesmente linkarei o homem que a introduziu em minha vida: Ho, the great.
[Musique: Finer Feelings - Kylie Minogue]

Papa Bento No Brasil


Orgia no Mosteiro de São Bento!!!
[I'm so so so sorry, mas não pude resistir]
[Musique: Earth Intruders - Björk]

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Genio!

"I mean, the human race, we are a tribe, let's face it, and let's stop all this religious bullshit. I think everybody, or at least a lot of my friends, are just so exhausted with this whole self-importance of religious people. Just drop it. We're all fucking animals, so let's just make some universal tribal beat. We're pagan. Let's just march."
Björk é D-us!
[Musique: Wanderlust - Björk]

terça-feira, 8 de maio de 2007

Indie Pop Descontrol

Okay, gosto indie pop; não tanto quanto gosto do mainstream, mas gosto. Então, música indie ficou hype e mainstream aqui; culpo a MTV, claro, mas já que eu costumo dirigir minha atenção aos subestimados, estou meio que ignorando a cena indie rock e me ligando ao lado pop do indie, que, neste caso, é mais omitido.
Outro dia me deu uma vontade de revisitar um artista que teve um hit em 2002 mas, depois de alguns singles bem sucedidos, caiu no ostracismo da mídia: Vanessa Carlton. Todo mundo conhece A Thousand Miles e seu clipe bonitinho à lá road movie. Mas poucos sabem o quão geniais e bonitos são seus dois álbuns. Chamo-os de "Álbum de Inverno" [Be Not Nobody - 2002] e "Álbum de Verão" [Harmonium - 2004]. Seu debut tem uma arte bem luminosa, mas uma audição mais atenta leva ao fato de que não há muita luz em suas músicas. Letras como as de Rinse e Sway, ou até mesmo A Thousand Miles, são cheias de mágoa e tristeza; até a doce balada Pretty Baby ou a maravilhosa Ordinary Day têm, de alguma forma, pitadas de tristeza e um comportamento reclusivo similar ao do inverno [minha estação favorita, devo dizer], quando os animais hibernam. A osquestra, arranjada e conduzida pelo chefão do pop Ron Fair [que produziu hypes como Aguilera, Ashlee Simpson e The Black Eyed Peas], está presente pelo álbum de uma maneira penetrante, transmitindo com perfeição o tom profundo das canções.
Seu segundo não é menos profuno. Porém, num paradoxo reprisado, fato que adoro em seus dois trabalhos, Harmonium, que possui músicas mais esperançosas e luminosas, tem uma arte mais obscura. Logo no primeiro single, a primeira faixa White Houses, podemos de cara ver que Carlton tomou um caminho mais otimista. A canção, sobre adolescência e saída para o mundo no ato de cometer os erros necessários para o crescimento, tem um piano aparentemente desajeitado que ao longo da música cresce e amadurece. Notou a metáfora? Posteriormente temos uma coleção de canções que soam perfeitas para as férias de verão, numa casa decadente repleta de amigos dispostos a ter diversão e primeiras experiências. Who's To Say tem um maravilhoso olhar sobre o amor, Afterglow fala de viver sem remorso e Private Radio é pura diversão.

Daí tem Nelly Furtado. Talvez você se pergunte o que há de indie nela, isso porque só vem à sua mente sua atual reinvenção. Mas antes de sua metamorfose numa [como estúpidos diriam] puta pop ela era uma garota inquieta e ansiosa, vestindo jeans folgados e mega sorrisos. Mas falarei de seu injustiçado segundo álbum. Confesso que é o meu menos favorito, mas não é menos genial como tudo que ela tem feito.
Furtado em Folklore fica mais obscura. Acredito que o álbum falha em se levar a sério demais, mas não consigo não louvar a linda mistura de culturas que ela e os produtores Track & Field fazem nele. Aqui não há abundancia em hip hop como seu primeiro; ao invés disso há uma interessante e desprezada colagem de elementos folclóricos portugueses e música pop. One-Trick Pony [com participação do Kronos Quartet] é uma linda introdução que conduz à revigorante e ousada Powerless (Say What You Want). O álbum apresenta depois interessantes fusões como o samba-rap em Explode, o [contraditório] fado alegre Força, a blues Picture Perfect, que fala da vida imigrante, o assunto principal da obra, também presente em outras faixas deliciosas como Try, Fresh Off The Boat e Islando Of Wonder, que possui sample de Tonada De La Luna Llena e participação de Caetano Veloso.
Talvez essas mistura de referências culturais não tão conhecidas tenha sido o motivo do fracasso comercial de Folklore; Furtado pareceu estar fazendo um ábum obviamente para seu bel-prazer, não pensando na reação do público geral e, assim, nas vendas. Absolutamente não tenho nada contra isso, mas não é exatamente o que as gravadoras esperam. Mas ao fim, a nostalgia conitda do álbum é tão bem construída que você acaba sentido falta de uma série de coisas, mesmo que não as saiba exatamente definit [saudade de novo galere].

