"...who'd have known, when you flash upon my phone i no longer feel alone"

- Lily Allen

BitchyList

sábado, 28 de novembro de 2009

As Músicas de 2009 - The Bubbling-Under [Parte 1]


Desde o ano retrasado faço exatamente um top 20 das músicas que marcaram meu ano. O Bubbling-Under consiste nas dez primeiras posições da lista, mais Menções Honrosas, canções/artistas que ferroaram em algum momento ou motivo [mas não necessariamente um período] ou que têm potencial para o ano que vem.

2009 foi um ano maravilhoso na música! No cenário Pop mundial tanta coisa e artistas incríveis aconteceram que minha maior dificuldade foi lembrar de tudo. Graças a Jah existe last.fm. Ainda assim, há muita coisa que não consta na lista oficial - apesar de sempre se dar um jeito de incluir mais gente.

Um ano super heterogêneo, algumas das figuras carimbadas do top 20 não constam este ano, ou assumem posições inferiores ao habitual. Há um presença masculina maior este ano e, apesar de o Pop ser my hot hot sex, Jazz, Hip-Hop e R&B me pegaram pelas bolas.
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Menções Honrosas:

- "Like A Drug" de Kylie Minogue: porque aquela caveira gigante será artigo de decoração da minha mansão.

- "Fight For This Love" de Cheryl Cole: pop viciante, mas recheado de carisma. Cantar isso enquanto se dirige é ótimo.

- "The Distance Between Us" de Sophie Ellis-Bextor: basicamente por este motivo.

- "Love Long Distance" de Gossip: dolorida, yes! destruída, JAMAIS! O feeling de pista mil-novecentos-e-noventista que esta faixa tem é sensacional.

- "Itapoã" de Caetano Veloso: primeiras lágrimas compartilhadas num romance real.

- "Concrete Jungle" de Bob Marley: prova do "nunca diga nunca". Nunca gostei de Reggae, nunca gostei de Bob Marley e de repente em algum momento do ano era tudo o que eu escutava e dançava.

- "Try Sleeping With A Broken Heart" de Alicia Keys: uma das maiores estrelas da minha constelação, Alicia Keys raramente me decepciona. Esta balada é linda como qualquer uma de Keys, apesar do clipe meio bocó e de péssimos efeitos especiais.
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The Bubbling-Under:

20. "But Not For Me" de Chet Baker/"Chasing Pirates" de Norah Jones

Norah Jones geralmente nunca me surpreende de forma negativa, mas ao ouvir seu quarto álbum, The Fall [Blue Note, 2009], eu senti falta de seu adorável piano. Mas em pouquíssimo tempo Chasing Pirates e suas sucessoras me cativaram com suas guitarras de aurea rock-edgy.

Minha amiga Tam Chéquer me recomendou Chet Baker numa fase em que ansiava por mais daquele all that Jazz. Sua voz de timbre suave logo me ganhou pelo romantismo que é capaz de imprimir em suas faixas. Baker remete à máxima: jazz-café/vinho-casal.

19. "Cangote" de Céu

Em seu segundo álbum Vagarosa [Universal Brasil, 2009], a deliciosa Céu se restringiu ao Reggae e ao Dub. Com arranjos vocais pra lá de apaixonantes, Cangote é uma das mais bonitas canções de amor do ano, perfeita para momentos transcendentais.

18. "Lilac Wine" de Jeff Buckley

Fevereiro para Lucas é igual a inferno astral. Então não é surpreendente que a melancolia etérea de Jeff Buckley, não só nesta música mas como em toda a sua [infelizmente] curta discografia, me cativou neste mês.

17. "Obsessed" de Mariah Carey

O que mais adoro em Mariah Carey é que ela se acha. Convenhamos: ela é brega, chata pra caralho e irritante com suas vocalizes mais estridentes que solos de guitarra dos anos 1960; mas o fato de ela se achar a última bolacha do pacote é uma comédia! Obsessed é daquelas faixas de Mariah que não acrescentam sua vida em nada, a não ser a oportunidade de dar umas risadas com um refrão grudento. Nisso Mariah é mestre!