Minha terceira peça de indie pop está na verdade bem hype ultimamente. Todos amam Mika. Não há muito a se dizer sobre ele; Life In Cartoon Motion é um álbum da mais pura diversão, uma fofa colagem de Elton John e Scissors Sisters repleta de letras e melodias vibrantes. Completamente amo Love Today e Lollipop, mas [certamente] é a melancólica Happy Ending [clique para baixar] que tem dominado minha mente. Nem sei porque.
[Musique: White Houses - Vanessa Carlton]

Filmes de Fossa #1: Feriado Vermelho Com Saudade

Quando na sexta vi no IMDb que era aniversário de Audrey Hepburn eu imediatamente decidi homenageá-la com uma maratona Hepburn assim que chegasse em casa da facult; mas cheguei tão cansado que tive que escolher um, assistir três filmes seguidos seria tortuoso. Muitos escolheiram Bonequinha de Luxo de cara, mas apesar de amá-lo, diferentemente dos outros títulos que tenho, eu já o vi umas tantas milhões de vezes. Então escolhi A Princesa E O Plebeu [APEOP]: primeiro sucesso de Audrey em Hollywood, e seu primeiro e único Oscar [não conto os honorários].
Nessa segunda vez em que assisti esse clássico da Paramount, imaginei como seria se Audrey tivesse tido a chance de trabalhar com Woody Allen. Isso porque o senso de naturalidade de sua atuação é tão vibrante que até em momentos extravagantes e improváveis como em APEOP, você ainda consegue sentir como se fossem as coisas mais prováveis de se acontecer.
Bem, nele Audrey é a jovem Princesa Ann que por razões políticas está fazendo uma turnê pela Europa. Na sua parada em Roma ela está claramente cansada e entediada, como qualquer jovem se sentiria, e decide fugir, para desta maneira experienciar a excitante vida noturna de da capital italiana. Então, coisas acontecem e ela acaba passando o dia seguinte com um furtivo e mal-intencionado reporter americano [um maravilhoso e absolutamente charmoso Gregory Peck] que, percebendo estar em compainha de tal nobreza, pretende fazer uma bombástica matéria sensacionalista sobre sua visita. Como muitos outros clássicos, esse filme virou ícone de cultura pop e já foi imitado por vários outros filmes e mídias [até mesmo Sabrina, a bruxa adolescente]; então é sempre uma diversão tentar lembrar em quais outros filmes já vi aquelas cenas.
Apesar de pequenas falhas, [praticamente não vemos o romance de Ann e Joe Bradley crescer, você apenas sabe que ele acontecerá e ele apenas acontece,] superficialmente este é um filme na premisa básica do cinema: entreter; mas claro, há mais nele do que vêem os olhos. Enquanto você segue as aventuras deles no lindos e históricos pontos turísticos romanos, você experiencia o amadurecimento de uma jovem mulher. Ann parte de uma garota inocente impactada por seus inevitáveis deveres políticos, para uma uma mulher consciente de sua importância para seu país; e ela chega a isso vivendo - mesmo que por um dia somente - sua vida como ela gostaria e fazendo coisas esperadas de uma adolescente normal [mesmo que a idade dela nunca seja especificada]. Isso fica claro quando ela entra no salão de beleza e corta seu cabelo, como num ato de desejo por independência, e nos faz pensar se os jovens devem realmente amadurecer cedo demais, como hoje em dia, perdendo assim coisas importantes que os moldarão para o resto de suas vidas.
Audrey Hepburn parece, em cada momento, estar em perfeito conhecimento disso e possui Ann com sublime e sutil atuação [a cena em que ela descobre que Joe e Irving são jornalistas é orgásmica!]. Durante as filmagens Gregory Peck delirou sobre a performance de Hepburn e disse que ela deveria e iria ganhar o Oscar de melhor atriz naquele ano, por seu retrato da jovem Ann. Pois bem, ela ganhou, derrotando estrelas estabelecidas e geniais como
Ava Gardner e Deborah Kerr [como a misteriosa e hipnotizante Karen Holmes em A Um Passo Da Eternidade].