16. "Courage" de The Whitest Boy Alive

Geralmente resistente a esses Indiesmos atuais, o projeto paralelo de um dos caras do Kings Of Convenience, Erlend Øye, me tomou de surpresa. Dançante mas suavemente harmonizado, o álbum Rules [Bubbles, 2009] tocou em repeat no iPod por quase um mês inteiro. Canções calmas, mas cheias de groove, como Courage, não saíram da minha cabeça por um período de limbo emocional, quando o máximo que podia fazer era esperar o start alheio. Apesar de a vida ter me posto em caminhos melhores, eu ainda guardo um carinho especial por esta canção e o que ela representou por um tempo.

15. "Gimme Some" de Nina Simone

Nina Simone sempre me lembra o adorável filme Antes do Pôr-do-Sol e este ano, finalmente, me permiti deliciar com a persona incrível e hipnotizante que foi essa mulher. Procure e assista no YouTube e te desafio manter-se impassível a seu carisma e beleza singular. Esta canção, em específico, está aqui pela safadeza que é a letra.

14. "Didn't Cha Know" de Erykah Badu

Um dia eu estava assistindo MTV na casa de uma amiga e meu estado de consciência estava um tanto alterado [YES aham!], eis que de repente uma louca me surge com um clipe lindo e psicodélico: Erykah Badu com Honey. A partir daí virei fã e fui atrás de toda a discografia de Badu.

Didn't Cha Know é daquelas clássicas faixas que lidam com as adversidades que a vida impõe, especialmente quando são as próprias escolhas que nos fazem deparar com certos dilemas. Este tipo de poética sempre me é agradável, mas no caso de Badu foram as camadas de vocais e a orgânica produção ao redor da batida R&B que me conquistaram, não só nesta faixa como em todo o álbum Mama's Gun [Motown/Puppy Love, 2000].

E no final há apenas a clássica mensagem de que:

"Love is life, and life is free/Take a ride on life with me/Free your mind and find your way/ There will be a brighter day"

13. "Everyone Nose" de N.E.R.D

Irreverente, mas, acima de tudo, DIVERTIDA! Em Everyone Nose, Pharrell Williams e Chad Hugo tiram sarro das carreiristas de plantão em Hollywood. Como carreirista entende-se as garotinhas lindas que fazem filas nos banheiros dos clubs para usar mais que pias de mármore que os espelhos, para se recauchutarem. O melhor de tudo é: excitante, neurótica e acelerada como uma onda de cocaína.


12. "Anthonio" de Annie

Era uma vez, uma garota chamada Annie que caiu na lábia de um amante brasileiríssimo e alguns anos depois achou divertido falar sobre o assunto. O resultado foi uma faixa ElectroPop de atmosfera épica que atestou mais uma vez o quão genial Annie é em seu estilo.

É uma pena que ao finalmente lançar o maravilhoso Don't Stop, ela tirou algumas das melhores faixas da versão que nunca viu a luz do dia, como I Know UR Girlfriend Hates Me e I Can't Let Go; e, inclusive, a jóia rara que é Anthonio.

11. "Rock With You" de Michael Jackson/"Celebration [Benny Benassi Remix Edit]" de Madonna

Madonna esteve presente por todo o meu ano, simplesmente porque D-us sempre é presente. No meio do segundo semestre sua nova coletânea foi lançada e Celebration logo se tornou um hino dentre os amigos, especialmente o remix do Benassi, muito mais vibrante que a produção original do Paul Oakenfold.

No mês em que Michael Jackson morreu, parte do mundo parou em choque, e outra parte, mesmo chocada, se jogou na pista de dança, onde ele ainda era rei absoluto. Obviamente faço parte do segundo grupo. Se na mídia ele era tratado como uma persona non-grata, indubitavelmente nas pistas o mundo AMA Michael Jackson. Rock With You embalou alguns dos momentos mais sublimes deste ano: auroras conquistenses intensamente românticas que casavam perfeitamente com as implícitas luzes de pista desta canção clássica.

Um comentário:

Tamara disse...

É... ainda bem que dias e noites de consciência alterada, bate papos, risadas e afins nos trazem novos conhecimentos e novas experiências... Se tudo isso fosse em vão... Alguém tinha que salvar nossas almas!!!
Bjo migo