Todas as cores, músicas e vida vibrante em Moulin Rouge! disfarça uma profunda e triste história de amor. Todos sabemos que aquele final é para lá depressivo, mas poucos percebem que ele é a culminação de uma série de elementos que têm sido mostrados desde o começo. O fato de sabermos da morte de Satine nos primeiros dez minutos é um aviso de que não estamos vendo um musical alegrinho. Para mim, este é um dos mais obscuros e heartbreaking filmes já feitos; decidi vê-lo devido à sincronia da vida e estava ciente de que seria uma experiência lacrimosa.
O contraste entre o carnaval de cultura pop e o melodrama do roteiro é feito por Baz Luhrmann de uma maneira brilhante e tão glamurosa que você não pode evitar que seu queixo caia, seus olhos molhem, seus corpo se arrepie; os cenários e figurinos kitsch e exagerados ficam maravilhosamente alegres quando você ouve todas aquelas canções coladas de maneira perfeita, como a trilha sonora de nossas vidas. Quero dizer, se sua vida fosse um musical, seria repleto de canções que você escuta todo dia; então, é puro prazer assistir a Moulin Rouge e cantar junto todas as músicas, como se você estivesse ouvindo uma coletânea.
Daí tem a tal da Kidman deslumbrando-nos com sua pele alva e cabelo violentamente vermelho, combinados a uma embasbacante fotografia azul. Para mim, em MR, Kidman está no auge de sua carreira; esta é minha performance favorita até agora, porque ela faz absolutamente tudo: canta, dança, desce de um trapézio, faz comédia, romance e drama, tudo em seus primeiros dez minutos de cena. Depois disso sua Satine nos dá uma montanha-russa de emoções e carisma tão difícil de se encontrar [e ainda aqueles velhacos FDP deram o Cara Careca para aquela odiosa Halle Berry]. Posteriormente, quando aquele danado garoto Christian [o sempre lindo e perfeito Ewan McGregor] a canta aquela música, aquela mesma que todos chamamos de nossa, é impossível não torcer pelo amor deles.
Oh, e tem Kylie Minogue! Levaram-se milênios para descobrir que a Fada Verde era ela, mas agora sempre que vejo o filme, fico aguardando ansiosamente o momento em que ela pulará da garrafa de absinto e transformará The Sound Of Music numa coisa sexy e tarada. Ela estar em tal projeto me faz amar Baz ainda mais, significando que ele está ligado a cada aspecto do culto [pop], inclusive deuses subestimados como Minogue. A ponta de Kylie é uma daquelas surpresas adoráveis que você tem quando vê um filme, e uma das várias que há neste. Eu absolutamente adoro quando Christian e Satine voam para o telhado em Your Song e a referência a Cantando Na Chuva; ou os fogos de atifício em forma de coração em I Will Always Love You [sem mencionar todo o Elephant Love Medley]; e cara!, nem digo de Material Girl em Diamonds Are A Girl's Best Friends.
Então no fim, a colagem pop de Baz é como um musical deve nos fazer sentir, porém melhor: simplesmente porque ele transforma o mundo num lugar mais feliz e bonito, apesar de sua obscuridade. E já que eu sou/adoro experiências catárticas, esse filme é essencial para quando estou melancólico e romanticamente abalado; fica aí a dica.

Tempos atrás, eu e the ho conversávamos sobre como Almodóvar transforma suas atrizes em mulheres gostosas e desejáveis, mesmo quando não são tão bonitas; um ótimo exemplo é Rossy De Palma. Ano passado ele transformou Penélope Cruz novamente numa mulher de verdade, deixando para atrás a imagem americanizada que Hollywood a impôs. Então, depois de Moulin Rouge, eu vi Fale Com Ela pela segunda vez e essa idéia me veio à mente de novo. O jeito que Rosario Flores parece tão masculina é apenas uma casca que cobre a incrível feminilidade que ela exala sempre que está em cena.
Porém para mim, nesta obra-prima de 2002 Pedro fala mais de uma palavra dificílima de ser traduzida para outras línguas: saudade. Isso que sentimos quando sentimos tanta falta de alguém, que nossa energia fica presa em nostalgia. E neste filme ela é retratada de um jeito de partir o coração, mas, ainda assim, interessante, como só Almodóvar sabe fazer. Marco sentia tanto a falta de sua esposa problemática que ele chorava sempre que vivia algo sublime e emocionante. Por que? Porque ele não a tinha por perto para compartilhá-los. Saudade, mi amigos.
Outra coisa que me cativou nessa segunda vez foram os adoráveis flertes que ele faz com o
Brasil. Vocês sabem que Caetano canta Cucurrucucú Paloma nele; porém antes disso, na primeira cena de tourada a música tocada é Por Toda A Minha Vida, de Elis Regina e Tom Jobim; depois Marco cita uma música de Jobim para Lydia [Insensatez]; e dentre os guias de viagem escritos por Marco, há um do Brasil.
Hable Con Ella, pelo fim, transforma-se num lindo ensaio sobre a solidão com pitadas de saudade, onde Almodóvar brilha em seu estilo de homenagear a arte do Cinema [desta vez a era muda] e usando polêmicas tramas; mas para mim, esse é um filme que tem um fim tão luminoso e cheio de esperança que reassegurou em mim o "poder do adeus"; mas também incitou meu desejo por amor. E não estou falando de sexo.
[Song: Lamb - Gorecki]

sábado, 5 de maio de 2007

Filmes de Fossa

Já que ainda é início do mês e eu já me apresento quebrado a ponto de não poder mais sair até o fim do mês e, somada a isto, há a depressão de uma romantic wave adquirida no último feriado, a qual é pior que uma gripe - pois não há dor real, - decidi ocupar meus fds com filmes; afinal eles são em parte culpados da minha derrocada financeira [mais específicamente $211 - sim, eu não tenho controle].
Pelas minhas contas há 57 títulos na minha cinemateca, não contando os outros tantos emprestados que não faço idéia quais são, portanto há muito com que se ocupar. Ontem comecei com o maravilhoso clássico A Princesa E O Plebeu em homenagem ao aniversário de Audrey "D-us" Hepburn. Ainda não decidi quais os de hoje, porém digo logo que vou escrever reviews para cada um, ao fim de cada dia.
[Musique: The Dull Flame Of Desire - Björk]

quinta-feira, 3 de maio de 2007

"3 de Maio"

Unidades alcoólicas: 0
Unidades calóricas: 0
Cigarros: 0
[Puta merda, são 6 da manhã! Que estou fazendo acordado?]
Pela primeira vez na vida estou de volta a Salvador, mas não estou exatamente aqui e feliz. Yup, bla-bla-bla e lamentação no dancefloor agora. Mas depois de um final de semana em Conquista, no qual se obteve não exatamente o esperado, mas mais que o pensado, voltar para minha rotina enfadonha não é definitivamente excitante. Mas e ai miogs, como fas?
Resoluções do mês de maio:
- Excluir a palavra daydreaming do meu vocabulário.
- Aproveitar para sair pouco, estudar bastante e economizar la plata.
- Pensar em certa pessoa está terminantemente proibido.
- Arranjar um fuck buddy.
- Cumprir resoluções malucas e inúteis criadas de última hora.
[Musique: Possibly Maybe - Björk]

domingo, 29 de abril de 2007

Noob Night

Então, estou de volta a Conquista para o fim de semana.

Três palavras-chaves para a situação da minha mente: buro, noob, revival.

Saí com a galere e acabamos fazendo nada porém tudo. Muitos cigarros, coca-cola, risos e a nada melhor como desabar numa festa de horível de velhos e ainda por cima calsar muito! Falando sério, sinto falta daqui. Noites noobs são noobs, porém divertidas e meu blasé-ismo apenas dis nem li. Revival será algo que não poderei exatamente explicar e buro é por causa do revival.
Truth be told: I really miss it here.
[Musique: This Month, Day 10 - Cansei De Ser Sexy]

quarta-feira, 25 de abril de 2007

A História de Isobel

Parte 1: Comportamento Humano
No breu da floresta brilhou a menor das faíscas. Deixe-me falar-lhes sobre faíscas. São raras as pessoas que realmente prestam atenção na magnitude dessas coisinhas; soa até como um oximoro, magnitude e faíscas, mas estas possuem um potencial que poucos se dão conta, ignorando que basta uma mínima faísca para explodir um galão de gasolina. Portanto, quando esta nasceu no ponto mais distante e hostil da floresta ninguém prestou atenção. Na verdade ninguém se deu conta da existência dela durante muito tempo.
A pequena faísca, apesar de se deparar sozinha no meio da mata, não se sentiu nem um pouco assustada com as gigantescas árvores e criaturas que habitavam com ela aquele ambiente. Honestamente, a faísca era jovem demais para saber o que era medo. Ela era como uma tabula rasa ainda esperando ser escavada e preenchida. Como eu disse, faíscas são pequenas e aparentemente insignificantes, mas esses conceitos são humanos e para esta faísca não havia problema algum em ser um quase nada na gigantesca floresta. Podemos dizer que a frase "ignorância é felicidade" funcionava em essência para a faísca, cuja única certeza contida na mente era o seu nome. Tal conhecimento era para ela o único mistério; no momento em que surgiu essa era a única coisa em sua mente e obviamente ela não fazia idéia do porquê seu nome era Isobel.
Por instinto ela simplesmente começou a caminhar, flanar por aquele universo que era seu lar. Isobel desconhecia o conceito de lar como nós o definimos, porém havia nela a sensação de que aquele espaço inteiro era seu, ao mesmo tempo em que a grandeza do local também a fazia pensar que, por contrário, era ele quem a possuía. Sentia como seu dever explorar e conhecer o âmago daquele grande parente desconhecido, entender suas nuances e vastas cadeias, até mesmo como uma questão de sobrevivência. Um dia enquanto caminhava por um lugar até então nunca visto, a minúscula centelha se deparou com uma claridade que ofuscava sua vista; ela percebeu também que nesse local os animais passavam por ela como se não a vissem, coisa que só acontecia nas trevas com alguns insetos, como traças e mariposas.
Isobel então vivia na floresta e com o passar dos anos ela a conhecia muito bem. Sabia a finalidade das ervas, o funcionamento das cadeias alimentares e das leis da natureza, o ciclo das águas. Sabia a língua de todos os animais com os quais convivia; eles foram responsáveis por muito do conhecimento que ela adquiriu. Por eles tomou notícia das mudanças bruscas que aconteciam na floresta e de um grupo de seres, que segundo os ursos, eram menores que eles ["e os ursos são os maiores animais que conheço”], porém comportavam-se como maiores que todo mundo, maiores até que a floresta. Eles também a contaram que esses seres, chamados humanos, viviam longe, bem depois das orlas da mata, mas que vinham aproximando-se numa velocidade incrível. Uma lagarta contou-lhe um dia que um desses humanos chegou a uma clareira e se apoderou dela como se nada ou ninguém estivesse antes por ali. ["Da maneira mais ridícula e insensata ele derrubou algumas árvores, inclusive moradias de algumas amigas minhas, que por pouco não morreram. Inclusive uma delas está morando comigo em minha folha e por Deus, Isobel, como ela come! Daí o humano construiu com as árvores uma caverna engraçada e mora lá desde então."] Aquela história assustou Isobel por um momento, contudo, com sua mentalidade de criança, ela não se preocupou muito. A floresta era grande demais e duvidava que um dia chegasse a encontrar esse tal humano. Mais tarde, um porco-espinho contou-lhe que o tal humano fora finalmente devorado por um urso, "depois que este encontrou aquele apontando uma vara que brilhava à luz e que fazia um estrondo horrivelmente ensurdecedor para um alce."
Chocada, Isobel percebeu que no fundo estava um pouco decepcionada porque não chegaria a conhecer aquele humano. No auge dos seus seis anos ela conhecia bastante a floresta e mesmo que a cada dia ela se surpreendesse com a mata ["um dia enquanto procurava ervas para um chá, me deparei com uma flor que nunca tinha visto antes. Era linda!!" - disse um dia a uma aranha com quem encontrara numa de suas andanças], a presença daquele tal ser humano que morava numa caverna de madeira fascinava-lhe e instigava uma coisa altamente comum e usual dentre os seres de sua idade: a curiosidade.
Semanas e meses depois, mais especificamente no dia em que faria sete anos que havia surgido no seio escuro da floresta, ela se deparou com uma clareira próxima à saída da mata. Como era seu sétimo aniversário, Isobel decidiu perambular por lugares onde ela com certeza nunca fora e de repente deparou-se com a dita clareira. E ali ela embasbacada encontrou a construção "engraçada" da qual a lagarta contara-lhe há quase um ano. Algo dentro dela entrou em erupção; um excitamento e um fogo que ela, não sabia dizer como, sentia-se maior que seu próprio corpo. A pequena, porém não mais tanto, faísca controlou aquele sentimento, mas não a sua vontade de dar um passo à frente e adentrar aquela caverna artificial.
Isobel não saberia descrever a sua emoção ao entrar naquele lugar. Era um misto da já comentada excitação com certo medo, combinados a uma ponta de tristeza. Por que tristeza, você deve se perguntar; como disse, nem Isobel saberia explicar ao certo, mas era certo até para ela que no momento em que ela entrou e fechou a porta atrás dela, sua vida mudaria para sempre e a tristeza bateu-lhe ao instantaneamente pensar na floresta.
Ela nunca mais saiu dali, a não ser para buscar comida e ervas nos arredores da cabana. Os animais até comentaram sua repentina ausência logo no dia de seu aniversário, alguns com um pouco de desdém, outros com sincera saudade, mas Isobel estava imersa e fascinada com aquele novo e pequeno universo que encontrara. Alguns animais a visitavam, geralmente traças e mariposas, ou ocasionais aranhas. Sempre que tais visitas ocorriam, ela conversava com eles como se nunca houvesse deixado seu convívio; e se divertia contando as coisas que vinha descobrindo sobre os humanos, com os objetos que encontrava na caverna. Alguns ouviam maravilhados, outros assustados e outros ainda com desdém natural de animais de sangue frio. Isobel contava-lhes sobre objetos de diversos tamanhos, repletos de folhas "um tanto porosas com símbolos inscritos."
Certa noite Isobel fitou mais uma vez uma interessante caixa de um material que ela não sabia identificar e que possuía duas longas antenas no topo. Desde que chegara ali aquela caixa causava-lhe espanto e por isso sua curiosidade em relação a ela era quase insuportável. Nessa noite ela simplesmente resolveu chutar o medo dentro dela e apertou um círculo que havia no canto direito da caixa. E como num passe de mágica a caixa se acendeu e uma infinidade de luzes, cores e sons foram transmitidos por ela. Isobel não sabia nem como reagir àquilo, ficou lá parada e boquiaberta em frente à caixa. Passado o estranhamento ela observou que as imagens mostradas pela caixa eram de seres bem parecidos com a descrição que os animais deram sobre os humanos. Ela passou a assistir àquela caixa diariamente, parando apenar para comer. De repente se viu falando como aqueles humanos na caixa, "finalmente aprendi a língua deles" ela pensava, e com o tempo aprendeu também a desvendar os símbolos escritos naqueles objetos, os quais ela descobriu que se chamavam livros.
Os livros, assim como a caixa, falavam basicamente dos humanos. As palavras engrandesciam-lhe e a preenchiam de conhecimento sobre aqueles seres tão estranhos: ora mal-humorados e de repente violentamente felizes. Na caixa, via seqüência de imagens que pareciam com os livros, porém eram chamadas de filmes; inclusive certa noite viu um que tinha mesmo nome e trama de um dos livros que lera. Eles falavam sobre uma mulher fascinante que morava no sul de um país e que enquanto acontecia uma guerra, ela perdia sua fortuna e depois a recuperava de forma triunfal. Isobel sentiu uma vontade de ser como aquela mulher, porém não queria enfrentar uma guerra. Fora a coisa mais assustadora que vira.
Assim como em alguns poucos livros da caverna, a caixa às vezes falava da floresta e dos animais. De maneiras bem estranhas e preconceituosas, ora altamente equivocadas, segundo Isobel e seu conhecimento. Havia até imagens, chamadas de cartoons, em que os animais falavam e se comportavam como os humanos; posteriormente ela percebeu que eles utilizavam animais com aquelas características para simplesmente falar deles mesmos. Aquele auto-centrismo, de alguma forma, a fascinava. "Como eles conseguem ser tão absorvidos neles mesmos com esse mundo enorme aí fora?", disse ela um dia para uma pequena serpente que a visitava. Esta a fitou com seus olhos de maneira bem entediada e misteriosa e disse "olha quem está falando! Você, desde que entrou aqui, está cada vez mais parecida com esses seres de que tanto fala."
As palavras daquele réptil atingiram-na como se ele a tivesse picado. Irritada, Isobel voltou para seus afazeres na caverna de madeira, mas aquela fala penetrava em suas veias como veneno. Ao cair da noite ela acendeu uma lâmpada e ao estender os braços para pôr a bacia d'água sobre a mesa, ela tomou um susto. Seus braços e mãos estavam iguais aos dos humanos na caixa! Ela aproximou-se da lâmpada que refletia sua luz na água e seu susto foi ainda maior ao ver que seu rosto também era idêntico ao dos humanos. Seria o veneno da serpente o causador daquela metamorfose? Ou seria ele, na verdade, um despertador? Será que ela sempre fora humana e só agora percebia?
Mas antes que chegasse a um quilômetro das respostas, sua atenção foi desviada para uma traça que de encontro à luz da lâmpada se debatia desesperadamente. Isobel começou a gritar com o inseto para que ele se desviasse da luz; tinha uma simpatia pelas traças, suas visitas mais constantes, e aquela parecia fadada à morte, pois não a parecia entender. Isobel então percebeu que ralhava contra a traça na língua dos humanos e ao esforçar sua mente para lembrar a língua daquele bicho, ela frustrava-se no branco do esquecimento. Até que a traça queimou-se na morte e caiu na bacia d'água. Isobel, estressada e triste, aproximou-se mais uma vez da água, fitando seu rosto refletido sob a traça morta.
Cansada ela retirou-se para sua cama e dormiu. Caiu num sono profundo e assustador; sonhou que foi comida por um urso e que agora morava em seu estômago. De repente ela foi acordada por um barulho estranho, que na verdade soava como uma cornucópia de sons. Ela levantou-se lentamente da cama e foi direto para a bacia sobre a mesa. A traça já não estava mais lá. Encucada ela aproximou-se e viu que sua imagem refletida era diferente da que vira na noite anterior! Olhou para suas mãos e braços e viu que eles cresceram. Olhou-se mais uma vez no espelho d'água e notou que seus cabelos também estavam enormes. Ela correu para um calendário pendurado na parede e constatou que anos se sucederam. Ela dormira com doze anos e acordara com dezesseis! A faísca explodiu-se numa chama.

[Musique: Human Behavior - Björk]

terça-feira, 24 de abril de 2007

Percebendo Woody Allen

Enquanto via Scoop, domingo passado, não me veio logo à mente o quanto eu amava Allen. Agora me dou conta disso e acredito que já vi o bastante [Annie Hall, Mighty Afrodite, Everyone Says I Love You, Match Point e "Scoop"] para elevá-lo ao posto de meu diretor favorito. Estou bem ciente de que ainda há muito a ser assistido, mas Scoop [ao qual alguns disseram ser descartável em sua carreira] me fiz rir de uma maneira que eu não conseguia há um bom tempo no cinema.
Sua presença é tão formidável [roubando cada cena em que ele aparece] que nos faz ter saudades dele, mesmo quando o resto do elenco é tão maravilhoso quanto. Ele representa o mágico Splendini e agora percebo como o papel combina perfeitamente com Allen.
Quando assisti "Todos Dizem Eu Te Amo", todas as sequencias se não me fizeram morrer de rir, me deram gigantes e bobos sorrisos. E ao fim, como se não fosse o bastante, o homem faz Goldie Hawn flutuar enquanto dança! Pura magia cinemática!! Em "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" [Annie Hall] me deliciei com aquelas cenas que já tinha visto várias vezes antes em outros filmes e até mesmo novelas, compreendendo que estava lidando com um ícone da cultura pop ainda recente e vívido. "Poderosa Afrodite", inspirado no teatro grego, me deu orgasmos num momento da vida em que estudava tal gênero literário. E em "Match Point" ele foi capaz de transformar Scarlett Johansson numa mulher ainda mais desejável, como se ela já não fosse o bastante.
A realidade em suas personagens é tão adorável e tangível; talvez porque ele se ligue no aspecto psicótico do comportamento humano e o trate com tão refinado e inteligente humor negro; talvez porque seus auter-egos auto-depreciativos são encantadores por essência; o negócio é o seguinte: quanto mais fodido for a personagem, mais próximo de nós ela parece ser. A química de Allen e Johansson em "Scoop" é deliciosa; eles parecem o mais natural que você pode ter num filme, nos dando a impressão de que na maior parte do tempo ele não estão fazendo nada. Talvez seja por isso que todos querem trabalhar com ele; deve ser bem desafiador parecer tão relaxado.
Quanto a mim, apenas desejo ser um quarto do gênio que ele é. Pretencioso? Talvez. Mas um menine não pode sonhar?
[Musique: A Good Thing - Saint Etienne]

domingo, 22 de abril de 2007

Marie Antoinette!!!

Ao sair da sala de cinema, que me faz me sentir como numa masmorra, do museu geológico eu corri para o banheiro. Minha bexiga gritava por atenção há quase uma hora e meus pensamentos estavam em polvorosa por causa de seus chiliques. No banheiro, uma criatura diz: "não sei se gostei muito; não me senti muito dentro da época; pensei que ia mostrar mais da Revolução Francesa." Se ele estivesse dentro do privado ele veria minha cara de "buro" para ele.
Sofia Coppola causou bastante ano passado com sua cine-biografia da famosa rainha francesa Maria Antonieta; ela foi vaiada em Cannes [público bem estranho, venhamos e convenhamos], dividiu a crítica no mundo todo por um bom tempo e no público geral criou-se um certo ódio contra a mulher. Então voltando à criatura do banheiro, eu não posso dizer que não esperava tal reação; a sala - repleta de adultos de trinta, alguns sexagenários e outros em seus vintes - não parecia tão excitada quanto eu ao fim da sessão. Quando o cara do banheiro disse aquilo um clique me veio à mente e eu não resisti em dizer "talvez porque esse filme é sobre Maria Antonieta e não a Revolução Francesa."
Agora há pouco, enquanto teclava com meu pai sobre a infame rainha, me toquei que muito se conhece de Antonieta pela história contada pelos vencedores, os revolucionários [cita-se a famosa e blasé frase dos brioches]. O filme de Coppola, como o cinema em si, não está preocupado em educar sobre parte da história francesa. Durante as duas horas do filme mergulhamos no universo daquela jovem austríaca, a qual ao chegar em Versalhes passou boa parte do tempo enfrentando calada os ridículos protocolos e as fofocas da nobreza francesa. Até o momento em que se tornou rainha e finalmente se encaixou, porém não como se espera: Maria Antonieta - segundo Sofia Coppola - reinventou a corte de Versalhes.
Como uma jovem imersa naquela chatisse nobre, ela apenas procurou se divertir. Ao assistir o filme de Sofia eu não conseguia deixar de me maravilhar com seus anacronismos. Desde a deliciosa trilha sonora a uma das seqüências mais esperadas por mim: uma série de vestidos e sapatos maravilhosos é desfilada, até que de repente, quase que imperceptível, me aparece um lindo e azul par de Converse All Stars! Minha risada ecoou pela sala em silêncio, provavelmente ignorante ao anacronismo, ou à genialidade dele.
A frivolidade foi o único subterfúgio que Antonieta encontrou para se manter ocupada numa nobreza que muito pouco se importava com o resto da população da França. Porém, essa não é a intenção desse filme. Apesar de estarmos em perfeita sintonia com a mente e o humor da heroína [quando ela está em êxtase, também estamos, quando ela está entediada, também estamos], não dá para se sentir em momento algum impelido a jugá-la, a julgar suas escolhas e atitudes, baseados nos fatos históricos que conhecemos. Desculpando-me pela franqueza, imbecil daquele que buscou precisão histórica nesse filme. Aliás, imbecil daquele que busca precisão histórica em qualquer filme; você pode até se esbarrar com algumas, mas no momento em que o cinema virar uma palestra de História eu simplesmente deixo de ver filmes.
Esse foi um dos filmes do ano passado que mais esperei. Foram meses tediosos de espera, sendo no meio tempo apenas entretido por uma divindade adoravelmente sádica e uma forte cozinheira assumbrada por sua mãe [houve também a mulher à frente de seu tempo, porém ela não era exatamente do ano passado]; quando o filme finalmente estreiou no Brasil, em março, tive que esperar mais uma eternidade até essa semana e o filme, mais uma vez, firmou o lugar de Sofia Coppola em meu altar.
[Musique: Ceremony - New Order]

Flashbacks

Bem, uma das minhas maiores resistências em criar esse blog era a mais pura preguiça que eu tinha de escrever as coisas duas vezes. Porém, quero deixar de ser preguiçoso [pfff].
Aqui em CADF eu vou às vezes postar traduções que de posts dos Life's A Bitch e que eu considere interessante, o post abaixo mesmo é um exemplo; originalmente postado no LAB fiz a versão para cá e como ainda há vários posts que eu gostaria de reprisar, CADF terá alguns flashbacks.
Hmm... that's all.
Begosleiamecomentem.
[Musique: Take Me Home (A Girl Like Me) - Sophie Ellis-Bextor]

The Soundtrack Of My Biopic: Cigarettes And Dance Floors

PERGUNTA: Se sua vida é um filme, qual é a trilha sonora?
Regras:
1. Abra iTunes (ou qualquer coisa que você tenha)
2. Coloque em shuffle e aperte play
3. Para cada pergunta, digite a música que tocar
4. Invente um título e escolha o elenco
Cigarettes And Dance Floors
Obviamente, será um musical.
Elenco:
Jamie Bell como Eu
Lou Taylor Pucci como Mr. Hottie
James McAvoy como The Ho
Lindsay Lohan como Alais
Keira Knightley como Nina
apresentando: Nicole Kidman como Mãe e Hugh Jackman como Pai
um filme de Julie Taymor
Abertura (e menu do DVD): "Only Love Can Break Your Heart" por Saint Etienne
Bem, parfait! Ótima canção para começar o film: batida genial com synths animadores e letra adorável; alegre o bastante para fazer o povo se ligar no filme e cantar junto. Além do mais, é bem a minha cara, "only love can break your heart" de fato, e todas as implicações que vêm junto. E: número de abertura com Kidman e Jackman! *cums*
Acordando: "Thief Of Hearts" por Madonna
LOL! Talvez seja um filme de vingança em que fatiarei algum desgraçado ladrão de namorados disfarçado de amigo. Nah... será Lucas cantando na frente do espelho com sua dose diária de auto-depreciação.
1º Dia de Aula: "Physical Attraction" por Madonna
Aww... já até vejo a cena: garoto [Me] encontra [Mr. Hottie] na escola e eles paqueram descarademente enquanto cantam a música. "You say you wanna stay the night/But you'll leave me tomorrow, I don't care." E claro calro, considerando que o filme será sobre mim, nos esconderemos atrás de algum arbusto ou whatever e transaremos até o fim da música.
Se Apaixonando: "Garden In The Rain" por Diana Krall
Daí percebemos que há mais entre nós que atração física e teremos uma boa e fofa conversa no caminho de casa [sim, ele mora logo alí]. Bem New York, bem romantico. "Surely here was charm beyond/Compare to view/Maybe it was just that/I was there with you" Lover-ly!
Briga: "Temptation" por New Order
Otemo! Melodia genial com letra obscura. "Each way I turn, I know I'll always try/To break this circle that's been placed around me." Claramente será uma briga fina, porém como tudo em minha vida acabará na pista de dança.
Separação: "The Rubber Room" por Porter Wagoner
Primeira canção realmente melancólica do filme. Estou obviamente ferido e quero um momento sozinho; Mr. Hottie também... a gente se amava okay!! Mas claro, ele traiu. [Hey, é meu filme, eu sou o moço bom!]
Formatura: "Love Don't Live Here Anymore" por Madonna
LOL! Oookay... balada causante, porém estou de coração partido.
Nota: não contrate Windows Media Player para escolher as músicas de seu filme.
Vida: "Alarm Call" por Björk
E de volta ao dance floor! A vida continua e supero mais uma obsessão. Canção bem par-cima com letra otimista e des-auto-centralizada. Ótima para o momento small-guy/big-dreams.
Surto Mental: "William, It Was Really Nothing" por The Smiths
Ooookay... digamos que William é o amigo imaginário que o Ho vive dizendo que eu tenho. Porém essa música é lidna e poderia caber na cena já que é um surto, talvez não tenha mesmo que fazer sentido.
Intervalo Instrumental (2): "Murder On A Dance Floor" por Sophie Ellis-Bextor; "Cherish" por Madonna
Ha! Filme de dance floor, canção de dance floor! Perfecto!
Lola, Rocco e Dave ficarão ainda mais ricos devido aos royalties que o estúdio terá que pagar para esse filme poder se lançado. Porém, essa música é uma delícia... talvez as coisas melhorem para o heróis na segunda parte do filme.
Dirigindo: "The Loco-Motion" por Kylie Minogue
Ohh yeees! Depois da rehab decido pôr a vida nos trilhos. Canção mais alegre que essa? "It even makes you happy when you're feeling blue." Nah...
Flashback: "They Can't Take That Away From Me" por Ella Fitzgerald and Louis Armstrong
Enquanto caminho pelas charmosas ruas de New York depois de mais uma teste de cena malsucedido, eu esbarro em Mr. Hottie! E D-us, ele ainda está gato... e solteiro!! Sentamos para uma café [ele paga claro, estou quebrado] e daí vem o flashback.
Casamento: "Alfie" por Lily Allen
Ótima canção para o casamento de Ho! Engraçada e jovial.
Nascimento do Bebê: "Miedo" por Belanova
Nascimento do Bebê!! Sim sim medo mesmo!! Bebê de quem não faço idéia, eu e Mr. Hottie acabamos de voltar, não é tempo para adoção... talvez seja de Alais.
Batalha Final: "The Night We Called It A Day" por Diana Krall
Uhh... really dude! Não contrate WMP!! Seja lá o que essa cena for no filme, não acho que essa música combinará. Lol.
Morte: "Impressive Instant" por Madonna
Seja lá quem morrer, é alguém que ninguém gosta então a gente comemora!! "I'm in a traaaance..." Talvez seja o bebê... brinks!
Funeral: "[Somewhere] Over The Rainbow" por Kylie Minogue
Desde que ninguém se importou com a pessoa que morreu antes, aqui cantamos no funeral de alguém importante, o qual claro, morreu na pista de dança. Pora, talvez seja eu... será o funeral mais gay, mas tudo bem.
Créditos Finais: "Put Yourself In My Place" por Kylie Minogue
Awww... luved it luved it! Seria um fim bem dramático, portanto uma canção bem drama-queen.
Créditos Finais (secundária): "Burned" por Hilary Duff
Uhh... digamos que enquanto o filme era produzido ela estava apodrecida e esquecida, louca por um grande retorno; então ela implorou a [aka transou com] alguém do estúdio para enfiar essa música em algum lugar. A música é boazinha até.
Passo a corrente para minhas co-estrelas: The Ho, Alais e Nina. [Pessoas as quais vocês devem conhecer, pois serão citadas aqui milhares de vezes.]